Paez, clássicas e definitivamente em português

As alpargatas adotadas pelos portugueses estão cada vez mais nacionais. Atentas às tendências e com novos modelos.
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A história foi contada mil vezes: um grupo de amigos voltou da Argentina em 2006 com uma caixa de alpargatas de lona que vendeu a amigos e colegas da Universidade Nova. Aqueles sapatos descontraídos que gritavam verão foram adotados pelos portugueses de tal forma que hoje a Paez é mais portuguesa do que nunca. Daquele grupo inicial resta uma pessoa, a empresa acabou por ficar nas mãos de um guatemalteco e de portugueses e a operação faz-se agora toda a partir de Lisboa. Francisco Lacerda e Mafalda Amaral somaram-se à equipa em 2019, pouco antes da onda covid-19. Estão a traçar o presente e futuro da marca.

Mafalda Amaral, que se ocupa do design do produto e do marketing, vai direta ao assunto: "Fizemos produtos de inverno, mas somos assumidamente um sapato de verão" "Vamos sempre à procura do sol", completa Francisco Lacerda.

Estamos no showroom da marca, um primeiro andar sobre a loja da marca, com janelas para a Rua do Alecrim, a poucos metros do buliço do Largo do Chiado. Há Paez em todas as paredes, de protótipos que só verão a luz no próximo ano até aos lançamentos deste 2021.

Lado a lado, encontram-se as alpargatas tradicionais nas cores de sempre ou nos tons que a moda pede (39,90 euros), as estampadas e as brilhantes (49,90 euros) que antecipavam um verão livre de covid-19, mas também inovações como o mocassim Paez (49,90), que é descontraído, mas com o espírito certo para um resort, para jantar ao fim do dia, como diz Francisco Lacerda, ele próprio uma montra do produto com um par às riscas, um padrão clássico ddos primórdios da marca, nos pés. Outra novidade deste ano são as sandálias. "Temos os nossos clássicos e depois brincamos com outros modelos", dizem Mafalda e Francisco. Aos best sellers juntam novos modelos que, cativem e venham a ganhar protagonismo no portefólio. Em todas, explicam, querem que se veja o espírito Paez.

Somam, ao todo, 80 referências, para crianças e adultos, e estão Portugal mas também Espanha, França, Itália, Grécia, Alemanha e África do Sul.

Na primeira década de vida começaram a ser introduzidas mudanças - como o velcro nas alpargatas de criança (29,90 euros) - mas estavam em velocidade de cruzeiro quando a nova equipa entrou. Hoje são sete. "Achamos que podemos ir mais longe", dizem, apostados em "aproveitar as coisas boas de um sapato icónico de verão, fácil e confortável".

Não usam a palavra sustentável, distantes de qualquer tentativa de parecer bem numa fotografia pró-ambiente. "Somos responsáveis", diz Francisco. "Vamos fazer as melhores escolhas possíveis a cada momento, ser justos", completa Mafalda Amaral. Este ano usaram materiais reciclados a partir de garrafas de plástico e produzem no Vietname com uma fábrica espanhola certificada desde 2019, depois de três anos na China.

Mafalda Amaral diz que existe um grande preconceito em relação à Ásia, o que já não corresponde à realidade. Estamos com este parceiro que nos acompanha na procura dos materiais, uma das mudanças que têm feito". As Paez têm o mesmo espírito, mas tudo mudou: a sola, a palmilha, o tecido... "Tem a ver com o conforto e a leveza, materiais respiráveis", diz. Confortáveis mas atualizadas é o lema.

Paez
Rua do Alecrim, n.º 62
Freeport Alcochete
Online
E-mail: onlineshop@paez.com

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