Eternizada em mil gravuras de outrora, a figura da peixeira a vender de porta em porta é irredutivelmente coisa muito do legado lisboeta, com a qual no entanto contávamos como se de um serviço público se tratasse. Tínhamos os nossos templos marisqueiros, que frequentávamos com muito prazer, mas quando a peixeira passava, havia uma parte de nós que de imediato se punha em festa; eram os tempos da "toalha à beira-mar estendida" do fado Lisboa menina e moça. Não há quem não tenha incrustada na alma a versão de Carlos do Carmo sempre pronta para passar. ou cantar. As principais praças de peixe, de que o coração me força a distinguir a do Mercado 31 de Janeiro, ou "Açucena Veloso" como saudavelmente o município soube rebaptizar, têm clientela fixa e firme, e souberam adaptar-se ao mundo digital das entregas ao domicílio nas variantes particular e profissional, com nível excelente de serviço e preços competitivos. A excelência no retalho a particulares está definitivamente a fixar-se na net e oferta online, com gigantes na qualidade e conhecimento a tratar-nos nas palminhas nas nossas casas.