NASA conseguiu tocar na superfície de asteroide a 330 milhões de quilómetros
"Aterragem confirmada". Foi desta forma que às 23:12, hora de Lisboa, a NASA anunciou que a Osiris-Rex tocou a superfície do asteroide Bennu, esta terça-feira à noite, por apenas alguns segundos, para recolher amostras do seu solo rochoso.
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A manobra, realizada a 330 milhões de quilómetros de distância da Terra, na realidade teve lugar 18,5 minutos antes, uma vez que este foi o tempo que os sinais de rádio, deslocando-se à velocidade da luz demoraram a chegar desde o asteroide até ao nosso planeta.
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Agora, a sonda iniciou o longo caminho para casa, com as amostras recolhidas. Prevê-se que regresse em 2023.
Lançada a 8 de setembro de 2016, a sonda chegou ao seu destino a 3 de dezembro de 2018. O asteroide Bennu tinha sido escolhido porque os investigadores da agência espacial norte-americana acreditavam com base em observações por telescópio, que era coberto de areia, "como uma praia", o que garantiria uma operação de amostragem sem muitos riscos.
Mas as imagens que a sonda enviou ao aproximar-se do asteroide mostraram que, na realidade, estava coberto de rochas. "A superfície é áspera, íngreme e rochosa", descreveu o cientista Dante Lauretta, da Universidade de Arizona, responsável pela missão.
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Os investigadores passaram então o ano de 2019 a cartografar a superfície do asteroide para escolher o lugar mais seguro para fazer a recolha de amostras de solo, optando finalmente pela cratera 'Nightingale', perto do polo norte do asteroide.