Pais de escola Francisco Torrinha consideram inquérito sobre orientação sexual "desadequado"

As crianças não perceberam as perguntas, diz a Associação de Pais da escola Francisco Torrinha. Os encarregados de educação deram autorização para filhos assistirem a aulas de Educação Sexual.
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A fotografia com a imagem do inquérito aos alunos da escola Francisco Torrinha, no Porto, começou a circular esta manhã com críticas às perguntas: "Namoras atualmente?", "Já namoraste anteriormente?" e "Sinto-me atraído por homens, mulheres, ambos". A Associação de Pais do estabelecimento de ensino diz que o caso se passou apenas numa turma e já reuniu com a escola "para esclarecer a situação".

Em nome da Associação de Pais da escola, Rita Terroso diz, por e-mail, que estes inquéritos chegaram a uma turma. Do 5. º ano, a julgar pelas respostas do aluno que preenche as respostas.

Em resposta ao DN, Rita Terroso explica que "a Associação de Pais já reuniu com a escola para esclarecer a situação".

O inquérito terá sido apresentado aos alunos no âmbito de uma disciplina. "Foi pedida autorização previa para os alunos assistirem a estas aulas de educação Sexual", responde a Associação de Pais. Fica por responder se a autorização incluía responder a esta "ficha sociodemográfica".

A Associação de Pais deixou por responder algumas das perguntas do DN, nomeadamente se receberam queixas dos pais e que tipo de queixas.

Em resposta a outra tentativa de contacto, através do Facebook, mas também em nome da Associação de Pais da escola Francisco Torrinha admite que o inquérito "é desadequado" à idade. "Mas o tema educação para a igualdade de género está previsto no programa, no âmbito da estratégia nacional para a cidadania".

"Considero que a proporção que o tema tomou é ainda mais desadequado que o próprio inquérito. Não fere suscetibilidades e tal como já foi mencionado, está previsto no programa do ME [Ministério da Educação]."

À Lusa, a Associação de Pais da Escola Básica Francisco Torrinha acrescentou ainda que "os pais estão calmos e a maior parte dos alunos não percebeu bem a questão que lhe foi colocada". "O Ministério da Educação está a par e vai agora tentar esclarecer a situação", afirma a associação.

Ministério está a averiguar

Esta quarta-feira, dia 10, o Ministério da Educação confirmou ao DN que está a investigar o caso. "O ministério da Educação não conhecia o inquérito em questão. Sabe-se para já que é um caso isolado e está a apurar informação junto do estabelecimento escolar em causa", revela ao DN o gabinete de comunicação do ministério da Educação.

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