Uma Judiciária “verde” e sustentável
A Polícia Judiciária (PJ) é cada vez mais “verde”. Após investimentos em sistemas fotovoltaicos e em obras de impermeabilização de edifícios, hoje não apenas está, em Lisboa e não só, energeticamente autossuficiente, como há até períodos em que “já consegue injetar energia na rede”.
Quem o diz, ao DN, é a diretora Nacional-Adjunta, Luísa Proença, quando visitamos as instalações da Judiciária para a reportagem sobre o investimento tecnológico para o combate ao crime (ler aqui). Ficamos então a saber que, além de, naturalmente, terem sido necessárias intervenções de fundo no antigo prédio da Rua Gomes Freire, inaugurado em 1958, este chega, em alguns momentos do dia, a injetar a energia sustentavelmente produzida no edifício da nova sede, concluída em 2014… Sinal de como, em apenas dez anos, a consciencialização ambiental mudou radicalmente.
Os edifícios de Lisboa (dois no Instituto da PJ e a antiga sede), Loures, Vila Real e Guarda foram os primeiros a ser intervencionados, via fundos europeus Portugal2020/POSEUR. Foi feita “impermeabilização, substituição das janelas, mudança de todas as luzes, para tecnologia LED, sistema de águas quentes, montados os painéis [fotovoltaicos] e a gestão integrada”. E conseguiu-se com isto “uma poupança [energética] que ronda os 50%”, afirma Luísa Proença. Isto com um investimento total de “3 milhões e qualquer coisa” - tudo de fundos europeus: “Estes projetos foram financiados a 100% (em alguns casos a 105%) porque houve sobras e como tínhamos cumprido tudo, ainda recebemos mais.”
Pelo que o caminho é para prosseguir. A PJ já garantiu financiamento para fazer obras em mais cinco edifícios, “Porto, Aveiro, Leiria, e depois os dois novos de Faro e Braga”. Em termos de retorno, Luísa Proença acredita: “Vamos multiplicar estes dados por 10.”
O ambiente agradece, os inspetores também. E polícias confortáveis resultam seguramente em investigações mais eficientes.