Hoje é mais barato descarbonizar a economia do que há 10 anos
"A descarbonização da economia não é um problema de tecnologia - ela pode, e vai melhorar, mas já existe -, mas de atitude", garante António Mexia, presidente do conselho de administração da EDP, na conferência "Alterações Climáticas, Contributo para Paris, Cimeira das Nações Unidas COP 21", promovida pelo Diário de Notícias e pela EDP, e a decorrer esta manhã em Lisboa, no auditório da sede da EDP.
António Mexia vê sinais positivos na atitude por parte das empresas. São sinais que se materializam, nomeadamente, nas estratégias para menor consumo e maior eficiência energética, e que deixam antever o futuro "com otimismo", garante. Até porque, descarbonizar, hoje, é muito mais barato do há 10 ou 15 anos. "Seria imperdoável, por isso, que não tomássemos as medidas que temos de tomar para cumprir as metas necessárias"para travar o problema global das alterações climáticas, concluiu.
"O mundo empresarial está claramente mobilizado para a cimeira de Paris". É a perceção de presidente do conselho de administração da Brisa, Vasco Mello. As grandes empresas, afirma, "sabem que têm de estar na linha da frente", com vista à descarbonização da economia.
Sucesso de cimeira de Paris depende de acordo vinculativo
O sucesso da cimeira do clima, que vai decorrer em Paris entre 28 de Novembro e 11 de dezembro, dependerá de três pressupostos essenciais: conseguir um acordo universal e vinculativo entre os 196 países para a redução global das emissões de gases com efeito de estufa, manter esse acordo ao longo do tempo e também conseguir concretizar os mecanismos financeiros necessários à conversão energética e à adaptação dos países em desenvolvimento. A visão é a do embaixador francês em Portugal, Jean-François Blarel.
Os sinais são para já positivos, segundo Jean-François Blarel. A pouco mais de um mês da COP 21, as intenções manifestadas por mais de 150 países para redução da suas emissões permite pensar que haverá um desfecho positivo em Paris.
Portugal vai reduzir em 40% as suas emissões até 2030
A meta já apresentada por Portugal, no âmbito das negociações de clima para a COP 21, é de uma redução das suas emissões em 40% até 2030, segundo Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa de Ambiente.