Sismo de magnitude 4.7 sentido na Área Metropolitana de Lisboa, mas também em Coimbra e no Algarve

Um sismo de magnitude 4.7 na escala de Richter foi sentido às 13:24 desta segunda-feira em Portugal Continental, de acordo com as últimas informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), explicando que o abalo foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, tendo o epicentro se localizado a cerca de 14 quilómetros a Oeste-Sudoeste de Seixal.

O sismo foi inicialmente reportado como sendo de magnitude de 4.2, mas entretanto já foi atualizado para 4.7, 4.8, 5.0 e finalmente para 4.7, segundo o IPMA, enquanto o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC, sigla em inglês) aponta para os 4.8 e dá conta de que o sismo ocorreu a sete quilómetros de profundidade.

Em comunicado, o IPMA revela ainda que o abalo foi sentido com intensidade máxima em Sintra e Almada, mas também "com menor intensidade nos concelhos de Odemira (Beja), Coimbra (Coimbra), Albufeira, Portimão (Faro), Alcobaça, Leiria (Leiria), Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Oeiras, Vila Franca de Xira, Amadora, Odivelas (Lisboa), Abrantes (Santarém), Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sines (Setúbal)".

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que o sismo sentido na região de Lisboa não registou danos pessoais ou materiais até ao momento (cerca das 13:50).

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, explicou que não foi recebido qualquer pedido de urgência ou de ajuda na sequência do sismo. O autarca revelou ainda que a ocasião foi aproveitada para fazer a revisão do sistema de segurança.

"Digo aos lisboetas que estamos preparados. Vivemos numa cidade com grande risco sismo e, por isso, temos 86 pontos de encontro na cidade", sublinhou.

"De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrosísmica atualizada. Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados", adianta o IPMA.

"A localização do epicentro de um sismo é um processo físico e matemático complexo que depende do conjunto de dados, dos algoritmos e dos modelos de propagação das ondas sísmicas. Agências diferentes podem produzir resultados ligeiramente diferentes. Do mesmo modo, as determinações preliminares são habitualmente corrigidas posteriormente, pela integração de mais informação. Em todos os casos acompanhe sempre as indicações dos serviços de proteção civil. Toda e qualquer utilização do conteúdo deste comunicado deverá sempre fazer referência à fonte", esclarece o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Devido ao volume de tráfego, o site do IPMA está com uma versão simplificada da homepage. "Página visível por acesso direto ou redirecionado (devido a um volume de tráfego excecionalmente elevado ou por ações de manutenção). No caso de redireccionamento, assim que a situação o permita retornará à página original", pode ler-se.

Recorde-se que a 26 de agosto foi sentido em Portugal Continental um sismo com magnitude 5.3 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines.

O que fazer em caso de sismo?

Ainda que os sismos não sejam possíveis de prever, há um conjunto de medidas que podem ser tomadas para tentar minimizar eventuais danos.

Se estiver em casa ou dentro de um edifício, não deverá desde logo utilizar elevadores. Se precisar de procurar abrigo, utilize um vão de uma porta, coloque-se debaixo de uma mesa ou uma cama. Procure também evitar a utilização de elevadores e, se estiver num andar alto, não se precipite para as escadas.

Além disso, as pessoas devem manter-se afastadas de janelas e espelhos e ter cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objetos. E, se estiver num local com grande concentração de pessoas, fique dentro do edifício até o sismo cessar, saia depois com calma e tenha atenção a objetos que possam cair.

Se estiver na rua, vá para um local aberto com calma e serenidade, longe do mar ou cursos de água. Não se deve vaguear pelas ruas, mantendo-se afastado dos edifícios, postes de eletricidade e outros objetos, bem como o de varandas ou muros que possam desabar.

Se estiver a conduzir, pare a viatura longe de edifícios, muros, taludes, postes e cabos de alta tensão e fique dentro do veículo.

E depois do abalo?

Mantenha a calma e conte com a ocorrência de réplicas. Não se precipite para as saídas e evite os elevadores. Utilize lanternas a pilhas e ligue o rádio, cumprindo recomendações que forem difundidas. Evite passar por locais onde possam existir fios elétricos soltos.