É nos arruamentos, dentro das localidades, que mais se registam acidentes, como este, em Braga.
É nos arruamentos, dentro das localidades, que mais se registam acidentes, como este, em Braga.Global Imagens

Sinistralidade. Aumentam as mortes dentro das localidades

Entre janeiro e março houve menos vítimas nas estradas comparando com 2019. Mas, no 1.º trimestre de 2024 houve mais mortes e feridos do que em igual período do ano passado.
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De janeiro a março de 2024 foram registados 8 268 acidentes com vítimas, em Portugal. Destes, resultaram 105 vítimas mortais, 552 feridos graves e 9642 feridos ligeiros.

Em relação a 2019 - ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e feridos graves até 2030, fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal - registaram-se menos 153 acidentes, menos 15 mortos e menos 419 feridos ligeiros, mas houve um aumento de feridos graves: mais 19.

Os dados são da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e fazem um balanço da sinistralidade, fazendo comparações entre períodos homólogos de 2019 mas, também, de 2014, ou seja, há dez anos.

Comparando com o período homólogo de 2014, o número de vítimas mortais, nas estradas portuguesas, baixou 1,9%. Em contrapartida, foi registado um aumento de 17,1% de feridos graves, mais 14,4% de feridos ligeiros e ainda mais 16% de acidentes.

Já no que se refere ao período homólogo de 2019 - há cinco anos - registou-se uma diminuição de acidentes, vítimas mortais e feridos leves. Houve, em relação a este período, menos 131 acidentes, menos 14 mortos e menos 393 feridos ligeiros. No entanto, houve mais 24 feridos graves, pode ler-se no mesmo relatório da ANSR.

Face ao primeiro trimestre de 2023 observa-se um aumento em todos os indicadores. No primeiro trimestre de 2024 houve mais 251 acidentes, mais duas vítimas mortais, mais 17 feridos graves e, ainda, mais 337 feridos ligeiros. A ANSR salienta que “houve em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes, muito embora se tenha registado uma diminuição de 4,1% no consumo de combustível rodoviário, segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia”. 

A colisão representou o tipo de acidente mais frequente nos primeiros três meses deste ano, em 51,4% dos casos de acidente, 43,7% das vítimas mortais e 44,6% dos feridos graves. Os despistes são a segunda causa mais prevalente de acidentes de viação, em 32,8% dos casos, tendo sido responsáveis por 42,7% dos mortos nas estradas.

Comparativamente a 2023 houve um aumento das vítimas mortais dentro das localidades (mais 8,9%). Fora das localidades verificou-se uma diminuição tanto em relação a  2019 quanto a 2023. É em arruamentos que mais acontecem acidentes de viação. No primeiro trimestre deste ano, 62,9% dos desastres aconteceram neste tipo de via, representando 29,1% das vítimas mortais e 52,4% dos feridos graves. Já nas autoestradas registou-se uma redução de uma vítima mortal e de menos 20 feridos graves em relação a 2019. Comparando com o período homólogo de 2023, o caso muda de figura: houve mais quatro mortos e menos 13 feridos graves. 

A maior parte das vítimas mortais - 71,8% - são os condutores, seguindo-se os passageiros (14,6%) e os peões (13,6%).

As infrações baixaram de 213,8 mil, ou seja menos 6,8% face ao período homólogo de 2023, sendo o excesso de velocidade (72,6%) a mais detetada.

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