Menos internados e R(t) sem alterações em dia com 6 mortos

O boletim da DGS desta quinta-feira indica que se registaram 1062 novos casos e seis mortos por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal.
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Nas últimas 24 horas foram registados 1062 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). No relatório desta quinta-feira , 16 de setembro, é referido que morreram mais 6 pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.

Quanto à pressão nos hospitais portugueses, há agora 497 doentes internados com a covid-19, menos 30 que ontem.

Já em relação aos cuidados intensivos há menos 16 doentes nestas unidades, num total de 103 camas ocupadas.

Quer a incidência e o nível de transmissibilidade R(t) não sofreram alterações em relação ao dia anterior. Os níveis de incidência mantém-se nos 191,1 a nível nacional e 196,1 no Continente. E o R(t) continua na zona laranja da matriz de risco com 0.84 a nível nacional e 0, 83 no Continente.

Nas últimas 24 horas morreram três pessoas na região de Lisboa e Vale do Tejo; E uma na região Norte. O mesmo número de vítimas na região Centro e no Alentejo.

Foi a região Norte que viu crescer o número de infetados nas últimas 24 horas, mais 425 infetados. A região de Lisboa teve mais 337 infectados e continua a ser a região com o maior número de casos: 10 014.

Esta tarde realiza-se uma nova reunião no Infarmed entre peritos na pandemia e decisores políticos. O Governo deverá manter a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços fechados na terceira fase do desconfinamento a ser antecipada na próxima semana, informa o jornal Público.

A decisão está prevista para a próxima quinta-feira, dia 23 de setembro, e será adotada pelo Conselho de Ministros se efetivamente 85% da população residente em Portugal já estiver totalmente inoculada. As indicações da reunião dos especialistas do Infarmed marcada para hoje vão também determinar a decisão.

"A intenção do Governo é que se realize uma nova reunião do Infarmed para debater este novo patamar e as medidas que se devem aprovar", declarou há uma semana a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Depois da reunião, o Conselho de Ministros tomará decisões. A ministra deixou porém um aviso: o país terá de continuar a conviver com "medidas obrigatórias" e com as respetivas recomendações da DGS.

Ontem, o Presidente da República disse estar feliz por participar na reunião do Infarmed com "a melhor situação" relativa à pandemia "em ano e meio". "Desta vez já se vai discutir abertura, muito abertura, ampla abertura [...]. Parece outro mundo", afirmou.

"Eu, naturalmente, devo ouvir os especialistas antes de dizer o que quer que seja - a função dos políticos não é fazerem de especialistas, é tomarem decisões políticas depois de ouvirem os especialistas [...] -, agora uma coisa é certa, que me sinto feliz porque vou para uma reunião do Infarmed com a melhor situação do último ano e meio", afirmou o chefe de Estado.

Falando aos jornalistas portugueses em Roma, após se ter reunido com 14 chefes de Estado da UE na 16.ª reunião do Grupo de Arraiolos, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que costumava "ir sempre com o coração pequeno - e às vezes pequeníssimo - para as reuniões do Infarmed, tais os números de casos, tais os números de internamentos em cuidados intensivos e tais os números de mortes".

Marcelo disse esperar que na reunião surjam esclarecimentos, "sem drama e com serenidade", aos portugueses sobre a covid-19, nomeadamente no arranque do ano letivo. "Disse sempre no Infarmed e disse-o fora do Infarmed: é muito importante que em cada momento - e agora é uma nova fase que corresponde ao começo do ano letivo - que os portugueses saibam exatamente quais são as regras."

Para o chefe de Estado, é preciso que fique claro que, quando e "se houver infetados [...], como é que é a reação e como é que se vai normalizando a vida nacional". "Isto, feito sem drama, com serenidade, mas com um esclarecimento, é muito importante para aquilo que tem sido a resposta dos portugueses, lúcida, serena e massiva", adiantou.

Cerca de 3.000 funcionários de estabelecimentos de saúde franceses que não estão vacinados foram hoje suspensos de funções, no primeiro dia da obrigatoriedade de imunização contra a covid-19 para essas pessoas, anunciou hoje o Ministro da Saúde francês.

Em entrevista à rádio RTL, Olivier Véran sublinhou que muitas destas suspensões "são apenas temporárias" e também que este número representa uma parte mínima dos 2,7 milhões de pessoas para as quais a vacinação passou a ser obrigatória nos serviços de saúde.

Além disso, referiu que os funcionários suspensos não são maioritariamente pessoal médico, mas trabalham em serviços de apoio dos estabelecimentos de saúde.

Junto com essas 3.000 suspensões, também houve "algumas dezenas" de demissões no primeiro dia de obrigatoriedade da vacina.

O ministro sublinhou que "estamos muito longe" dos números de 200.000 a 300.000 trabalhadores da saúde que poderiam ser afastados, segundo algumas fontes, da assistência médica ou de lares e infraestruturas de apoio a idosos por serem contrários à vacinação.

A vacinação obrigatória, instituída por lei de urgência aprovada no início de agosto, estipula que a partir de 15 de setembro os grupos em questão devem comprovar que receberam pelo menos a primeira dose da vacina e ter a vacinação completa até 15 de outubro.

Quase 95% dos médicos tomaram pelo menos uma dose até ao final da semana passada e quase 90% do pessoal dos lares de idosos está vacinado.

Véran fez, por outro lado, um apelo para que todas as pessoas que recebem a vacina contra a gripe todos os anos (entre 17 e 18 milhões de pessoas) venham a receber uma terceira dose contra a covid-19.

"Essa terceira dose é necessária" porque essas pessoas têm um sistema imunológico mais frágil, explicou.

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