Acidente aéreo na Índia entra para os 10 mais mortíferos de sempre. Recorde as maiores tragédias da aviação
EPA/SIDDHARAJ SOLANKI

Acidente aéreo na Índia entra para os 10 mais mortíferos de sempre. Recorde as maiores tragédias da aviação

Acidente de aviação desta quinta-feira na Índia vai entrar diretamente na história como uma das maiores desastres de sempre.
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O acidente de aviação desta quinta-feira, 12 de junho, na Índia, vai entrar diretamente na história como um dos mais mortíferos de sempre, estando já confirmada a morte de pelo menos 242 pessoas. Foi ainda o primeiro desastre aéreo a envolver um Boeing 787.

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Especialistas americanos a caminho da Índia. Um sobrevivente da tragédia aérea: "Ouvi um grande estrondo"

Recorde outras tragédias que marcaram a aviação mundial:

2753 mortes: World Trade Center, Nova Iorque, 11 de setembro de 2001

A maior catástrofe envolvendo aviões foi o atentado às World Trade Center, em Nova Iorque, Estados Unidos, quando dois aviões, um da American Airlines e outro da United Airlines, foram desviados por terroristas da Al-Qaeda e embateram contra as famosas Torres Gémeas causando a morte a 2753 pessoas, entre passageiros dos dois voos e ocupantes dos edifícios.

No total, o 11 de Setembro causou morte a 2977 pessoas, se tivermos em conta que outros dois aviões, também desviados pelos terroristas, despenharam-se no Pentágono e um campo perto de Shanksville, na Pensilvânia.

583 mortes: Tenerife (Espanha), 27 de março de 1977

O acidente mais mortífero da história da aviação, motivado por uma colisão em pista de dois Boeing 747 — um da KLM e outro da PanAmerican World Airways — no Aeroporto de Los Rodeos, atualmente designado de Tenerife Note, nas Ilhas Canárias, em Espanha.

Na causa do incidente esteve um denso nevoeiro e falhas na comunicação entre as tripulações e o controlo de tráfego aéreo, além de procedimentos operacionais.

520 mortes: Japão, 12 de agosto de 1985

Mais um acidente a envolver um Boeing 747, desta feita da Japan Airlines, que fazia uma viagem entre Tóquio e Osaka, no Japão, quando sofreu uma descompressão explosiva que se deveu a uma reparação inadequada numa divisória de pressão sete anos antes. O avião esteve no ar durante 32 minutos antes de cair numa montanha.

É o acidente mais mortífero de sempre a envolver apenas uma aeronave, tendo morrido 520 das 524 pessoas que seguiam a bordo.

349 mortes: Haryana (Índia), 12 de novembro de 1996

Outra colisão, mas desta vez em pleno voo, novamente com um Boeing 747 metido ao barulho, da Saudi Arabian Airlines, e um Ilyushin Il-76 da Kazakhstan Airlines.

O acidente aconteceu perto de Nova Deli e foi causado pela aeronave cazaque, que infringiu as regras de altitude. Morreram todas as pessoas que seguiam a bordo.

346 mortes: Ermenonville (França), 3 de março de 1974

Um McDonnell Douglas DC-10 da Turkish Airlines fazia uma viagem entre Istambul (Tuquia) e Paris (Reino Unido) com escala em Paris (França) quando uma porta de carga traseira abriu em pleno voo, causando uma descompressão explosiva que motivou a queda. Todos os ocupantes morreram.

301 mortes: Riade (Arábia Saudita), 19 de agosto de 1980

Um Lockheed L-1011 TriStar da Saudi Arabian Airlines descolou de Riade, na Arábia Saudita, mas sofreu um incêndio no compartimento de carga, tendo sido obrigado a voltar ao aeroporto. Apesar de uma aterragem segura, todas as pessoas a bordo morreram devido à inalação de fumo e impossibilidade de serem evacuadas.

273 mortes: Chicago (EUA), 25 de maio de 1979

Um McDonnell Douglas DC-10 da American Airlines perdeu um motor durante a descolagem, em Chicago devido a uma falha estrutural. Pouco depois, a aeronave despenhou-se, num acidente no qual morreram as 271 pessoas que seguiam a bordo e mais duas que foram atingidas no solo.

O incidente e consequente investigação impactaram os procedimentos de segurança e manutenção de aeronaves.

270 mortes: Lockerbie (Escócia), 21 de dezembro de 1988

Não foi um acidente: foi um atentado. Um Boeing 747 da PanAmerican World Airways que fazia a viagem entre Londres (Reino Unido) e Nova Iorque (Estados Unidos) explodiu em pleno voo sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, devido à detonação de uma bomba a bordo. O ato terrorista causou a morte de todos os 259 ocupantes e de onze pessoas que foram atingidas no solo.

Este incidente resultou em mudanças nos protocolos de segurança em aeroportos e no manuseio de bagagens.

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Lockerbie volta aos tribunais 19 anos depois

239 mortes: Oceano Índico, 8 de março de 2014

Um Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Kuala Lumpur (Malásia) e Pequim (China), desapareceu sobe o oceano Índico sem deixar vestígios. Apesar das extensas e prolongadas buscas, a aeronave nunca foi encontrada. A bordo seguiam 239 pessoas.

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Avião da Malaysia Airlines "muito provavelmente" em piloto automático quando se despenhou

228 mortes: Oceano Atlântico, 1 de junho de 2009

Um Airbus A330 da Air France, em viagem do Rio de Janeiro (Brasil) para Paris (França), caiu no oceano Atlântico devido a uma combinação de fatores como falhas nos sensores de velocidade, desorientação da tripulação e comandos inadequados. Todos os ocupantes morreram.

O incidente ficou também marcado pela complexidade da investigação, incluindo a recuperação das caixas negras desde as águas profundas do Atlântico.

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Recuperado o estabilizador de voo do Airbus A330

144 mortos: o maior acidente em Portugal

Em Portugal, o maior acidente aéreo registado em Portugal teve lugar em Santa Maria, ilha do grupo oriental dos Açores, em 8 de fevereiro de 1989, quando um Boeing 707, da Independent Air, com 144 pessoas a bordo, se despenhou no Pico Alto. O avião provinha de Bergamo (Itália) e tinha como destino a República Dominicana, mas fazia uma escala técnica no aeroporto de Vila do Porto, em Santa Maria.

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Maior acidente aéreo registado em Portugal teve lugar há 30 anos em Santa Maria

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