José Sócrates contesta tese do MP sobre casas da Venezuela. "Porque é que no meu Governo era corrupção?"

Acompanhe aqui mais uma sessão do julgamento da Operação Marquês, a última antes das férias judiciais.
José Sócrates contesta tese do MP sobre casas da Venezuela. "Porque é que no meu Governo era corrupção?"
Gerardo Santos

A sessão termina agora. O julgamento retoma no próximo dia 2 de setembro

Após as questões mais genéricas, Susana Seca declara o fim da audiência e anuncia que a próxima se realizará no dia 2 de setembro.

Aí, José Sócrates deverá responder a questões sobre o Grupo Lena, o TGV e a Parque Escolar.

"A minha mãe vendeu a casa ao Carlos Santos Silva, que se dedicava a isso"

Voltando a criticar o voyeurismo do Ministério Público, José Sócrates exalta-se e explica que "em junho de 2011", morreram o seu pai e o seu irmão.

Refere que a casa da sua mãe, no edifício Heron Castilho, foi vendida por 600 mil euros diretamente a Carlos Santos Silva, tendo-lhe dado 400 mil euros (uma vez que não se dava com a família do irmão do antigo primeiro-ministro), numa altura em que Sócrates estava sem rendimentos.

José Sócrates emociona-se quando fala dos filhos, acrescentando que as perguntas entram na "esfera privada" e que não devia ser "obrigado a falar disto". "De onde veio o dinheiro? Foi daqui", reitera o antigo primeiro-ministro, acrescentando que "depois foi para a Octapharma e que nunca tinha tido: 12.500 euros por mês".

"Eu e o Armando Vara temos um percurso político parecido"

O Ministério Público questiona agora sobre a relação de José Sócrates com Armando Vara.

"Conheci-o nos anos 1980, quando fui eleito presidente da federação do PS no distrito de Castelo Branco. Ganhei esse congresso - muito especial para mim - por um acaso, por dois votos. Tendo sido eleito presidente de federação, conheci os outros, entre os quais estava Armando Vara, que era presidente da federação de Bragança. E éramos dois dos mais jovens presidente de federação. Juntos fizemos uma carreira política, primeiro como deputados. Ele foi eleito em 1985, eu não fui eleito. Em 1995, fomos ambos para o Governo, eu como secretário de Estado do Ambiente e o Vara como secretário de Estado da Administração Interna. Temos um percurso político parecido, no fundo, até que em 2004 eu me candidato à liderança do PS e ele vai para a Caixa Geral de Depósitos, onde era funcionário, e falávamos muito menos", responde Sócrates.

A juíza pergunta novamente se ambos eram amigos, o antigo primeiro-ministro refere que "nem sempre" concordavam, mas têm essa relação de amizade, que "resistiu a isto tudo".

Rómulo Mateus questiona depois Sócrates sobre o seu "último salário público" (e se foi em 2011, após sair do Governo), que o antigo primeiro-ministro confirma.

"Quando voltou a ter um salário regular? Foi da Octapharma?", questiona Rómulo Mateus, com Sócrates a responder: "Quando saí do Governo, decidi fazer um período sabático. Combinei com os meus filhos que íamos estudar juntos para Paris."

Rómulo Mateus interrompe-o dizendo que "não pensava entrar já nestas questões", com Sócrates a dizer que quer "acabar" de explicar. E continua: "Os meus filhos acabaram o secundário numa escola internacional e eu fiz o primeiro ano de Mestrado em Teoria Política. Depois do meu salário público, tive o salário da Octapharma, que já não sei quando começou. Salvo erro, foi no início de 2013."

"Na sequência de um divórcio público, decidiu pagar uma prestação de alimentos aos seus filhos?", pergunta Rómulo Mateus, com Sócrates a confirmar que sim, explicando depois como foi para Paris e se sustentou lá. Diz que "a seu tempo" provará isso, bem como as questões ligadas à "fortuna herdada" da sua mãe.

Ministério Público ia começar a questionar José Sócrates mas advogado aconselha-o a não responder

Rómulo Mateus começa agora a questionar José Sócrates, que recorda perguntas "génericas que já deviam ter sido colocadas" mas que tal ainda não aconteceu, como "relações pessoais" com outros arguidos.

O advogado Pedro Delille intervém e aconselha José Sócrates a não responder sobre este assunto. Tal devia acontecer, na opinião do causídico, "quando o MP apresentasse aqui provas sobre os crimes de que acusa" o antigo primeiro-ministro.

"Em que circunstâncias conheceu Carlos Santos Silva?", questiona Rómulo Mateus. A resposta: "Conheci-o ainda no liceu. Conhecemo-nos na juventude. Depois fui estudar para Coimbra, regressei e tivemos uma longa amizade desde essa altura. Ele era um engenheiro já muito conhecido na Covilhã e lembro-me que tinha uma discoteca, era sinal de estatuto social. Talvez por termos temperamentos diferentes damo-nos muito bem. Acho que isto descreve bem a minha relação com o engenheiro Carlos Santos Silva."

"Então não se conheceram na Câmara Municipal da Covilhã?", questiona a juíza Susana Seca, ao que Sócrates explica: "Ambos saímos, depois regressámos à Covilhã e esse foi o período de maior intensidade. Todos os anos 1980 marcaram a nossa relação. Não tínhamos uma relação possível, mas já éramos amigos."

Questionado sobre se "assistiu e quando existiu uma aproximação de Carlos Santos Silva ao grupo societário [Lena]", José Sócrates refere que "não se lembra". "Quando fui ministro do Ambiente, não conhecia a Lena de lado nenhum. Isso é uma pergunta para lhe fazerem a ele. Quando saí do Governo em 2002, não sabia que ele trabalhava com a Lena."

"Nunca tive nenhuma conversa sobre Casas da Venezuela"

José Sócrates relembra agora um momento em que Vítor Escária, à altura seu assessor, enviou um email para um assessor do governo venezuelano em que o antigo primeiro-ministro terá questionado sobre "como estava o processo" das Casas na Venezuela.

Sócrates refere que tal aconteceu depois de um dos "Encontros do Estoril", em 2010, onde estava Joaquim Barroca, administrador do grupo Lena, e que terá falado sobre a dificuldade no projeto na América do Sul, o que levou o principal arguido da Operação Marquês a questionar o governo venezuelano sobre este assunto. "Esse email está associado a esta reunião", refere.

Antes, Sócrates garantiu ainda: "Nunca tive nenhuma conversa sobre Casas da Venezuela com Carlos Santos Silva ou outra pessoa."

Casas da Venezuela. "Como é que alguém vem com a história das transferências?"

Depois do intervalo, José Sócrates fala agora sobre as "casas da Venezuela", um projeto de habitações "sociais", adjudicadas ao Grupo Lena, segundo a acusação.

O Governo teve conhecimento disso "em 2008", quando o assunto entrou na atualidade política -- isto apesar do MP dizer "como ponto assente" que o início da cooperação aconteceu em 2007, quando Joaquim Barroca transferiu 2.375.000 euros para Carlos Santos Silva de modo a pagar "um apoio privilegiado" ao Grupo Lena.

"Como é que alguém vem com a história das transferências? Pretender que isto tem a ver com as casas da Venezuela é falso. Em janeiro de 2007, nenhum venezuelano sabia que ia haver casas", atira Sócrates.

"Isso não fazia parte das prioridades do Governo em termos de construção. Era o porto de La Guaira e barragem de Duas Bocas", diz.

"A cooperação com a Venezuela teve um impacto grande na economia, multiplicámos por 10 as exportações. Mas quero lembrar ao tribunal que tudo isso continuou após o meu Governo, incluindo as Casas da Venezuela."

Então, exalta-se e diz: "Porque é que no meu Governo era corrupção e nos governos de Paulo Portas ou de Augusto Santos Silva é diplomacia? Por causa de umas transferências feitas um ano antes da Venezuela? É porque era uma marca do meu Governo! Tal como a Parque Escolar, que é uma das coisas que mais me orgulho de ter feito neste país, ou o TGV que era preciso enterrar. Isto era para me atacar. Terão de perguntar a quem fez as transferências."

Sócrates fala agora na "questão do circuito do dinheiro". "Não há nenhuma relação" com o TGV

Pegando nas palavras de Rui Real, procurador do Ministério Público que tem questionado José Sócrates, o antigo primeiro-ministro diz agora que quer falar sobre "o circuito do dinheiro".

"Parece-me conversa a mais. Gostaria do Ministério Público me fizesse perguntas sobre o meu dinheiro, terei todo o gosto. Não perguntas com dinheiro dos outros", atira Sócrates.

Passa depois em revista a data de três transferências detetadas pelo Ministério Público, que terão sido feitas do grupo Lena para Carlos Santos Silva, cujo destinatário último seria o antigo primeiro-ministro. "Nenhuma destas datas coincide com uma data relevante do projeto do TGV. Não se percebe a relação que têm", considera, antes de recordar palavras do juiz de instrução.

Ivo Rosa, cita Sócrates, disse que "não há nenhuma coincidência, nenhuma aproximação entre os alegados pagamentos. Não há nenhuma relação, nenhuma método que dê congruência" à tese do Ministério Público.

"Termino assim o ponto TGV", diz José Sócrates.

Rómulo Mateus, procurador do MP, troca algumas impressões com Rui Real durante o testemunho.

O julgamento faz agora uma pausa de 10 minutos, por sugestão de Sócrates que disse que tem de se "sentir em forma" e se encontra "algo cansado". O antigo primeiro-ministro anunciou que vai ainda falar sobre "as casas na Venezuela" antes de ser questionado pelo Ministério Público.

"Só soube o que era a reforma do procedimento na acusação"

José Sócrates fala agora sobre a "momentosa questão" da reforma do procedimento, que lhe é também imputada pelo Ministério Público.

"O MP atribui-me a iniciativa da reforma do procedimento (ir ao Tribunal de Contas reformular o procedimento, melhorá-la e submetê-la de novo). Essa ideia não é minha. Não tenho ideia de qualquer intervenção nesse sentido. O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, agiu segundo uma recomendação do presidente do Tribunal de Contas. Quem tinha contactos com a REFER? Não faço ideia. O que sei é que o ministério falava com o TdC para lhe perguntar qual a jurisprudência. O que sei é o que está escrito nos autos da acusação. Foi aí que me confrontei pela primeira vez com essa momentosa questão."

Esta reforma, diz Sócrates, "foi ideia" de António Mendonça.

Sessão já retomou após o almoço. Sócrates continua a falar sobre o TGV e garante que não foi ele quem antecipou o concurso

Após a hora de almoço, a sessão retoma e José Sócrates continua a falar sobre o TGV e antecipação do concurso para o lançamento da obra que, na tese do Ministério Público, serviria para garantir os interesses do consórcio onde estava o grupo Lena.

Recorda que teve, em 2008, uma reunião com Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, e garante que houve uma discussão sobre essa hipótese de antecipar o concurso. Mas foi, nas palavras de Sócrates, uma "sugestão" do próprio ministro da pasta, Mário Lino.

Entretanto, quer citar o depoimento de testemunhas na fase de instrução, mas a juíza não lhe permite, dizendo que essas pessoas testemunharão agora em julgamento.

Favorecimento ao grupo Lena “é história da carochinha” e Sócrates reitera que se defende “pela segunda vez”

O antigo primeiro-ministro fala agora à porta do tribunal, onde reitera os argumentos que expôs na sala de audiências, como o afastamento de Ribeiro dos Santos da RAV. E, nas palavras do próprio, a acusação de alegadamente favorecer o grupo Lena “é uma história da carochinha” por parte do Ministério Público.

Reiterando que se defende “pela segunda vez”, após tê-lo feito “na fase de instrução”, José Sócrates afirma que “já disse tudo isto” perante o juiz Ivo Rosa.

José Sócrates após responder às perguntas dos jornalistas na pausa para almoço
José Sócrates após responder às perguntas dos jornalistas na pausa para almoçoGerardo Santos

Mário Lino "nunca se acovardou" e pediu audiência a Sócrates onde o TGV foi abordado

Segundo José Sócrates, Mário Lino, ministro das Obras Públicas que tem sido referido por diversas vezes neste julgamento, pediu a José Sócrates uma "audiência" para lhe dar conta do trabalho que tinha sido feito "por ir sair do Governo".

"Um dos pontos a abordar era o TGV. Nessa altura, o ministro Mário Lino pede-me uma audiência e faz-se acompanhar com o presidente do júri [da adjudicação das obras] para dar conta das preocupações sobre o visto do Tribunal de Contas em relação ao TGV. Era um concurso complexo, uma PPP. Tínhamos dificuldades em todas áreas, mas o ministro queria que soubesse que havia preocupação em relação ao visto do Tribunal de Contas", recorda Sócrates.

Diz ainda que Mário Lino "nunca se acovardou", e refere também um artigo de opinião do antigo governante, onde "desmente" a tese do Ministério Público.

É questionado pela juíza sobre o que diz a acusação (que Sócrates teve uma intervenção muito direta na conformação dos contratos e nas recomendações), Sócrates volta a dizer: "Isso é completamente mentira. Estou a atualizar esse termo porque sabe que é falso. O MP sabe que é falso. Nunca intervim em nada. Não há uma pessoa que diga que eu falei com alguém. O MP identifica três momentos em que eu estive, a reunião com o júri, um encontro com o secretário de Estado Carlos Oliveira e outro com a secretária de Estado Ana Paula Vitorino."

O julgamento é entretanto interrompido para almoço e será retomado pelas 14h00.

"Nunca houve presunção de inocência neste caso"

José Sócrates continua a deixar críticas à acusação e aos argumentos do Ministério Público.

Dizendo que está a ser julgado "pela segunda vez" desde o início de todo este processo, José Sócrates diz que "nunca houve presunção de inocência, mas sim presunção de culpa".

"Ninguém sabe que eu estou a ser julgado por ter, alegadamente, introduzido uma alínea num contrato para que uma empresa fosse indemnizada em caso de recusa do Tribunal de Contas", atira o antigo primeiro-ministro.

O fim do projeto do TGV é culpa "do Governo de Passos Coelho, não do Tribunal de Contas"

A juíza pergunta entretanto a José Sócrates o porquê do motivo do projeto do TGV não ter ido então para a frente.

Em resposta, o antigo primeiro-ministro é perentório: "A culpa é do Governo que me sucedeu, foram eles quem acabou com o TGV. A culpa é do Governo de Passos Coelho, não do Tribunal de Contas."

"É falso que tenha dado instruções aos ministros"

Após o intervalo, José Sócrates volta ao ataque contra a acusação.

"A acusação diz que instrumentalizei os ministros e os secretários de Estado, os administradores da Refer e da RAVE e porventura os assessores para satisfazer os meus intentos e beneficiar o grupo Lena. Isso é absolutamente falso, não se encontrará nada disso nos autos. É falso que tenha dado instruções aos ministros- Este capítulo da acusação revela tudo o que há de falso", atira o antigo primeiro-ministro.

"É uma ideia fantasiosa e, por mais estapafúrdia que pareça, serve para perseguir o seu alvo", acusa ainda José Sócrates, que reitera que acusa o MP de ter um "linguajar vaticânico" em todo este processo. "Dizem que eu não interferia nos concursos, mas interferia, para disfarçar, nas regras de procedimento e conformação dos contratos. É como se dissessem: 'Estás possuído pelo demónio, temos de descobrir o que vai na alma'", remata, antes de citar um procurador da União Soviética (Andrey Vichinsky), para o comparar ao MP: "Deem-me o homem, eu descubro o crime. É igual. Deem-me o TGV, eu descubro o crime."

Julgamento em pausa durante 10 minutos, depois de passar em revista a acusação

Após alguns minutos de José Sócrates a passar em revista a acusação, que cita cláusulas do contrato de adjudicação do TGV para alegar corrupção, o julgamento entra em pausa durante 10 minutos, para um breve intervalo.

Sócrates: Tribunal Arbitral mostra "com clareza" a idoneidade no concurso do TGV

Depois de ter sido alertado pela juíza-presidente para tentar não ler partes da decisão instrutória, proferida pelo juiz Ivo Rosa, por ser extensa, Sócrates socorre-se então de um acórdão do Tribunal Arbitral, datado de 2016, para fundamentar o seu ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta refutar pontos da acusação.

"Não costuma acontecer. Mas li todo o acórdão do Tribunal Arbitral. Está muito bem escrito, é muito esclarecedor e mostra, com absoluta clareza, o comportamento íntegro e decente de todos os que participaram no concurso do TGV."

"A acusação descreve uma conspiração". José Sócrates rejeita alegada corrupção no TGV

José Sócrates entra agora no tema de hoje (o TGV).

Começa por voltar a criticar uma "acusação falsa e injusta", passando em revista o que chama os "absurdos" da acusação.

Isto é: "A acusação sustenta que houve pagamentos corruptos feitos em 2007 para um projeto que nunca se realizou. Depois, diz a acusação, que descreve que esses pagamentos corruptos seriam uma contrapartida de uma indemnização, em caso de um eventual chumbo do Tribunal de Contas [TdC]. O grande absurdo é que sou acusado pelo Ministério Público de fingir que não queria fazer o TGV e esconder um desejo criminoso para que o contrato fosse ao TdC para que a empresa chumbasse para ter direito a uma indemnização."

Além disso, diz ainda, "a acusação descreve uma conspiração, com uma componente política comandada por mim e uma componente técnica comandada pelo dr. Ribeiro dos Santos, também arguido neste processo". "Nunca é referido que a primeira coisa que a componente política fez foi afastar essa dimensão técnica da Rede de Alta Velocidade [RAVE]. Se havia uma combinazione para ganhar o TGV não fazia sentido o Governo ter mantido o responsável da componente técnica?"

"Que tudo isto tenha acontecido ao mesmo tempo é o cumulo do absurdo", atira Sócrates, antes de ser repreendido pela juíza Susana Seca sobre os "epítetos" utilizados para classificar a acusação, pedindo outra adjetivação.

Além disso, o antigo primeiro-ministro classificou como "absurda" a tese do Ministério Público de que o grupo Lena -- que detinha "13,5% do consórcio" Elos, que estaria na construção do TGV, teria assumido a totalidade dos pagamentos corruptos. "Uma empresa que tinha 13,5% paga tudo e outros não recebem nada? Não cabe na cabeça de ninguém", atira.

Sócrates começa a falar e recupera depoimento da semana passada

O TGV é o tema da declaração de hoje de José Sócrates na última sessão antes das férias judiciais.

Mas o antigo primeiro-ministro diz que vai regressar ao depoimento que fez "na última sessão", recuperando os dois documentos que utilizou na passada quinta-feira, nomeadamente aquele em que mostra a taxa de adjudicações da empresa de 2,93% de governos anteriores para 2,54% nos seus governos.

Pede que este documento, através do seu advogado, seja adicionado ao processo.

É também recuperada uma auditoria feita pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF) à empresa Parque Escolar, onde se refere que foram celebrados mais de dois mil contratos com construtoras e apenas 14 foram adjudicados ao grupo Lena. "O benefício nunca existiu", reitera Sócrates.

Sessão com início atrasado devido à ausência de advogados

A sessão, marcada para as 9h30, está com o seu início atrasado em mais de meia hora.

Este atraso deve-se, pelo que se percebe, à ausência dos advogados de alguns arguidos do processo.

José Sócrates já está no tribunal

O ex-primeiro-ministro já está no Campus da Justiça para mais uma sessão do julgamento da Operação Marquês, a última antes das férias judiciais.

Recorde em baixo como foi a última sessão, na quinta-feira passada, 10 de julho.

José Sócrates contesta tese do MP sobre casas da Venezuela. "Porque é que no meu Governo era corrupção?"
Ao terceiro dia, Sócrates falou na PT, num Granadeiro "de coração partido" e numa acusação que é "falsidade"
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