Portugal volta a ultrapassar fasquia dos mil casos diários. Incidência e internamentos a subir

O país contabiliza agora um total de 18180 óbitos e 1 092 666 casos confirmados desde o início da pandemia
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Portugal registou nove mortes e 1074 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira. É a primeira vez desde setembro (dia 17) que o país ultrapassa a fasquia das mil novas infeções diárias.

O país contabiliza agora um total de 18180 óbitos e 1 092 666 casos confirmados desde o início da pandemia.

Há agora 384 pessoas hospitalizadas com covid-19 em Portugal (mais 12 do que na terça-feira), dos quais 67 em unidades de cuidados intensivos (mais oito).

Também em subida está a taxa de incidência, que é agora de 104,3 casos a nível nacional, quando na última atualização estava nos 101,5.

Já o índice de transmissibilidade - o R(t) - está a baixar, situando-se esta quarta-feira em 1,03 a nível nacional (estava em 1,05 na última segunda-feira).

Foram dadas como recuperadas nas últimas 24 horas 1163 pessoas, o que faz com que o número de casos ativos tenha descido para 31938 (menos 98).

A Região Centro foi a mais afetada por novas infeções do SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, com 336 casos, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (320) e Região Norte (243).

Em relação aos óbitos, três foram registados em Lisboa e Vale do Tejo, dois na Região Centro, outros dois no Algarve, um no Alentejo e outro nos Açores.

As visitas aos lares devem ser facilitadas, sem prejuízo de se continuarem a usar meios de comunicação como as videochamadas, e os visitantes têm de apresentar certificado de vacinação ou teste à covid-19.

Segundo a orientação da Direção Geral da Saúde (DGS) que define os procedimentos para as Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e para Unidades de Cuidados Continuados Integrados, atualizada na terça-feira, cada instituição deve comunicar aos familiares e outros visitantes as situações em que decorrem as visitas, "garantindo o acesso e a utilização adequada dos espaços a respetiva higienização e ventilação".

De acordo com a orientação, para a admissão de novos residentes, quem não tem história de infeção nos últimos seis meses deve apresentar teste laboratorial molecular negativo para o vírus SARS-CoV-2.

Para as circunstâncias em que o teste laboratorial não possa ser realizado antes da admissão, o novo utente, se não tiver vacinação completa e sem história de infeção nos últimos seis meses, deve ficar em isolamento profilático.

"O seu encaminhamento será realizado em função da situação clínica e do resultado do teste laboratorial", explica a orientação, acrescentando que, "posteriormente, é altamente recomendado que seja vacinado ou completado o esquema vacinal contra a covid-19".

Aquando da admissão, os residentes/utentes que nos últimos seis meses cumpriram os critérios de fim de isolamento não precisam de apresentar um resultado de teste negativo e ficam igualmente dispensados do período de isolamento profilático.

Já os novos residentes que tenham esquema vacinal contra a covid-19 completo devem apresentar apenas um teste negativo para SARS-CoV-2, ficando dispensados do isolamento profilático.

Quando um residente sai da instituição por um período inferior a 24 horas, não é necessária a realização de teste, nem isolamento profilático no regresso à instituição.

Nas deslocações ao exterior por um período superior a 24 horas, estão dispensados do isolamento profilático e da realização de teste laboratorial os residentes que foram dados como recuperados da infeção nos últimos seis meses.

A informação indica ainda que ficam igualmente dispensados do isolamento profilático os residentes que tenham vacinação completa há mais de 14 dias, devendo apenas apresentar um teste negativo.

A orientação agora atualizada define que é obrigatória a utilização de máscara pelos trabalhadores e visitantes das instituições, para acesso ou permanência no interior, e diz que "é fortemente recomendada" a vacinação contra a covid-19 de todos os profissionais.

Define ainda que os horários de trabalho devem ser organizados em turnos para que as equipas não se cruzem, garantindo a separação dos cuidadores/profissionais por grupos, sem contacto entre si.

Se forem detetados casos de covid-19 na instituição, devem ser alocados profissionais por grupos de residentes (os mesmos cuidadores para os mesmos doentes), com o menor contacto possível entre eles.

Todos os cuidadores/profissionais da instituição devem fazer a automonitorização diária de sinais e sintomas compatíveis com a covid-19 à entrada e saída de cada turno.

Os hospitais realizaram mais de 525 mil cirurgias e cerca de 9,2 milhões de consultas entre janeiro e setembro deste ano, superando a atividade registada no mesmo período de 2019 e 2020, indicou esta quarta-feira o Ministério da Saúde.

Segundo dados da atividade assistencial nos serviços públicos, nos primeiros nove meses do ano foram efetuadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) 525.057 intervenções cirúrgicas, o que representa mais 27% do que as efetuadas em 2020 e 1,5% do que em 2019.

Relativamente às consultas médicas hospitalares, entre janeiro e setembro realizaram-se 9.264.217, mais 13,8% do que as consultas externas efetuadas em 2020 e 1% do que em 2019, avança ainda o ministério.

"O IPO de Coimbra (24,7%), o Hospital de Vila Franca de Xira (18,6%), o Centro Hospitalar de Leiria (15%), o Hospital de Braga (12%) e o IPO de Lisboa (11%) foram as unidades hospitalares que registaram os maiores aumentos do número total de consultas face a igual período de 2019", adianta.

Ao nível das primeiras consultas, os dados agora divulgados sublinham o "crescimento das primeiras consultas dos três IPO face a 2019 -- Porto mais 9,5%, Centro mais 12,7% e Lisboa mais 4,2% -, "dada a relevância do acesso a primeiras consultas na área da oncologia".

Os mesmos dados revelam que, nos cuidados primários, o número de consultas ascendeu a 26.937.505, correspondendo a um crescimento de 16,8% em relação a 2020 e de 14,4% quando comparado com 2019.

Relativamente à oncologia, a tutela salienta a "evolução observada em 2021 na recuperação do rastreio oncológico de base populacional", reconhecendo que em 2020 "ocorreram quebras significativas".

Quanto ao cancro da mama, "em termos globais verifica-se um aumento da população convidada e rastreada em 2021, face a iguais períodos de 2020 e 2019", adianta o Ministério da Saúde, que refere que este ano se regista uma cobertura populacional superior à verificada nos dois períodos homólogos anteriores, alcançando-se uma taxa de cobertura de cerca de 50%.

Até setembro deste ano tinham sido rastreadas mais de 266 mil pessoas, enquanto em 2020 não chegaram às 130 mil e em 2019 ascenderam a mais de 250 mil.

"Os dados do movimento assistencial demonstram que o SNS revelou capacidade de adaptação e resposta, tendo aumentado o volume de cuidados em 2021 face a 2019 no cômputo nacional para as grandes linhas de atividade, quer nos cuidados primários, quer nos cuidados hospitalares", adiantou o Ministério da Saúde.

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