Há quase um ano que não havia tantos internados num só dia por covid

Boletim diário da DGS deste domingo contabiliza mais 192 internados e mais seis doentes em unidades de cuidados intensivos. Há mais 45 569 casos e 30 mortes nas últimas 24 horas

Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 45 569 novos casos de covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo (23 de janeiro). Foram ainda registadas mais 30 mortes devido à infeção por SARS-CoV-2.

Nos hospitais há agora 2219 internados (mais 192 do que na véspera), dos quais 160 (mais seis) estão em unidades de cuidados intensivos (uci).

Há quase um ano que não havia tantos internamentos por covid-19 num só dia. Para se encontrar um aumento superior tem de se recuar até 25 de janeiro de 2021, quando em 24 horas foram internadas 303 pessoas. Nesse dia estavam internadas 6420 pessoas, das quais 767 em uci.

Este é também o maior número de internados desde 26 de fevereiro. Na altura estavam nos hospitais 2404 doentes com covid-19, sendo que 522 estavam nas unidades de cuidados intensivos.

O número diário de casos é inferior aos dos últimos quatro dias, quando houve registo de mais de 50 mil novos casos por dia, mas muito acima do domingo passado, quando foram contabilizados 32 271 novos casos. No total, nesta semana, houve mais 336 851 casos de covid-19 e 266 mortos.

Desde o início da pandemia já foram registados 2 221 825 casos de covid-19 em Portugal e 19 569 mortes.

No boletim deste domingo há mais 34 968 casos ativos, num total de 489 789, e mais 10 571 recuperados (já recuperara desde o início da pandemia 1 712 467 doentes). Há ainda mais 26 789 contactos em vigilância, num total de 478 883.

Dos novos casos, quase metade foram registados na região Norte (20 549), com a de Lisboa e Vale do Tejo a contabilizar mais 13 303, o Centro 6954, o Algarve 1716, o Alentejo 1337, a Madeira 1005 e os Açores 705.

Em relação às mortes, 16 foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, dez no Norte, dois no Centro, um no Algarve e um no Alentejo. No que diz respeito às idades, duas das mortes dizem respeito a doentes que tinham entre os 60 e os 69 anos, nove tinham entre 70 e 79 anos e 19 com mais de 80 anos.

Dose de reforço reduziu risco de morte em seis vezes em doentes acima dos 80

O relatório de vacinação divulgado no sábado pela Direção-geral da Saúde dá conta que no país já há 4 236 860 de pessoas com a dose de reforço contra a covid-19, e que 8 773 768 têm agora o esquema vacinal primário completo, duas doses. Neste momento, as faixas etárias mais protegidas são as que estão acima dos 55 anos, embora já haja indicação da DGS para que todas as faixas acima dos 18 anos recebam este reforço. Uma situação que é tanto mais importante quanto se sabe que esta dose de reforço está a diminuir o risco de mortalidade nas idades mais vulneráveis.

De acordo com o relatório das Linhas Vermelhas, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo (INSA) e pela DGS, divulgado na sexta-feira à noite, as pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte 3 a 6 vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de infetados em dezembro. Mas a proteção dada aos mais idosos é superior. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por covid para "quase seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo".

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