Mais 3452 novos casos e 13 mortes. R(t) a baixar e incidência a subir
Portugal registou mais 3452 casos e 13 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira, 28 de julho.
Há agora 51 430 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, mais 175 do que na véspera.
O país contabiliza agora um total de 960 437 casos e 17 320 óbitos desde o início da pandemia.
Relativamente a internamentos, mantêm-se 200 pessoas hospitalizadas em unidades de cuidados intensivos. O valor total de hospitalizações é agora de 934, mais seis do que no dia anterior.
O boletim da DGS aponta também que há mais 3264 recuperados da doença, num total de 891 687.
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais novos casos (1341) e mortes (sete) nas últimas 24 horas. Os outros óbitos foram contabilizados no Norte (cinco) e no Centro (um).
A região Norte registou mais 1194 casos. Em relação às restantes unidades territoriais, tanto o Centro como o contabilizaram Algarve mais 358 casos, o Alentejo mais 115, os Açores mais 57 e a Madeira mais 29.
A taxa de incidência subiu para 428,3 casos de infeção por covid-19 por 100 mil habitantes a nível nacional (face aos 427,5 anteriores), mas manteve-se nos 439,3 casos no continente.
O R(t) baixou de 1,04 para 1,01 tanto a nível nacional como no continente.
Com carta branca dos especialistas, consenso entre os partidos e um Presidente da República "irritantemente otimista", o Conselho de Ministros reúne-se amanhã para acertar o que deverão ser as primeiras medidas de alívio às restrições da pandemia. Se o executivo já vinha dando sinais de que é altura de começar a caminhar em direção a uma normalidade que só chegará com a imunidade de grupo da população portuguesa - em finais de setembro, se não houver atrasos no calendário de vacinação -, ontem, a reunião do Infarmed apontou claramente nesse sentido. E, se dúvidas ainda houvesse, o Presidente da República insistiu que a "eficácia" da vacinação abre o horizonte ao alívio de medidas.
O governo remete todas as decisões para a reunião desta quinta-feira, mas, ao que apurou o DN, uma das medidas que vão ser revistas é o recolher obrigatório a partir das 11 da noite. E um outro dado é praticamente certo: as restrições por concelho vão dar lugar a medidas para todo o território. Marta Temido, ministra da Saúde, antecipou ontem a "uniformidade" das regras, dada a predominância da variante Delta em quase todo o país e o número muito elevado de concelhos em que a incidência está acima dos 120 casos por 100 mil habitantes.
Ontem, no regresso das reuniões do Infarmed - que já não se realizavam há dois meses - os técnicos traçaram o plano para a progressiva diminuição das restrições, com quatro níveis que acompanham a taxa de vacinação. O Plano de Redução das Medidas Restritivas, apresentado por Raquel Duarte, da Administração Regional de Saúde do Norte e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, prevê um primeiro nível com uma taxa de vacinação completa entre os 50% e 60% - o patamar em que o país está atualmente com 52% da população vacinada com as duas doses, de acordo com dados divulgados ontem. O nível 2 prevê uma taxa de vacinação entre os 60% e os 70%, o nível 3 até aos 85%. O último patamar, o quarto, prevê uma taxa de vacinação acima dos 85%. Neste nível prevê-se o levantamento de todas as medidas, e poderá acontecer no final de setembro, isto num cenário de cumprimento das metas do plano de vacinação. Em todos os níveis devem vigorar três medidas gerais: ventilação e climatização adequada dos espaços, utilização de certificado digital por rotina nos espaços públicos e a autoavaliação de risco.
Mas há outras mudanças em perspetiva, nomeadamente quanto à matriz de risco. Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, propôs que o limiar de risco da incidência passe dos atuais 240 para os 480 casos por 100 mil habitantes. Já o limite de ocupação em unidades de cuidados intensivos (UCI) deverá passar das atuais 245 para as 255 camas. A investigadora propôs também a inclusão de indicadores de gravidade clínica e impacto na mortalidade, além da cobertura vacinal.
Mais de metade da população (52%) residente em Portugal tem a vacinação completa contra a covid-19, revela o relatório semanal de vacinação divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o relatório, publicado por norma todas as terças-feiras, 5.389.935 pessoas (52%) concluíram o esquema vacinal e 6.865.047 (67%) tomaram pelo menos uma dose.
Em Portugal, a campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro de 2020, sendo atualmente administradas vacinas de dose única (Janssen) e de dose dupla (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca).
Os dados mais recentes recuam até domingo e abrangem a vacinação de pessoas a partir dos 16 anos. Os jovens dos 16 aos 17 anos, nomeadamente com Trissomia 21, têm indicação para vacinação (com a vacina da Pfizer/BioNTech) ao abrigo de uma norma da DGS sobre grupos prioritários que foi atualizada em março de 2021.
De acordo com o relatório, as regiões do Alentejo e do Centro continuam a ser as que estão mais avançadas no processo de vacinação, tendo respetivamente 58% e 56% da população com o ciclo vacinal completo.
Todas as restantes regiões apresentam entre 50% e 53% da população com a vacinação concluída.
Na semana em análise, entre 19 e 25 de julho, as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte foram as que mais vacinaram, respetivamente mais 242.414 e mais 238.345 pessoas.
Portugal recebeu a 12.886.770 doses e distribuiu 12.043.017.
As pessoas mais velhas, que começaram a ser vacinadas mais cedo, são as que percentualmente têm a vacinação mais completa, entre 94% (65-79 anos) e 96% (a partir dos 80 anos).
Na faixa etária dos 50-64 anos, 82% das pessoas concluíram a vacinação.
No grupo dos 25-49 anos, 72% tomaram pelo menos uma dose e 40% estão totalmente imunizados. Nos jovens de 18-24 anos, 15% receberam pelo menos uma dose e 9% têm o esquema vacinal completo.
O relatório contabiliza ainda, entre os jovens dos 16 aos 17 anos abrangidos pela excecionalidade prevista na norma de março da DGS, 3.872 que tomaram uma dose da vacina Pfizer/BioNTech e 2.647 as duas doses exigidas.