Portugal com mais 2583 casos e 203 mortes. Internamentos baixam
Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 2583 novos casos de covid-19, mais 78 do que na segunda-feira, e 203 óbitos, mais sete do que ontem, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (9 de fevereiro).
Neste boletim diário há a destacar mais uma redução no número de doentes internados, 6070, menos 274 do que ontem, também sentida nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), que têm agora 865 doentes, menos 15 do que ontem. Esta é a maior descida desde o dia 23 janeiro, depois de no fim de semana os número de internados ter aumentado significativamente e de os Cuidados Intensivos terem atingido os 900 internados.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região que regista o maior número de novos casos, 1124, seguindo-se o Porto, com 649 e o Centro com 439. O Alentejo e o Algarve registam, respetivamente, mais 119 e 88 casos. Em relação aos óbitos, passa-se o mesmo, a região LVT regista 115, a do Norte apenas 35 e a do Centro 34. No Sul, o Algarve registou apenas uma morte e o Alentejo 16.
O boletim revela ainda que o país está com 127 687 casos ativos, menos 12 777, do que no dia anterior, e 171 554 casos em vigilância, também menos 9351 do que na segunda-feira. Os recuperados desde o início da pandemia são já 628 078, mais 15 157 do que ontem.
A nível dos óbitos, há a destacar um maior número de mortes em mulheres na faixa etária acima dos 80 anos, mas nas faixas etárias a partir dos 40 anos, o maior número de mortes é nos homens. Até agora, e no total, já morreram em Portugal 7578 homens e 6979 mulheres.
De acordo com o boletim diário, o país soma um total de mais 770 502 mil infetados desde o início da pandemia e mais de 14 557 mil óbitos provocadas pelo novo coronavírus. SARS CoV-2.
Ao início da tarde, e na declaração feita após a reunião com os peritos no Infarmed, a ministra da Saúde, admitiu ser óbvio que este confinamento está para durar, avançando com a ideia, já defendida por alguns especialistas, de que só será possível levantá-lo daqui a dois meses - ou seja, após a Páscoa, que este ano se comemora a 4 de abril.
O Governo espanhol prolongou as restrições nas fronteiras terrestres com Portugal, devido à pandemia de covid-19, até 01 de março, de acordo com uma resolução publicada hoje no Boletim Oficial do Estado espanhol.
Segundo o Ministério do Interior espanhol (Administração Interna) apenas podem atravessar as fronteiras autorizadas os residentes em Espanha, trabalhadores transfronteiriços, motoristas de veículos de mercadorias ou perante questões essenciais.
"A severidade das medidas restritivas da mobilidade ainda em vigor em Espanha e Portugal recomenda a manutenção, [...], de controlos na fronteira terrestre interna entre os dois países com as mesmas limitações que foram aplicadas durante os 10 dias iniciais", segundo a publicação correspondente ao Diário da República em Portugal.
A resolução anterior foi prorrogada até 10 de fevereiro e agora o Ministério do Interior espanhol concordou num novo prolongamento até ao primeiro dia de março.
Estas medidas foram tomadas em coordenação com o Governo português, que em 28 de janeiro último decidiu limitar as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e repor o controlo nas fronteiras terrestres.
Lisboa e Madrid estipularam que há oito pontos de passagem permanentes entre os dois países, designadamente em Valença, Vila Verde da Raia, Quintanilha, Vilar Formoso, Marvão, Caia, Vila Verde e Castro Marim, e seis pontos de passagem em horários específicos.
A transmissão para o ser humano a partir de um animal é provável, mas "ainda não foi identificada", disse Liang Wannian, chefe da delegação de cientistas chineses, em conferência de imprensa.
Wuhan, cidade localizada no centro da China, diagnosticou os primeiros casos do novo coronavírus no final de 2019, no que as autoridades de saúde designaram então de "pneumonia por causa desconhecida".
A teoria de que o vírus da covid-19 foi gerado num laboratório na cidade chinesa de Wuhan e saiu para o exterior por um erro é "extremamente improvável", declararam esta terça-feira os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A hipótese de um acidente num laboratório é extremamente improvável para explicar a introdução do vírus no homem", declarou Peter Ben Embarek, um dos especialistas que integrou a equipa que investigou as origens da pandemia na China.
"Na verdade, não faz parte das hipóteses que sugerimos para estudos futuros", acrescentou, citado pela AFP, minimizando uma declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o Instituto de Virologia de Wuhan de ter deixado o vírus escapar, de forma consciente ou não.