2436 casos, sete mortes e mais 23 internados em Portugal

De acordo com o boletim da Direção-Geral da Saúde, há um total de 532 pessoas internadas, dos quais 118 em UCI. Incidência volta a subir para os 194,2 casos por 100 mil habitantes no continente.

Portugal registou nas últimas 24 horas mais 2436 novos casos e mais sete mortes por covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (2 de julho).

Refira-se que desde 14 de abril que não se registavam tantos mortos por covid-19 em Portugal. Nesse dia, foram declarados oito óbitos.

A maioria dos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, num total de 1371 novas infeções, sendo que foram ainda declarados cinco óbitos. A região Norte voltou a superar os 500 casos diários, totalizando 553, além de um morto.

O Algarve contabilizou 213 novas infeções, no Centro houve 178 casos e o Alentejo contabilizou 92 e um morto. Nas regiões autónomas, foram contabilizadas 16 novos casos nos Açores e 13 na Madeira.

H​​​​​á agora 532 pessoas hospitalizadas (mais 23 do que no dia anterior) em Portugal. Deste total, 118 doentes estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais cinco que na quinta-feira).

A matriz de risco volta a mostrar um aumento significativo na incidência, que é agora de 194,2 casos por 100 mil habitantes no continente, quando na anterior atualização era de 176,9. Em todo nacional é agora de 189,4 casos por 100 mil habitantes (era de 172,8).

No que diz respeito ao R(t) é agora de 1,17 no continente (era de 1,15 na anterior atualização), e de 1,16 em todo o território português (era de 1,14).

Lacerda Sales aponta a 80% de primeiras doses e 60% de vacinação completa em setembro

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde justificou esta sexta-feira o isolamento de António Costa, que esteve em contacto com o primeiro-ministro do Luxemburgo, que entretanto testou positivo, apesar de estar já com a vacinação completa há mais de quinze dias."Independentemente da vacinação e da testagem, há sempre uma avaliação do risco de contacto próximo. Primeiro-ministro é um cidadão exemplar e seguiu indicações das autoridades de saúde", afirmou.

Sobre a possibilidade dos profissionais de saúde ficarem novamente impossibilitados de gozar férias no verão, o governante remeteu essa análise para os diretores, mas elogiou a "grande consciência profissional" dos profissionais de saúde.

Acerca da vacinação, António Lacerda Sales disse que "temos condições para termos 70% de primeiras inoculações e 50% do esquema vacinal completo em agosto e 80% de primeiras inoculações e 60% de vacinação completa um mês depois".

O Secretário de Estado não quis ainda fazer um balanço da pandemia. "É precipitado fazer um balanço da pandemia. Os balanços fazem-se no final. Relatório diz que 62% dos portugueses acreditam que foi feita uma boa gestão da pandemia", argumentou.

ECDC sugere duas doses da vacina para pessoas de risco mesmo previamente infetadas

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) recomenda a administração de duas doses de vacina contra a covid-19 a pessoas de risco, mesmo que tenham estado anteriormente infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2.

"Na ausência de provas sobre a eficácia de uma dose de vacina em indivíduos previamente infetados contra o previsto domínio da variante de preocupação Delta, [...] o ECDC aconselha a administração de um curso completo de vacinação a todos os indivíduos com risco acrescido de covid-19 grave, independentemente da infeção anterior", indica o organismo em resposta escrita esta sexta-feira enviada à agência Lusa.

A posição surge numa altura em que países como Portugal, Áustria, Croácia, Estónia, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Eslovénia e Espanha administram apenas uma dose de vacina a pessoas anteriormente infetadas, e em que a variante Delta do SARS-CoV-2, inicialmente detetada na Índia e mais transmissível que qualquer outra, se propaga rapidamente na União Europeia (UE).

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