Portugal com mais 2316 casos e 6 mortes nas últimas 24 horas

Portugal contabiliza agora um total de 956 985 casos e 17 307 óbitos desde o início da pandemia
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Portugal registou mais 2316 casos e seis mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira, 27 de julho.

Há agora 51 255 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, menos 2741 do que na véspera.

O país contabiliza agora um total de 956 985 casos e 17 307 óbitos desde o início da pandemia.

Apesar da diminuição do número de novos casos, os internamentos continuam a aumentar. São agora mais nove do que no dia anterior, totalizando 928. Destes, 200 estão em unidades de cuidados intensivos, mais dois do que na véspera.

O boletim da DGS aponta também que há mais 5051 recuperados da doença, num total de 888 423.

A região Norte foi a que contabilizou mais novos casos (920) nas últimas 24 horas, mas foi a de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) a que registou mais óbitos (quatro). As outras mortes aconteceram no Norte e no Centro.

LVT somou mais 835 casos. Em relação às outras regiões, o Centro contabilizou mais 283 casos, o Algarve mais 147, o Alentejo mais 66, os Açores mais 34 e a Madeira mais 31.

A taxa de incidência mantém-se em 427,5 casos de infeção por covid-19 por 100 mil habitantes a nível nacional e de 439,3 casos no continente.

O R(t) continua em 1,04 tanto a nível nacional como no continente.

Os peritos consultados pelo Governo sugerem a evolução das medidas de restrição de acordo com a taxa de vacinação contra a covid-19 e insistem na importância do controlo de fronteiras e da ventilação dos espaços para evitar recuos no Outono/Inverno.

A ventilação/climatização adequada dos espaços, o uso do certificado digital e a autoavaliação de risco são as três regras a aplicar em qualquer dos quatro níveis definidos de acordo com a taxa de vacinação, sendo que para os valores atuais (cerca de 60%) se aplica o nível 1.

Presente na reunião de peritos que decorre esta terça-feira no Infarmed, Raquel Duarte, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, disse ainda que atualmente, e até ao nível 3, se deve privilegiar o teletrabalho sempre que possível e o desfasamento de horários, a manutenção da distância física e o uso de máscara ambiente fechado e sempre em eventos públicos.

Quando se evoluir para o nível seguinte na taxa de vacinação, a especialista admite que a máscara pode deixar de ser usada em ambientes exteriores se se puder manter a distância física.

Na restauração -- uma área que "implica maior risco pois há a retirada de máscara" --, os peritos propõem o aumento do número de pessoas à volta da mesa em espaço interior (de seis para oito pessoas) e exterior (de 10 para 15) quando se progredir para o nível 2.

Nos grandes eventos em espaço delimitado, além das medidas gerais, sugerem que se mantenham circuitos de circulação de pessoas para garantir a distância. Em grandes eventos no interior sugerem o aumento da lotação ao longo dos diferentes níveis de evolução da taxa de vacinação, começando nos 50%.

Nos convívios familiares, defendem que se deve apostar nas medidas gerais (máscara, distanciamento, etc...) e na autoavaliação de risco.

s vacinas que utilizam o mecanismo mRNA (Pfizer e Moderna) apresentam uma "elevada efetividade" nas pessoas com mais de 65 anos, segundo um estudo esta terça-feira apresentado pela investigadora Ausenda Machado, do Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

"Os resultados sugerem uma elevada efetividade da vacina mRNA na população com 65 ou mais anos, 14 dias após a segunda dose", afirmou a perita do INSA na reunião do Infarmed, em Lisboa, que, dois meses depois, volta a juntar especialistas, membros do Governo, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República para análise da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.

"Não se verificou um decaimento da efetividade ao longo do tempo", continuou Ausenda Machado, que salientou ainda uma diminuição de 85% no número de internamentos na população com idade superior a 80 anos. Por outro lado, não deixou de admitir que face ao atual aumento da incidência "é normal que o número de casos também aumente na população vacinada" contra a doença.

De acordo com o estudo apresentado pela especialista do INSA, a efetividade das vacinas mRNA para as pessoas entre os 65 e os 79 anos com apenas uma dose é de 37% e de 35% em relação à população acima dos 80 anos. Com as duas doses de vacina e o período de 14 dias após a segunda toma, a efetividade sobe para os 78% na faixa etária 65-79 anos e para 68% entre as pessoas com idade superior a 80 anos.

A monitorização das vacinas ao longo do tempo indicou que a efetividade nas pessoas entre os 65 e os 79 anos contra infeção sintomática é de 89% nos 14 a 27 dias após a segunda dose e permanece de forma consistente em torno dos "80% até pelo menos 42 dias".

Já em relação aos maiores de 80 anos, a efetividade nos 14 a 27 dias depois da segunda dose é de 70%, mantendo-se nessa ordem até pelo menos 42 dias após o esquema vacinal completo.

Por fim, Ausenda Machado notou que a ausência de indicadores na população com menos de 65 anos se deveu à pouca expressão da cobertura vacinal à data da realização do estudo, advogando que esta monitorização da efetividade é para continuar no futuro.

Portugal pode vir a receber cerca de um milhão de vacinas contra a covid-19 entre esta e as próximas duas semanas, adiantou esta sexta-feira o coordenador da 'task force' da vacinação, face a um corte de vacinas da AstraZeneca.

"Vamos perder cerca de 470 mil vacinas da AstraZeneca porque já não fazem sentido no nosso plano, mas há um esforço - quer do Infarmed, quer do Ministério da Saúde - para adquirir vacinas em parceiros europeus e esse esforço pode trazer ao nosso plano de vacinação neste momento - na semana que passou e nas próximas duas semanas - cerca de um milhão de vacinas, o que é muito importante para a aceleração do processo de vacinação", revelou Henrique Gouveia e Melo.

Numa intervenção realizada na reunião no Infarmed, em Lisboa, que, dois meses depois, volta a juntar especialistas, membros do Governo, Presidente da Assembleia da República e Presidente da República para análise da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, o vice-almirante responsável pela 'task force' reconheceu também que foram recebidas nos primeiros três trimestres menos 5,4 milhões de vacinas face às previsões iniciais.

Já em relação ao último trimestre de 2021, Gouveia e Melo disse que a expectativa inicial apontava para a receção de 8,5 milhões de vacinas, mas, afinal, deverão chegar somente 5,2 milhões de vacinas ao país.

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