Droga apreendida na Operação Vikings
Droga apreendida na Operação VikingsPJ

PJ e Marinha intercetam veleiro com mais de 1,5 toneladas de droga ao largo dos Açores

Na operação Vikings, a PJ deteve três pessoas. Em Espanha, numa outra operação, a Polícia Nacional deteve aquele que se julga ser o líder desta organiação criminosa.
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A Polícia Judiciária, com o apoio da Marinha Portuguesa, intercetou ao largo do grupo ocidental do Arquipélago dos Açores um veleiro que fazia a travessia do oceano atlântico entre a América do Sul e a Europa e que transportava cerca de 1.660 Kg de cocaína.

De acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira, 20 de junho, esta operação de combate ao tráfico internacional de estupefacientes, por via marítima, é o resultado de uma "complexa investigação" que decorreu nos últimos dois anos e que tinha por objetivo desmantelar uma organização criminosa de cariz internacional e com atuação transcontinental. Esta organização, segundo a PJ, usava Portugal como plataforma para introduzir grandes quantidades de cocaína na Europa.

Nesta operação, denominada "Vikings", foram detidas três pessoas, com idades compreendidas entre os 43 e os 51, de nacionalidade estrangeira, que seguiam no veleiro com cerca de 11 metros. Os três vão ser hoje presentes à autoridade judiciária competente no Tribunal de Ponta Delgada, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

No âmbito de uma investigação aberta em Espanha, visando a mesma organização criminosa, a Polícia Nacional espanhola, através da Secção Greco Costa Del Sol - Unidade de Droga e Crime Organizado (UDYCO), em concertação com a PJ, desencadeou simultaneamente a operação “Aproa”, na qual foi detido um homem, que se supõe ser o líder da organização. Foram ainda apreendidos 63 mil euros em dinheiro, um dispositivo de GPS, uma pistola taser, inúmeros equipamentos informáticos e de comunicações, alguns encriptados, assim como um montante não especificado de moeda estrangeira.

Os três tripulantes do veleiro e o produto estupefaciente foram levados para o navio da Marinha, que empenhou um vasto conjunto de meios da Componente Naval do Sistema de Forças, designadamente das capacidades de comando e controlo, de patrulha e fiscalização, e de projeção de força, envolvendo mais de 50 militares.

Face à complexidade da operação, a investigação contou também com a colaboração da Força Aérea Portuguesa, do Centro de Análise e Operações Marítimas-Narcóticos (MAOC-N), da Polícia Marítima de Ponta Delgada e da Capitania do Porto de Ponta Delgada, além da Polícia Nacional de Espanha, da Agência DEA (Drug Enforcement Administration, dos EUA), da Unidade Nacional de Crimes Especiais da Dinamarca (NSK Danish Police) e das autoridades francesas e irlandesas.

A investigação é do DIC de Portimão da PJ e o inquérito é titulado pelo MP junto do DIAP Regional de Évora.

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