OMS consulta cientistas sobre possibilidade de vacina universal contra todas variantes

A cientista-chefe da OMS diz que o mundo tem de estar preparado para "a possibilidade de o vírus mudar de tal forma que ponha à prova a imunidade existente".
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a consultar cientistas sobre a possibilidade de ser desenvolvida uma vacina universal para a covid-19 que proteja contra as diferentes variantes e subvariantes do coronavírus SARS-CoV-2.

Segundo a especialista da OMS Ana María Henao-Restrepo, a organização encetou um plano de colaboração com cientistas de todo o mundo para avaliar o possível desenvolvimento desta vacina.

Ana María Henao-Restrepo falava na habitual videoconferência de imprensa da OMS sobre a evolução da pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

A variante Ómicron do SARS-CoV-2, mais transmissível, domina no mundo, tendo dela surgido cinco subvariantes e uma recombinação de duas destas.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, avisou que o mundo tem de estar preparado para "a possibilidade de o vírus mudar de tal forma que ponha à prova a imunidade existente".

O Comité de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta quarta-feira que "não é o momento para baixar a guarda" em relação à pandemia da covid-19.

"A situação está longe de terminar no que diz respeito à pandemia da covid-19", afirmou o presidente do comité, Didier Houssin, numa conferência de imprensa da OMS, na sede da organização, em Genebra, na Suíça.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o mesmo comité, formado por peritos, decidiu manter o nível de alerta porque o vírus que causa a covid-19 continua a propagar-se de forma intensa e a sua evolução é imprevisível.

Desde 30 de janeiro de 2020 que a covid-19 é uma emergência de saúde pública internacional, o nível de alerta mais elevado da OMS.

Tedros Adhanom Ghebreyesus frisou que devem continuar os esforços para que vacinas, tratamentos e outras ferramentas desenvolvidas para combater a pandemia sejam distribuídas de forma equitativa entre os países.

O presidente do Comité de Emergência, Didier Houssin, instou os Estados-membros da OMS a "reverem as suas políticas nacionais, a avaliarem as suas ações e a se prepararem para novos esforços".

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