Movimento Juntos Pelo Cercal contra o projeto para construção da Central Fotovoltaica
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu luz verde ao processo para construção da central fotovoltaica do Cercal, desde que as construções fiquem longe de qualquer habitação -- no mínimo de 250 metros em algumas zonas, 500 metros noutras. Foi também anunciado que não será cortada uma única árvore típica da região e que terão de ser plantadas seis mil árvores. O investimento total será de 164 milhões de euros.
Mas o Movimento Juntos Pelo Cercal considera que ainda há problemas com este projeto e que o comunicado divulgado esta quinta-feira contendo esta descrição não é mais do que "atirar areia para os olhos".
Este movimento é uma organização cívica e espontânea de cidadãos residentes, empreendedores ou de alguma forma ligados à freguesia do Cercal, que se opõem ao projeto de construção da central fotovoltaica da Cercal Power na freguesia do Cercal do Alentejo.
"Como se os problemas que este projeto comporta se resumissem ao afastamento das casas e ao abate de árvores. Infelizmente os problemas que este projeto comporta são muito maiores e vão muito para além dos apontados", pode ler-se em comunicado do Movimento Juntos Pelo Cercal enviado às redações.
O texto indica ainda os problemas que ficaram por resolver como a biodiversidade afetada, a alteração do solo e danificação da cobertura vegetal.
Para o Movimento Juntos Pelo Cercal, o projeto não tem em conta nenhum destes aspetos, nem oferece soluções para os inúmeros prejuízos.
O Movimento Juntos Pelo Cercal acredita que o projeto da Aquila Clean Energy vai prejudicar fortemente a comunidade do Cercal.