Incidência sobe e R(t) mantém-se em dia com 930 casos de covid-19

Dados da DGS mostram que há agora 284 internados, dos quais 60 estão em unidades de cuidados intensivos.
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Foram registados, em 24 horas, 930 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório​​​ desta sexta-feira (22 de outubro) indica também que morreram mais oito pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.

Os dados mostram que há agora 284 internados (menos quatro face ao reportado na quinta-feira), dos quais 60 (mais dois) estão em unidades de cuidados intensivos.

No que se refere aos valores da matriz de risco, o índice de transmissibilidade, R(t), mantém-se nos 1,02, tanto a nível nacional como no continente.

Já a taxa de incidência a 14 dias regista uma subida. Passa de 84,4 para 86,1 casos de covid-19 por 100 mil habitantes em todo o território nacional. No continente, a incidência passa de 84,8 para 86,5 infeções por 100 mil habitantes.

As oito mortes reportadas no boletim de hoje ocorreram nas regiões Norte (duas), Centro (duas), Alentejo (duas), Lisboa e Vale do Tejo (uma) e Algarve (uma).

Em relação à idade das vítimas, quatro tinham mais de 80 anos e outras quatro tinham entre os 70 e os 79 anos.

Na distribuição geográfica dos novos casos de infeção, Lisboa e Vale do Tejo apresenta-se como a região com o maior número diário de infeções (377), seguida do Norte (223).

Verificaram-se mais 186 diagnósticos da doença no Centro, 53 no Alentejo, 52 no Algarve, 22 na Madeira e 17 nos Açores.

DGS indica que há mais 678 pessoas que recuperaram da doença, elevando para 1 034 721 o número total de recuperados. Desta forma, os casos ativos de covid-19 em Portugal sobem para 30 805 (mais 244 face ao dia anterior).

Com estes dados, o país já confirmou, no total, 1 083 651 diagnósticos da infeção pelo novo coronavírus e 18 125 óbitos.

Há ainda a registar mais 354 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 20 931.

A atualização da evolução da pandemia acontece numa altura em que há uma nova variante que está a preocupar as autoridades - a AY.4.2, que deriva da Delta.

A Organização Mundial da Saúde já classificou esta variante como sendo de "interesse". E já há países a adotar novas restrições e outros a avaliar se avançam com elas ou não, para conter a transmissibilidade.

Em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) já analisou quase dez mil sequências da variante Delta, desde que esta entrou no nosso país no início do ano. E detetou que, até este momento, já se dividiu em 32 subvariantes.

Até agora, nenhuma tinha sido classificada de "interesse", mas, em setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os países para uma nova subvariante que já se estava a desenvolver com evidência epidemiológica no Reino Unido, na Rússia e em muitos outros países, pedindo que fosse feita a monitorização do seu desenvolvimento e que se atuasse em consonância.

O investigador em biologia molecular e responsável da Unidade de Investigação e Desenvolvimento do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA, João Paulo Gomes, referiu que até agora foram registados apenas uma dezena de casos da subvariante AY.4.2 , na sua maioria associados ao Reino Unido, o que é explicável devido ao turismo e à mobilização profissional e até de migrantes de e para aquele território.

Ainda no que se refere à evolução da pandemia, mas a nível global, a covid-19 já matou pelo menos 4,92 milhões de pessoas em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, em dezembro de 2019.

O balanço diário da agência AFP refere ainda que mais de 242 393 310 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Os EUA continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 733 218 mortes e 45 301 092 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins.

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