214 óbitos em Portugal. O número mais baixo dos últimos 18 dias

O boletim da DGS regista 6132 novos casos nas últimas 24 horas. Entre as pessoas que morreram está uma criança de sete meses.
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Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 6132 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (6 de fevereiro).

De acordo com os dados de hoje, foram registados mais 214 óbitos, sendo que um deles é uma criança (um rapaz) de sete meses que, de acordo com a DGS, faleceu num hospital da região de Lisboa e Vale do Tejo e tinha múltiplas complicações congénitas.

Este é, aliás, o segundo caso de morte no escalão etário dos 0 aos 9 anos, sendo que a anterior tinha sido uma menina de quarto meses, que faleceu em agosto.

Ainda assim, este é o dia com menos óbitos registados em Portugal desde 19 de janeiro, quando foram declaradas 167 mortes.

No total, desde o início da pandemia (em março), Portugal registou 761 906 diagnósticos de covid-19 e 13 954 óbitos, diz o relatório da DGS.

O relatório da DGS revela também que há menos 8 399 casos ativos, num universo de 148 369. Os recuperados nas últimas 24 horas são mais 14 317.

Os internamentos cifram-se agora em 6158, o que representa menos 254 pessoas hospitalizadas. Destes doentes há 91 em cuidados intensivos, menos 13 do que a sexta-feira.

Na quinta-feira houve menos pessoas em cuidados intensivos, mas esta sexta-feira o número voltou a subir com mais 41 pessoas em estado crítico, entre 904 na mesma situação - número máximo até ao momento.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a mais penalizada pela covid-19, com 5 590 novos caos de infeção e mais 99 mortos. A região norte é a segunda mais atingida pela doença, mas ainda assim com muito menos óbitos, aqui registaram-se 4 778 novos casos e mais 44 mortos. No centro, registaram-se nas últimas 24 horas 2 481 novos casos e 48 mortos.

As mulheres continuam a ter um maior número de infetados (417 488) do que os homens (344 171), mas são os homens que morrem mais pela covid-19 ( 7 255 contra 6 699)

Entretanto, a Comissão Europeia já deu 'luz verde' a 17 mil milhões de euros em ajudas estatais de Portugal às empresas em dificuldade, nomeadamente do turismo, exigindo que o país salvaguarde os direitos dos passageiros e dos consumidores.

"Para Portugal, até ao momento, foram aprovados 17 mil milhões de euros [em ajudas estatais] e sei que o turismo é muito importante em toda a economia de Portugal. São milhões de euros que vão para as empresas e para a preservação dos postos de trabalho, também nos Açores e Madeira", afirmou em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o comissário europeu da Justiça.

Didier Reynders explicou que, devido à crise gerada pela pandemia de covid-19, o executivo comunitário está a "trabalhar em duas vertentes", tanto aprovando "mais liquidez para os diferentes setores mais afetados pela crise", como o turismo, mas também garantindo "a salvaguarda dos direitos dos consumidores" ao nível da União Europeia (UE).

"Estamos a tentar trabalhar para uma correta aplicação da diretiva relativa às viagens organizadas e à regulação dos direitos dos passageiros [...]. É importante haver uma correta aplicação dos direitos dos passageiros e é preciso assegurar que os consumidores sejam reembolsados", insistiu o comissário europeu, numa alusão aos efeitos da crise no setor turístico e das viagens, dos mais impactados pelas restrições e pela falta de confiança criada pela doença.

Esta sexta-feira foram revelados dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a mortalidade, sendo notório o impacto da crise sanitária. Os números indicam que ​a ​​​​​terceira semana de janeiro deste ano foi a que registou mais mortes em Portugal desde o início da pandemia. Neste período o INE contabilizou 898 óbitos nesse período.

Mais de 75% das mortes em Portugal entre 11 e 24 de janeiro foram de pessoas com mais de 75 anos, indica o INE no boletim sobre mortalidade, em que se refere que 24,3% das 4530 mortes da segunda semana e 34,6% das 4898 verificadas na terceira semana de janeiro (18 a 24) foram atribuídas à covid-19.

O maior excesso de mortalidade verificou-se entre pessoas com 90 anos ou mais, com um aumento de 87,9% em relação à média para o mesmo período calculada com base nos últimos cinco anos.

Na terceira semana houve um excesso de mortalidade (face à média para o mesmo período dos últimos cinco anos) de 70,9%, enquanto na segunda semana esse excesso foi de 60,9%. Desse acréscimo do número de mortes em relação à média, 64,4 % na segunda semana e 83,3% na terceira semana foram atribuídas à covid-19.

Já a nível mundial, a atualização da pandemia aponta para que tenham ocorrido 16 136 mortes nas últimas 24 horas, enquanto o número de novos casos de infeção se situou nos 511 406.

Os dados do balanço diário da agência AFP representam um aumento face aos valores relativos a quarta-feira (e divulgados na quinta-feira pela agência noticiosa francesa), dia em que foram recenseados 15 331 mortos e 501 061 casos de covid-19 em todo o mundo.

No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, a doença covid-19 já provocou pelo menos 2 285 334 mortes entre os mais de 104 848 470 casos de infeção oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

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