Desde 7 de janeiro que não havia tão poucos doentes em UCI
Os dados da pandemia em Portugal da Direção-Geral de Saúde (DGS) indicam que, nas últimas 24 horas, foram registados 1027 novos casos de covid-19 e 58 mortes.
Os novos casos têm vindo a descer gradualmente, com a ressalva de que costumam ser mais baixos à segunda e terça-feira devido ao fim de semana. Já em relação aos óbitos, nas últimas 24 horas faleceram mais pessoas da doença que nos dois períodos anteriores.
Esta sexta-feira, estavam menos 204 pessoas internadas e menos 14 em UCI O número infetados em UCI é o mais baixo desde 7 de janeiro (514 nesse dia). O de internados não era tão reduzido há quase quatro meses, desde 5 de novembro (2362 hospitalizados).`
Os hospitais portugueses têm agora 2404 internados com a doença. Já nos cuidados intensivos estão 522 doentes infetados com o SARS-CoV-2.
Esta sexta-feira, há mais 58 mortes, quando na quinta foram 49 e, na quarta-feira, 50. E, apenas, menos cinco óbitos do que na terça-feira (63).
É a última sexta-feira de fevereiro e termina com o número mais baixo deste dia nos últimos cinco meses. A 2 de outubro foram reportados 888 novos casos. A pior sexta-feira desde o início da pandemia foi a 22 de janeiro, com 13987 casos.
Os novos casos foram sempre diminuindo de sexta para sexta durante o mês de fevereiro: 6916 no dia 5, 2854 a 12 e 1940 a 19.
Portugal totaliza desde o início da pandemia 802 mil 773 casos da doença confirmados e 16 243 mortes. O índice de letalidade (a proporção de óbitos em relação ao número de infetados) é de 2 %.
A atualização da situação pandémica em Portugal surge no dia em que o primeiro-ministro, António Costa, disse esperar que até ao verão, os cidadãos da União Europeia, possam ter um certificado sanitário. Uma expectativa que expressou após a reunião do Conselho Europeu.
Portugal esta a trabalhar "em conjunto com a Comissão Europeia" no "certificado verde" e Costa espera "que até ao verão esse documento exista". Um certificado sanitário "que agilize e dispense a realização de quarentena".
Trata-se de um documento que atesta, de forma não identificada, que uma pessoa ou já esteve contaminada ou já está vacinada ou fez um teste que confirma que não está contaminada, explicou anteriormente o primeiro-ministro.
Facilitará muito a liberdade de circulação e a retoma do turismo, diz Costa, que não gosta do termo "passaporte sanitário"
A necessidade de acelerar a vacinação foi outro dos temas que esteve em destaque na reunião dos líderes europeus. Nesse sentido, António Costa afirmou depois aos jornalistas que a "AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal] tem vindo a trabalhar, designadamente com o município de Paredes de Coura, para que possa ser rapidamente instalada em Portugal uma unidade fabril que terá também capacidade de produção de vacinas".
O primeiro-ministro afirmou ainda que está feito "um mapeamento" da capacidade da nossa indústria farmacêutica, e "comunicado às autoridades europeias, para poderem colaborar nas diferentes fases de produção de uma vacina".