3547 novos casos e sete mortes em Portugal em 24 horas
O relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que Portugal registou, nas últimas 24 horas, 3547 novos casos de covid-19. O boletim epidemiológico desta sexta-feira (16 de julho) refere também que morreram mais sete pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.
Os dados da autoridade de saúde indicam que há agora 778 pessoas internadas (mais quatro doentes face ao reportado na quinta-feira), das quais 171 (menos três) estão em unidades de cuidados intensivos.
A taxa de incidência a 14 dias continua a subir, de acordo com a atualização da DGS, passando de 336,3 para 355,5 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes a nível nacional.
Se não tivermos em conta as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, a incidência também regista um aumento no continente, passa de 346,5 para 366,7 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.
Mas em sentido inverso está o índice de transmissibilidade, designado por R(t), que volta a descer. Está agora em 1,12 a nível nacional e 1,13 no continente.
A transmissibilidade e a incidência são os valores da matriz de risco definida pelo Governo, na qual Portugal mantém-se na zona vermelha.
Lisboa e Vale do Tejo (41,1% do total nacional) e o Norte (36,7%) continuam a ser as regiões do país onde se concentra o maior número de novos casos.
Verificam-se na região da capital mais 1460 diagnósticos de covid-19 e no Norte são 1305 novos casos.
Há mais 304 infeções no Centro, 302 no Algarve, 105 no Alentejo, 50 nos Açores e 21 na Madeira.
Das sete mortes registadas em 24 horas, três ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, dois na região Norte e dois no Algarve.
De ontem para hoje, registaram-se mais 2571 casos de pessoas que recuperaram da doença, elevando para 857 108 o número total.
Relatório diário da DGS refere que Portugal soma agora 923 747 casos de covid-19 e 17 194 óbitos registados desde o início da pandemia.
Com o número diário de recuperados inferior ao das novas infeções, Portugal contabiliza, atualmente, 49 445 casos ativos da doença (mais 969).
Dados mostram ainda que há mais 944 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, totalizando agora 79 625.
Antes de a DGS atualizar a situação pandémica, a task force do plano de vacinação contra a covid-19 anunciou que a modalidade 'casa aberta' para quem tem idade igual ou superior a 40 anos é retomada esta tarde (a partir das 15:00).
A decisão surge após o levantamento da suspensão temporária de um lote de vacinas da Janssen pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), adianta a task force em comunicado.
A partir de segunda-feira, a modalidade "Casa Aberta" estará condicionada apenas à utilização da vacina da Janssen, refere ainda a nota da estrutura que coordena o processo de vacinação, liderado pelo vice-almirante Gouveia e Melo.
A Task Force recorda que para ser vacinado nesta modalidade, os utentes se devem dirigir ao Centro de Vacinação Covid correspondente ao Centro de Saúde onde estão inscritos, nos horários específicos para esta modalidade do respetivo Centro de Vacinação.
Os horários de funcionamento da "Casa Aberta" nos Centros de Vacinação COVID podem ser consultados em: https://covid19.min-saude.pt/casa_aberta".
A perceção dos portugueses em relação à imunização contra a covid-19 melhorou nos últimos meses. O andamento do plano de vacinação passou dos 34% de aprovação, que tinha em fevereiro, para 78% em julho.
Numa altura em que 60% da população tem pelo menos uma dose de vacina, a confiança na eficácia das inoculações também subiu de 61% em novembro de 2020 para 71% este mês, de acordo com os dados mais recentes. Quanto ao regresso à normalidade, os portugueses estão mais pessimistas: descem os que consideram que vai ser preciso um ano, aumentam os que estimam em dois ou mais anos a recuperação do país.
Os dados mais recentes, recolhidos neste mês de julho pela sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF, mostram que mais de três quartos dos inquiridos dão nota positiva ao processo de vacinação. Quase um terço (31%) respondeu que o plano está a "correr muito bem" e 47% disse que está a correr "bem"
Ainda no que se refere à vacinação contra a infeção por SARS-CoV-2, também esta sexta-feira, ficou a saber-se que a Hungria autoriza terceira dose da vacina e inoculação será obrigatória para profissionais de saúde, indicou o Governo liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán.
"Será possível pedir a terceira dose, mas recomendamos que passem quatro meses após a administração da segunda", afirmou Orbán, em declarações à rádio pública Kossuth.
Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou desnecessária uma terceira dose de reforço da vacina contra a covid-19, uma possibilidade já admitida por alguns países, tendo ainda criticado o que classificou de "ganância" em relação ao processo de vacinação.