Pandemia. Há duas semanas que não havia tantos novos casos

Mais 618 novos casos e três mortes por covid-19 nas últimas 24 h, , indicam os dados atualizados da pandemia em Portugal, divulgados pela DGS. O índice de transmissibilidade subiu ligeiramente no continente dos 0,93 de ontem, para 0,94 - igual ao índice nacional
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Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, mais 618 casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Registaram-se também mais 3 mortes no mesmo período.

Há duas semanas que não havia tantos novos casos. Este número só foi ultrapassado a 17 de março, quando foram confirmados mais 673 pessoas infetadads.

O relatório diário desta quarta-feira (31 de março) mostra que há 558 pessoas internadas (menos 26 que ontem), das quais 127 estão em unidades de cuidados intensivos (menos duas).

Os novos casos quase duplicaram em relação aos que foram validados terça-feira (383) e houve mais uma morte - duas na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma na região norte.

A maior parte dos novos casos são também em zona de Lisboa (+271) e do Norte (+270), estando as restantes regiões do país com números bastante mais baixos: o Centro registou mais 74 infetados com o novo coronavírus, o Alentejo mais nove e o Algarve mais 35.

Atualmente, o país regista 26 664 casos ativos da doença provocada pela infeção do novo coronavírus, menos 92 que no dia anterior.

Segundo ainda o boletim da DGS, estão neste momento sob vigilância das autoridades de saúde 15 800 pessoas, menos 53 que ontem.

Desde o início da pandemia, 821 722 viram confirmada a infeção por covid-19 e morreram 16 848 pessoas.

O índice de transmissibilidade subiu ligeiramente no continente dos 0,93 de ontem, para 0,94 nas últimas 24h - igual ao índice nacional

Dados atualizados da pandemia em Portugal numa altura em que foi revelado que a vacinação contra a covid-19 dos principais grupos prioritários vai estar concluída até 11 de abril. Quem o diz é o coordenador do plano de vacinação, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, que esta quarta-feira foi ouvido na comissão parlamentar de Saúde.

"Previmos fechar (completar a vacinação) a 100% as ERPI [estabelecimentos residenciais para idosos], os mais de 80 anos e [o grupo] dos 50 até aos 80 anos com comorbilidades tipo 1 até dia 11 de abril. Naturalmente, poderão ficar pequenas bolsas que não conseguimos contactar, mas a grande maioria desta comunidade, que tem a ver com salvar vidas, estará fechada até 11 de abril", afirmou.

O responsável pelo plano de vacinação adiantou que os centros de vacinação rápida vão começar a operar no início de maio. Gouveia e Melo disse ainda que vão ser necessários 2500 enfermeiros, 400 médicos e 2300 assistentes para os 150 centros de vacinação rápida contra a covid-19.

Além das vacinas, os testes de despiste à covid-19 também fazem parte da estratégia no combate à pandemia. Em Lisboa, começou esta quarta-feira um programa de testagem em massa gratuito com testes rápidos nas 10 freguesias de Lisboa com maior incidência de covid-19. O programa tem, para já, uma adesão de 68 farmácias.

Mas ainda sobre as vacinas, as farmacêuticas Pfizer e BioNTech informaram hoje que a fórmula que desenvolveram contra a covid-19 mostrou uma eficácia de 100% em crianças entre os 12 e os 15 anos. Esta é a conclusão de um estudo clínico realizado nos Estados Unidos.

Em comunicado, as duas empresas indicam que os testes de fase 3 com 2260 adolescentes dos EUA "mostraram uma eficácia de 100% e uma resposta robusta de anticorpos".

A Pfizer quer agora apresentar os novos dados ao regulador norte-americano, a FDA (Food and Drug Administration) e a outras entidades reguladoras do medicamento "em todo o mundo" para expandir a atualização do uso de emergência da vacina. O CEO da Pfizer, Albert Bourla manifesta "a esperança de começar a vacinar esta faixa etária antes do início do próximo ano letivo".

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