28 mortes em 24 horas. O número mais baixo desde 28 de outubro

Há mais 830 casos em Portugal. Direção-Geral da Saúde indica que há agora 1708 doentes com covid-19 internados, menos 119 do que na quarta-feira. O número de doentes nos cuidados intensivos cai abaixo dos 400.
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Os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 830 casos de covid-19 e 28 mortes. É o número mais baixo de mortes desde 28 de outubro, quando foram contabilizados 24 óbitos por covid-19.

O boletim epidemiológico desta quinta-feira (4 de março) confirma a tendência de diminuição no número de internamentos. Há agora 1708 doentes hospitalizados (menos 119 do que na véspera), dos quais 399 (menos 16) em unidades de cuidados intensivos.

Desde o início da pandemia, já foram contabilizados 807 456 casos de covid-19 e 16 458 mortes.

No boletim desta quinta-feira há mais 1654 recuperados (são já 727 053) e menos 852 casos ativos (num total de 63 945). Há menos 2450 contactos em vigilância, ainda sendo seguidas 31 041 pessoas.

É na região de Lisboa e Vale do Tejo que os números continuam a ser mais elevados. Foram mais 376 casos em 24 horas e 11 mortes. Na região Norte houve mais 207 casos e seis mortos, os mesmos óbitos que na região Centro, onde há mais 111 casos. No Alentejo houve mais cinco casos e cinco mortes e no Algarve mais 22 casos.

No Arquipélago da Madeira, há três dias que o número de novos casos é superior a cem. Esta quinta-feira foram contabilizados mais 106 casos (nos dois últimos dias tinham sido mais 140). Já nos Açores, há mais três casos.

Dos 28 óbitos registados nas últimas 24 horas, 11 eram de doentes com mais de 80 anos, nove de doentes na faixa etária dos 70 aos 79, cinco na dos 60 aos 69 anos, dois na dos 50 aos 59 anos e um na dos 40 aos 49.

Numa altura em que vários indicadores da situação pandémica registam uma evolução positiva, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, refere que "uma nova escalada do vírus está em cima da mesa, mesmo com a vacina".

"O vírus sofre mutações. Não estamos livres disso, apesar da vacina. E não sabemos quanto tempo vai durar a imunidade, se vai proteger contra novas variantes ou como vai funcionar a imunidade natural", afirmou em entrevista à RTP3 na noite de quarta-feira.

Sobre o desconfinamento e a reabertura das escolas, Graça Freitas refere que "a cautela aconselharia a que fosse uma abertura faseada, começando pelos graus de ensino com alunos mais novos".

Já a nível europeu assiste-se a um novo aumento de contágios pelo SARS-CoV-2. Este foi, aliás, o alerta deixado esta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Terminou "um promissor declínio ao longo de seis semanas", sobretudo por causa do aumento de casos na Europa central e de Leste, que fizeram com que na última semana houvesse mais de um milhão de novas infeções na região, informou o diretor para a região europeia da OMS, Hans Kluge.

"Precisamos de voltar ao básico e suprimir o vírus em todo o lado", defendeu, salientando que é necessária "vigilância aumentada" para as novas variantes: a que foi detetada no Reino Unido circula em 43 dos 53 países da região, a que foi detetada na África do Sul em 26 e a que foi primeiro descoberta no Brasil em 15.

Isso está a significar "sobrecarga contínua nos hospitais e profissionais de saúde", referiu, defendendo que "um ano depois do começo da pandemia, os hospitais não deviam já estar nesta situação".

Declarações que surgem no dia em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou que iniciou uma "análise contínua" da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, para determinar a sua conformidade com os requisitos da UE em matéria de eficácia, segurança e qualidade.

O regulador europeu decidiu iniciar este exame em tempo real "com base nos resultados de estudos laboratoriais e estudos clínicos em adultos" já realizados, que "indicam que a Sputnik V desencadeia a produção de anticorpos e células imunitárias que visam o coronavírus SARS-CoV-2 e que podem ajudar a proteger contra a covid-19".

No plano global, a pandemia é responsável por 2 560 789 mortes, de acordo com um balanço feita esta quinta-feira pela agência de notícias AFP.

Desde a deteção dos primeiros casos de covid-19 na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro de 2019, foram confirmados 115 130 940 casos de infeção.

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