Mais de 1000 mortes em cinco dias. Na 1.ª vaga demorou um mês e meio

Novo máximo de óbitos - 234 - e 13 987 novos casos. Na região de Lisboa e Vale do Tejo morreram 111 pessoas em 24 horas. Há agora 715 internados em cuidados intensivos.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 234 mortes e 13 987 novos casos de covid-19, segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (22 de janeiro). O número de óbitos é um novo máximo, acima dos 221 de quinta-feira. Só na região de Lisboa e Vale do Tejo morreram 111 pessoas em 24 horas.

Há mais 443 casos de contágio que no dia anterior.

Nos hospitais portugueses também se verifica um crescimento nos internamentos. Há agora 5779 doentes com covid-19 hospitalizados (mais 149 que no dia anterior), dos quais 715 em unidades de cuidados intensivos (um acréscimo de 13 doentes).

Há agora 157 660 casos ativos de covid-19 em Portugal. Nas últimas 24 horas recuperaram da doença 7319 pessoas.

Em números globais, o país contabiliza agora 9920 mortos por covid-19 e um total de 609 136 infetados.

Em termos geográficos, a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a destacar-se pela negativa. Nas últimas 24 horas passou pela primeira vez a barreira dos 100 mortos - foram 111, mais 26 mortes que no dia anterior. O número de novos contágios também subiu: 5983, mais 582 casos.

No norte há mais 4270 infetados e 46 mortes a registar. Na região centro foram contabilizados 2670 novos casos e 48 óbitos. Os Açores voltaram a ser a única região onde não ocorreu nenhuma morte por covid-19.

Em termos de faixas etárias morreu uma pessoa na casa dos 40 anos, e há também uma morte no grupo etário entre os 50 e os 59 anos. Na casa dos 60 anos morreram 16 pessoas e houve 53 óbitos entre os 70 e os 79 anos.

Os números são esmagadores acima dos 80 anos - são 163 mortos em 24 horas.

Com os números desta sexta-feira, Portugal conta mais de 1000 mortes (1059) por covid-19 só nos últimos cinco dias. Um aumento vertiginoso quando comparado com o início da pandemia, em março do ano passado. O país registou o primeiro óbito a 16 de março de 2020 e só a 7 de maio passou a barreira do milhar (1007). O que então demorou cerca de um mês e meio ocorreu agora em menos de uma semana.

Dados divulgados no dia em que se ficou a saber que políticos e bombeiros podem integrar grupo dos prioritários a vacinar.

"Está a ser trabalhada uma proposta "para que possam ser incluídos entre os prioritários os titulares de altos cargos de decisão", considerando que "é essencial estarem protegidos", afirmou Francisco Ramos, coordenador da task-force para o plano de vacinação contra a covid-19, numa entrevista ao Expresso.

Aliás, sobre a campanha de vacinação contra a covid-19, o primeiro-ministro, António Costa, espera que, "se não houver um percalço no processo de distribuição das vacinas, Portugal chegará ao final do verão com condições para ter 70% da população devidamente imunizada".

Também esta sexta-feira, foram dados a conhecer os mais recentes números da mortalidade do país.

O número de mortes em Portugal durante 2020 foi 10,6 % maior em relação à média dos anteriores cinco anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que registou 123 409 óbitos, mais 12 220 do que entre 2015 e 2019.

No dia 31 de dezembro, registavam-se 6906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.

De acordo com dados preliminares do INE, durante os primeiros dois meses do ano passado a mortalidade foi inferior ao período de referência dos cinco anos anteriores, mas depois de terem sido diagnosticados os primeiros casos de contágio pelo novo coronavírus, todos os meses aumentou a mortalidade em excesso.

Desde março até ao fim de 2020, houve 101 669 mortes em Portugal, mais 13 495 em relação à média do mesmo período medido entre 2015 e 2019.

Um quinto das mortes na primeira semana de 2021 foram atribuídas à covid-19, indica o INE, que registou 3634 mortes no total, mais 830 do que a média do mesmo período entre 2015 e 2019.

Um quinto das mortes na primeira semana de 2021 foram atribuídas à covid-19, indica o INE, que registou 3.634 mortes no total, mais 830 do que a média do mesmo período entre 2015 e 2019.

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