Mais 196 novas infeções e nenhuma morte nas últimas 24 horas. R(t) sobe e incidência desce

Estão internados 365 doentes com covid-19, segundo os dados atualizados da DGS. O R(t) subiu ligeiramente para 0,99 a nível nacional e 1,00 no continente. Incidência continua a descer.
Publicado a
Atualizado a

Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 196 casos de covid-19, não tendo ocorrido mortes durante este período de tempo, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), o que já não acontecia desde o dia 2 de agosto.

O boletim desta segunda-feira (26 de abril) mostra que o número de internados subiu para 365 doentes infetados com SARS-CoV-2 internados, mas 17 pessoas face ao dia anterior. Nas unidades de cuidados intensivos há agora 91 doentes (menos sete).

Na atualização do índice de transmissibilidade, a DGS indica que o chamado R(t) subiu ligeiramente, passou de 0,98 para 0,99 a nível nacional e de 0,99 para 1,00 se tivermos só em conta o território continental.

Já a incidência do vírus SARS-CoV-2 a 14 dias regista uma descida. A nível nacional está nas 70,4 infeções por cada 100 mil habitantes (na última atualização estava nos 72,1 casos) e no Continente em 67,3 casos por 100 mil habitantes (na sexta-feira, este indicador situava-se nos 67,3 infetados).

Estes são os dois indicadores da matriz de risco, que serve de base às decisões do Governo referentes às diferentes fases do plano de desconfinamento, que começou a 15 de março.

De referir que amanhã os especialistas voltam a reunir-se no Infarmed, em Lisboa, com o Presidente da República, Governo e representantes dos partidos para dar conta da atual situação epidemiológica do país.

O boletim diário indica ainda que o número de casos ativos da doença voltou a descer. São agora 24 662, menos 130 em relação a domingo.

No total, desde o início da pandemia, Portugal confirmou 834 638 diagnósticos de covid-19, 16 965 óbitos e 793 011 casos de pessoas que recuperaram da doença, 326 nas últimas 24 horas.

Os dados da DGS mostram também que a região do Norte continua a ser aquela que regista o maior número de novas infeções, com 84 notificações, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, com 40 novos casos.

Verificaram-se mais 10 diagnósticos de covid-19 no Centro, quatro no Alentejo, 15 no Algarve, 19 na Madeira e 24 nos Açores.

A DGS indica que há mais 498 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 24 811.

Também esta segunda-feira foram divulgados os dados preliminares da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (ISN COVID-19). Os resultados indicam que a "prevalência de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 na população residente em Portugal, com idades entre 1 e 80 anos, foi de 15,5 %, sendo 13,5% conferida por infeção".

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) refere, em comunicado, que "as regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência", segundo os dados do ISN COVID-19, que envolveu uma amostra de 8463 pessoas, recrutadas entre 2 de fevereiro e 31 de março de 2021.

Já em relação à distribuição por idades, "destaca-se a seroprevalência mais elevada na população adulta em idade ativa e mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos. Entre os vacinados, "a proporção de pessoas com anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 foi de 74,9%, valor que aumentou para 98,5% quando consideradas apenas as pessoas vacinadas com duas doses há pelo menos 7 dias".

Dados conhecidos no dia em que a Comissão Europeia anunciou que avançou com uma ação judicial contra a AstraZeneca devido aos atrasos na entrega das doses da vacina contra SARS-CoV-2 aos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

"A Comissão iniciou na sexta-feira passada uma ação judicial contra a empresa AstraZeneca, com base em violações do acordo de compra antecipada", informou o porta-voz do executivo comunitário para a Saúde, Stefan de Keersmaecker.

A ação judicial foi interposta porque "alguns dos termos" do contrato negociado entre a AstraZeneca e a Comissão Europeia "não foram respeitados", não tendo a farmacêutica em questão apresentado uma "estratégia credível para assegurar a entrega atempada de doses", detalha o porta-voz.

"O que nos importa neste caso é assegurar que há uma entrega rápida de um número suficiente de doses a que os cidadãos europeus têm direito, e que foram prometidas com base no contrato", sublinhou.

A polémica entre Bruxelas e a farmacêutica anglo-sueca, devido ao atraso na entrega das doses da vacina, segue então para tribunal.

Entretanto, a pandemia já provocou mais de 3,1 milhões de mortos em todo o mundo desde que foram detetados os primeiros casos, em dezembro de 2019, segundo um balanço divulgado esta segunda-feira pela AFP.

Mais de 147 040 880 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, sendo que a maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada mantém os sintomas durante semanas ou até meses.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt