Número de internados aumenta e incidência sobe. Há mais 14 mortes

Há agora 681 internados com covid-19, refere o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde. Em 24 horas, foram registados mais 1565 casos da doença e 2365 recuperados.
Publicado a
Atualizado a

Foram confirmados em Portugal 1565 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo os dados atualizados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta quarta-feira (1 de setembro) indica que morreram mais 14 pessoas devido à doença.

No que se refere à situação nos hospitais portugueses, há agora 681 internados (mais quatro face ao reportado na terça-feira), dos quais 131 estão em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

Há, no entanto, o registo de mais 2365 casos de pessoas que recuperaram da covid-19, totalizando 978 462, o que faz com que o número de casos ativos da doença recue para 43 273 (menos 814).

Os valores da matriz de risco também foram atualizados, mantendo-se inalterado o índice de transmissibilidade, R(t). Mantém-se nos 0,98 a nível nacional e 0,99 no continente.

Já a incidência a 14 dias regista uma subida e passa dos 297,7 para os 303,5 casos por 100 mil habitantes em todo o território nacional. No continente, a incidência passa de 303,3 para 310,2 infeções por 100 mil habitantes.

​​​​​​Ao contrário do que tem acontecido nos últimos dias, Lisboa e Vale do Tejo concentra o maior número diário de infeções, com 572, logo seguida da região Norte, que reporta 495 casos.

Verificam-se mais 205 diagnósticos de covid-19 no Centro, 168 no Algarve, 74 no Alentejo, 35 na Madeira e 16 nos Açores.

Das 14 mortes registadas em 24 horas, seis ocorreram na região da capital, três no Norte e três no Algarve e ainda duas no Centro.

Cinco das vítimas mortais tinham mais de 80 anos, duas tinham entre os 70 e os 79 anos e quatro estavam na faixa etária entre os 60 e os 69 anos. Ocorreram ainda três óbitos no grupo etário entre os 50 e os 59 anos.

Com estes novos dados, Portugal soma 1 039 492 casos de infeção por SARS-CoV-2 e 17 757 óbitos desde o início da pandemia no país (em março de 2020).

Boletim diário indica ainda que há menos 218 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 44 712.

Dados atualizados da pandemia que surgem um dia depois de a DGS atualizar o referencial para as escolas, quando faltam duas semanas para o início do ano letivo. As escolas vão ter assim regras de isolamento mais flexíveis, sendo que as máscaras continuam obrigatórias a partir dos 10 anos e fortemente recomendadas no 1.º ciclo.

Também esta quarta-feira, a biotecnológica portuguesa Immunethep reforçou que é necessário apoio estatal para avançar com os ensaios clínicos da sua vacina contra a covid-19

A immnunethep estava pronta para avançar com os ensaios clínicos da sua vacina em setembro, mas a espera pelo financiamento por parte do Estado tem impossibilitado seguir com o processo.

Bruno Santos, diretor executivo da biotecnológica sediada em Cantanhede, no distrito de Coimbra, disse à Lusa que caso já houvesse garantias de financiamento por parte do Governo, a empresa já poderia estar "a pedir autorização dos ensaios clínicos ao Infarmed para começarem" este mês.

"Não tendo o financiamento, poderemos perder alguns meses", disse, realçando que são necessários cerca de 20 milhões de euros para a fase de ensaios clínicos.

Nesta quarta-feira ficou a saber-se também que a Organização Mundial de Saúde (OMS) está monitorizar uma nova variante do SARS-CoV-2, vírus responsável pela covid-19, identificada pela primeira vez na Colômbia.

Batizada de "Mu" e denominada B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica, está classificada como sendo uma "variante de interesse", indicou a OMS no seu boletim epidemiológico semanal sobre a evolução da pandemia, publicado na noite desta terça-feira.

A variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas, mas são necessários mais estudos para perceber melhor as suas características, explicou a agência de saúde das Nações Unidas.

"Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, a sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente", observou ainda a OMS.

A nível global, o balanço mais recente da AFP indica um total de 4 518 163 mortos em todo o mundo devido à pandemia de covid-19, desde que foram identificados os primeiros casos em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.

No total, mais de 217 629 220 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt