Menos 99 internamentos. A maior queda dos últimos seis dias

O Boletim da DGS indica que houve 673 novos casos de covid-19 em Portugal e mais 15 mortes. A pressão sobre os hospitais continua a diminuir. O R sofreu uma ligeira subida e é agora de 0,84.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, 673 novos casos de covid-19 e 15 mortes, segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira (17 de março) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os dados atualizados da autoridade da saúde mostram que há agora 856 doentes internados (o número mais baixo desde 11 de outubro), menos 99 que no dia anterior, o que representa a maior descida dos últimos seis dias, uma vez que na passada quinta-feira foram também contabilizadas menos 99 pessoas em internamento.

No boletim estão ainda contabilizados 205 em unidades de cuidados intensivos, menos oito que no dia anterior. Para encontrar um número tão baixo de pessoas em UCI é preciso recuar a 21 de outubro (187).

Registou-se uma diminuição de 400 casos ativos em Portugal, totalizando agora 34 829, houve um aumento de 1058 doentes recuperados nas últimas 24 horas, mantendo-se 15 183 contactos em vigilância (menos 561).

No que diz respeito à matriz de risco e contágios, refira-se que o R (Índice de transmissibilidade) teve uma ligeira subida, passando dos 0,83 para 0,84, sendo que em Portugal continental passou de 0,79 para 0,80.

Já a base de incidência teve uma significativa diminuição, uma vez que em todo o território nacional é agora de 90,3 casos por 100 mil habitantes, quando no dia anterior era de 96 casos por 100 mil habitantes. Analisando apenas o território continental, é agora de 79,1 casos por 100 mil habitantes, quando na terça-feira era de 84,2 caos.

No que diz respeito a regiões, a região Norte e Lisboa e Vale do Tejo registaram quase o mesmo número de novos casos, sendo que a norte foram contabilizados 246, além de três mortos, enquanto na zona da capital houve nas últimas 24 horas 245 novas infeções, tendo ainda sido declarados dez óbitos.

A região centro contabilizou 84 casos e uma morte, o Algarve teve 13 novas infeções e um morto. Sem qualquer vítima mortal estiveram as restantes regiões do país, sendo que o Alentejo teve 27 novos casos, a Madeira contabilizou 45 e os Açores teve 13.

Há também "uma redução dos óbitos de 98% no último mês", informou a ministra da Segurança Social Ana Mendes Godinho, fruto da "mobilização de todos e fruto de programa de testagem". No mesmo período, o número de surtos em lares baixou 75%, acrescentou a governante.

A ser ouvida na Comissão de Trabalho e Segurança Social, juntamente com a restante equipa ministerial, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social aproveitou para "partilhar que esta semana [de 08 a 15 de março] foi a semana (...) [com] menos óbitos nos lares desde que a pandemia começou".

E enquanto em Portugal há uma tendência de diminuição em vários indicadores da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou um aumento de 10% de novos casos de covid-19 na Europa e nas Américas

A agência das Nações Unidas para a saúde referiu que a semana passada foi a terceira semana consecutiva com um aumento global de novos casos, após semanas de declínio nas infeções.

Na Europa, segundo a OMS, os novos casos confirmados cresceram cerca de 6%, enquanto as mortes registaram "um declínio consistente".

De acordo com a mesma fonte, os números mais elevados verificaram-se em França, Itália e Polónia.

O pico de casos ocorreu em mais de uma dúzia de países, sobretudo na Europa, que suspenderam temporariamente o uso da vacina da AstraZeneca para a covid-19, devido a relatos de que poderá estar ligada ao surgimento de coágulos sanguíneos.

De referir que Portugal é um dos países que decidiu suspender a administração da vacina por precaução, o que originou um atraso no plano de vacinação contra a covid-19.

Também esta quarta-feira a Comissão Europeia apresentou a sua proposta para a criação de um livre-trânsito digital para a retoma da circulação na UE.

Trata-se de um certificado para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, visando retomar a livre circulação, um documento bilingue e com código QR que Bruxelas quer que entre em vigor até junho.

Aprovada na reunião de hoje do colégio de comissários, esta proposta legislativa visa uma abordagem comum ao nível da União Europeia (UE) relativa à "emissão, verificação e aceitação de certificados para facilitar a livre circulação", anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Segundo Bruxelas, assegurado está o "estrito respeito pela não discriminação e pelos direitos fundamentais dos cidadãos".

Funcionando de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, este livre-trânsito estará disponível em formato digital e/ou papel, terá um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e será disponibilizado gratuitamente e na língua nacional do cidadão e em inglês, de acordo com a proposta da Comissão Europeia.

Caso tenha 'luz verde' dos países, este livre-trânsito digital deverá entrar em vigor antes do verão para permitir nessa altura a retoma do setor do turismo, um dos mais impactados pela pandemia.

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