Internamentos e incidência continuam em queda
Foram confirmados 1323 novos casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Há mais sete mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, refere também o relatório desta sexta-feira (10 de setembro).
Mantém-se a tendência decrescente em relação às hospitalizações. Estão agora 569 pessoas internadas (menos 28 face ao reportado na quinta-feira), das quais 118 em unidades de cuidados intensivos (menos nove).
Há, no entanto, a registar mais 1936 casos de recuperados da doença, elevando para 996 987 o número total de pessoas que recuperaram da infeção. Com estes dados, o número de casos ativos de covid-19 em Portugal desce para 38 620 (menos 620).
Em dia de atualização dos valores da matriz de risco, a DGS dá conta que o índice de transmissibilidade e a taxa de incidência continuam a descer.
O R(t) é agora de 0,87, tanto a nível nacional como no continente.
A incidência a 14 dias também desce, passa de 259,6 para 240,7 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes em todo o país. No continente, a incidência passa de 267,4 para 247,9 infetados por 100 mil habitantes.
O Norte é a região que regista o maior número de novos casos, com 478, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, com 408.
Confirmadas mais 169 infeções no Centro, 143 no Algarve, 86 no Alentejo, 25 na Madeira e 14 nos Açores.
Das sete mortes reportadas em 24 horas, três ocorreram na região da capital, três no Norte e uma no Centro.
Em relação à idade das vítimas mortais, duas tinham mais de 80 anos, três tinham entre 70 e 79 anos, sendo que ocorreu um óbito na faixa etária entre os 60 e os 69 anos e outro no grupo etário entre os 50 e os 59 anos.
O relatório da DGS indica também que há menos 308 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 38 464.
Portugal soma, no total, desde o início da pandemia (em março de 2020), 1 053 450 casos de covid-19 e 17 843 óbitos.
Além dos dados atualizados da pandemia em Portugal, foi também divulgado esta sexta-feira os resultados de um inquérito Eurobarómetro, no qual é referido que os portugueses são os europeus que mais consideram que os benefícios da vacina contra a covid-19 superam os riscos (87%) e que mais defendem o "dever cívico" da vacinação (86%).
De acordo com o inquérito, encomendado pelo Parlamento Europeu no âmbito do discurso sobre o Estado da União, marcado para quarta-feira, 87% dos portugueses concordam e tendem a concordar que os benefícios da vacina compensam os seus riscos, o valor mais alto dos 27 Estados-membros e 15 pontos acima da média da UE (72%).
Dos inquiridos em Portugal 54% concordam ou tendem a concordar (32%) que vacinar-se contra a covid-19 é "um dever cívico", também o valor mais alto de respostas positivas entre os Estados-membros.
Ainda sobre o combate à pandemia, a grande maioria dos portugueses (82%) estão satisfeitos (58%) ou muito satisfeitos (24%) com a forma como o Governo geriu a estratégia de vacinação (UE 50%).
No mesmo dia em que são conhecidos os resultados deste inquérito, o diretor europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou-se pessimista em relação à capacidade de a vacinação, por mais alta que seja, conseguir travar por si a pandemia.
Em conferência de imprensa, Hans Kluge assinalou que as variantes do coronavírus SARS-CoV-2 diminuem a perspetiva de se atingir imunidade coletiva e que há mais probabilidade de a doença se tornar endémica, sem ser erradicada.
É preciso "antecipar para adaptar as estratégias de vacinação", defendeu Hans Kluge, que em maio tinha declarado que "a pandemia será travada assim que se atinja uma cobertura de vacinação de 70 por cento da população mundial".
No que se refere à evolução da pandemia a nível global, a covid-19 já matou mais de 4,6 milhões de pessoas em todo o mundo (4 602 565), segundo o balanço mais recente da AFP, feito com base em fontes oficiais.
Mais de 223 069 340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia em dezembro de 2019, quando foram detetados os primeiros casos de covid-19.