Internados voltam a ser mais de 700. Taxa de incidência desce
Foram confirmados, nas últimas 24 horas, 1072 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde. Relatório desta segunda-feira (30 de agosto) indica que morreram mais nove pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.
No que se refere à situação nos hospitais, o número de internados volta a ultrapassar os 700 num dia em que se registaram mais sete hospitalizações, totalizando 705. Há agora 149 doentes em unidades de cuidados intensivos (mais um face ao que foi reportado no domingo).
Os dados da matriz de risco também foram atualizados, sendo que o índice de transmissibilidade, R(t), mantém-se estável, situando-se nos 0,98 a nível nacional e 0,99 no continente.
Já em relação à taxa de incidência a 14 dias regista-se uma descida. Passa de 312,7 para 297,7 casos de covid-19 por 100 mil habitantes em todo o território nacional. No continente, a incidência está agora nos 303,3 infetados por 100 mil habitantes (antes era de 317,7).
Norte mantém-se como a região com maior número de novos casos (481) enquanto Lisboa e Vale do Tejo reporta mais 281 infeções.
Verificam-se também 127 novos casos no Algarve, 88 no Centro, 73 no Alentejo, 14 na Madeira e oito nos Açores.
Com estes dados, Portugal soma, desde o início da pandemia, 1 036 019 diagnósticos de covid-19 e 17 730 mortes.
A DGS indica que há mais 1141 casos de pessoas que recuperam da doença, totalizando 972 708. Desta forma, os casos ativos de covid-19 descem para 45 581 (menos 78 em comparação com o dia anterior).
Dos óbitos registados em 24 horas, três ocorreram na região da capital, dois no Norte, dois Centro, um no Alentejo e um no Algarve.
Em relação às idades das vítimas, sete tinham mais de 80 anos, uma tinha entre 70 e 79 anos, tendo ocorrido um óbito no grupo etário entre os 60 e os 69 anos.
Relatório mostra ainda que há menos 632 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, num total de 45 327.
Esta atualização da situação pandémica surge no dia em que o hospital de campanha do INEM, instalado no exterior do Hospital de São João, no Porto, começou a ser desmontado.
"Hoje é um dia simbólico e um dia de esperança nesta batalha contra a covid-19", afirmou Fernando Araújo, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).
Com a aproximação de um novo ano letivo - em Portugal, as aulas estão previstas começarem entre 14 e 17 de setembro -, instituições da ONU defendem que os professores e outros funcionários de escolas devem estar no grupo prioritário de vacinação. Apelam aos Estados-membros que implementem uma estratégia de vacinação destinada a manter o ensino presencial.
É "vital" que os estabelecimentos de ensino continuem abertos, apesar da prevalência da variante Delta, mais contagiosa, consideram.
"Tal é de extrema importância para a educação, saúde mental e convívio social das crianças. As escolas devem ajudar a capacitar as nossas crianças a serem membros felizes e produtivos da sociedade", disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge.
"A pandemia causou a rutura mais catastrófica da história da educação", disse ainda Kluge.
Para manter as escolas abertas, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estão a pedir a imunização de crianças maiores de 12 anos com comorbidades e ainda melhorias no ambiente escolar (ventilação, distanciamento físico, triagem regular de alunos e equipas de supervisão).
Também esta segunda-feira a OMS relacionou o aumento "muito preocupante" de novos contágios pelo SARS-CoV-2 nas últimas semanas na Europa com baixas taxas de vacinação.
O aumento da incidência de novos casos está também relacionado com uma maior presença da variante Delta, mais contagiosa, o alívio de medidas de restrição de movimentos dos cidadãos e o aumento das viagens, considera a OMS.
"Devemos ser firmes e manter as várias linhas de proteção, incluindo a vacinação e as máscaras. As vacinas são o caminho para reabrir as sociedades e estabilizar as economias", defendeu Hans Kluge.
A nível global, a pandemia já matou pelo menos 4,5 milhões em todo o mundo, desde que os primeiros casos foram identificados, em dezembro de 2019, na China, indica o balanço da AFP até 11:00 desta segunda-feira.
Mais de 216 344 180 casos de infeção foram diagnosticados no mundo no mesmo período.