Lisboa: Caminhos para o futuro
Neste início de ano, é tempo de refletir sobre as prioridades que ultrapassam o imediato e olhar para um futuro digno para todos os que chamam Lisboa de lar.
Entre as questões mais prementes está a da higiene urbana, um desafio que, recentemente, se revelou em toda a sua urgência e onde o planeamento de Carlos Moedas foi um marco de sucesso.
A greve do setor mostrou a força de uma cidade que não se rende aos obstáculos. Aqui importa deixar um enorme agradecimento ao sentido cívico dos lisboetas, mas também aos autarcas de freguesia, pela forma determinante e qualificada como agiram, minimizando o impacto e provando que podem ser atores determinantes na Higiene Urbana da cidade.
Porém importa destacar outro elemento fundamental: os fantásticos trabalhadores da Higiene Urbana. Desde logo os da Câmara Municipal, que não compreenderam a greve que os sindicatos queriam impor, levando a que muitos não tenham aderido, e depois os das Juntas de Freguesia, sempre disponíveis.
A solução desta situação abre caminho para uma modernização que se impõe. Lisboa deve apostar num sistema de recolha de resíduos alicerçado em dados obtidos em tempo real, capaz de orientar serviços para zonas críticas. E os dados são claros: Lisboa produz mais resíduos, orgânicos e diferenciados. Por isso, temos de os recolher 24 horas por dia, 7 dias por semana. Inovação e Tecnologia devem ser alvo de investimento estruturante nesta área.
Outros desafios não menos importantes exigem o mesmo sentido de urgência e visão de longo prazo. O Plano Geral de Drenagem é disso exemplo. É uma resposta estrutural às intempéries que, de tempos a tempos, invadem as nossas ruas e lares. É uma promessa de segurança para as gerações futuras, um alicerce invisível, mas imprescindível, tudo a troco de apenas mais alguns meses de transtorno com trânsito e obras.
Na habitação, a aprovação da Carta Municipal da Habitação define um novo rumo. Mais do que outro plano, esta carta traduz-se em medidas concretas que garantem o acesso equitativo a um lar. Importa por isso continuar a reforçar a reabilitação urbana, a oferta de habitação acessível e proteger os bairros históricos.
A dimensão social exige, igualmente, um olhar atento, por isso, depois do Plano Municipal para Sem-Abrigo, com um investimento de 70 milhões de euros, Carlos Moedas apresentará este mês o Plano Municipal para a Integração de Migrantes de Lisboa, ambos para resposta às necessidades dos mais vulneráveis.
Por fim, a transformação da Almirante Reis representa a visão de uma Lisboa mais humana e inclusiva. Ao devolver este espaço à circulação segura, à vida de bairro e ao comércio local, estamos a construir uma cidade com visão integrada de mobilidade, sem por Lisboetas contra Lisboetas, um modelo que pode e deve ser replicado em toda a cidade.
É este o caminho trilhado por Carlos Moedas, marcado pelo compromisso inabalável com uma Lisboa mais justa, mais sustentável e mais inclusiva, sempre com um olhar atento ao horizonte e que neste ano que começa não será diferente.
Termino com votos de um Bom Ano Novo para todos.