Lancha da GNR encalhada. Culpa foi humana. Abertos processos disciplinares

Arranjo da embarcação teve um custo total final que ultrapassou os 215 mil euros, foi agora divulgado.
Publicado a
Atualizado a

A GNR instaurou processos disciplinares ao comandante da lancha "Bojador", que encalhou na zona da praia de Carvcavelos, bem como ao outro militar que se encontrava de serviço na altura do incidente, uma vez que a causa deste foi "falha humana".

A informação foi esta terça-feira divulgada num comunicado oficial da Guarda Nacional Republicada enviado ao DN, que adianta ainda que estes elementos estão ainda suspensos de funções enquanto se conclui o respetivo processo.

De acordo com o mesmo texto, o custo total da reparação do navio ultrapassou os 215 mil euros, incluindo a estada da embarcação em estaleiro.

"Da auditoria técnica aos danos constatou-se a necessidade de reparar as hélices de bombordo e estibordo, a substituição da hélice central e a reparação de pequenos danos no casco e de estabilizadores, facto que remeteu a reparação a valores na ordem dos 145.681,00 euros, a que acrescem serviços associados como de reboques e utilização do estaleiro, perfazendo um total de 215.320,00 euros", pode ler-se no comunicado.

A lancha de patrulhamento da GNR "Bojador" encalhou no dia 1 de setembro cerca das 14h30 na zona da praia de Carcavelos, como o DN noticiou na altura.

Foi então aberto um inquérito para apurar responsabilidades. Segundo diz agora a Guarda, "tendo sido recolhidos e analisados todos os depoimentos, documentação e imagens consideradas necessárias para o esclarecimento dos factos em investigação."

"Uma vez finalizado o referido Processo de Inquérito, concluiu-se que o incidente ocorreu devido a falha humana", lê-se no referido comunicado.

Os dois militares em causa, pode ler-se ainda são considerado "direta ou indiretamente, responsáveis pela não adoção dos necessários procedimentos de segurança, face à visibilidade e condições meteorológicas que se verificavam naquela data à saída da barra do Porto de Lisboa".

A GNR considera a lancha "Bojador" "um reforço decisivo do papel da GNR com funções de guarda costeira, contribuindo determinantemente para a prossecução das atribuições e competências da Unidade de Controlo Costeiro, unidade especializada responsável pelo cumprimento da missão da Guarda em toda a extensão da costa e no mar territorial, com competências específicas de vigilância, patrulhamento e interceção terrestre ou marítima em toda a costa e mar territorial do continente e das regiões autónomas".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt