Johnson & Johnson vai adiar entrega das vacinas na Europa
A entrega da vacina da Johnson & Johnson vai ser atrasada na Europa. A notícia foi avançada pela agência AFP, e surge na sequência da recomendação feita pela agência reguladora norte-americana, que detetou alguns casos de coágulos em pessoas vacinadas.
Assim, fica comprometida a entrega das vacinas que estava prevista chegar a Portugal ainda no decorrer desta quarta-feira - mais de 30 mil. A J&J tinha previsto enviar no segundo trimestre desde ano para Portugal 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões que Portugal deveria ter disponíveis ao longo de 2021.
O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) anunciaram esta terça-feira, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.
A farmacêutica norte-americana disse que está a aguardar resultados de estudos feitos pelas autoridades de regulação e controlo, antes de proceder à distribuição das suas vacinas de dose única na Europa, admitindo as suspeitas sobre os casos de cóagulos sanguíneos.
Por sua vez, a Agência Europeia do Medicamento sublinhou esta terça-feira que ainda está "a investigar" os casos de tromboembolismo detetados após a administração da vacina da Johnson & Johnson e alertou que, "para já, não se sabe se há relação causa-efeito".
O comité de segurança da Agência Europeia do Medicamento (EMA) está a rever a segurança da vacina investigando estes casos e a necessidade de uma eventual medida de regulação só será decidida quando houver conclusões científicas, explicou uma porta-voz da agência.
A EMA recordou ainda que os casos que estão em investigação foram detetados nos Estados Unidos, onde esta vacina foi utilizada com uma autorização de uso de emergência.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram esta terça-feira "uma pausa" na administração da vacina anti-covid-19 de dose única Johnson & Johnson, para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco.
O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.
Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.
A chegada a Portugal das primeiras 30 mil doses da vacina desta farmacêutica está prevista para quarta-feira, mas a Johnson & Johnson anunciou esta terça-feira que vai atrasar o envio do fármaco para a Europa devido à suspensão preventiva nos EUA.
Questionada sobre o assunto, a ministra da Saúde, Marta Temido, considerou ser ainda muito cedo para comentar a recomendação das autoridades de saúde dos Estados Unidos.