Há já 317 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal
Portugal registou mais 13 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, elevando para 317 o total de pessoas infetadas, que se encontram clinicamente estáveis, anunciou hoje a autoridade de saúde.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), todas as infeções confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que estão em "acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis".
A DGS, que está a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias, adiantou ainda a maioria das infeções foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
Os dados do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) indicam que, até hoje, foram reportados 2.746 casos de infeção pelo Monkeypox em 29 países de toda a região europeia.
Na terça-feira, as autoridades britânicas anunciaram que o Reino Unido vai começar a disponibilizar vacinas a alguns homens que fazem sexo com outros homens e correm um risco maior de contrair o virus Monkeypox.
Os especialistas estão a considerar a vacinação em alguns homens com maior risco de exposição à infeção humana pelo vírus 'Monkeypox', referiu a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, em comunicado.
Esta agencia identificou como grupo de maior risco os homens que fazem sexo com outros homens e que têm múltiplos parceiros, participam em sexo em grupo ou frequentam locais onde o sexo ocorre nas instalações.
"Ao expandir a oferta de vacinas para aqueles em maior risco, esperamos quebrar as cadeias de transmissão e a ajudar a conter o surto", salientou a responsável de imunização da agência britânica de segurança sanitária, Mary Ramsay.
Recentemente, a DGS confirmou que Portugal vai receber 2.700 doses das vacinas contra o vírus Monkeypox adquiridas pela Comissão Europeia, estando a ser elaborada uma norma técnica que definirá a forma como serão utilizadas.
Nesta quinta-feira (23 de junho), a Organização Mundial da Saúde (OMS), sediada em Genebra, vai avaliar se o surto atual, que abrange mais de 40 países, representa uma "urgência de saúde pública de dimensão internacional", o seu nível mais alto de alerta.