Exigência de pagamento de teste gera confusão com voo de repatriamento de Maputo
Embarcaram desde Maputo num voo de repatriamento de cidadãos portugueses e, quando chegaram a Lisboa, os 282 passageiros foram obrigados a pagar os testes PCR à covid-19 para embarcar e para desembarcar.
Segundo contaram alguns passageiros à RTP, mesmo com vacinação completa, para embarcar foi-lhes exigido um teste PCR. Quem não tinha, teve de pagar 80 euros com promessa de resultado em 48 horas e 135 euros se quisesse resultado em quatro horas. Depois, à chegada a Lisboa, ainda foi exigido um teste antigénio a troco de 24 euros.
À RTP, a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, disse que são essas as "regras que estão em vigor, por precaução", referindo-se à exigência de "novo teste e quarentena" à chegada a Lisboa.
Num vídeo a que o DN teve acesso, a confusão no Aeroporto de Lisboa foi geral e teve alguns momentos de tensão. Uma mulher terá mesmo passado mal enquanto esperava sem que fosse assistida, o que levou à revolta de um outro passageiro, que não se coibiu de gritar contra a "falta de respeito". "Isto acontece porque o voo vem de Moçambique, se viesse da Alemanha ou dos EUA não faziam isto", gritou o homem, recebendo concordância da multidão.
O Governo ainda não reagiu. Certo é que os 282 passageiros do voo oriundo de Maputo que aterrou em Lisboa no dia 27 não tiveram de pagar pelos testes. Foram todos testados numa operação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
O próximo voo de repatriamento de portugueses de Maputo está previsto para esta segunda-feira (6).