Dia Internacional da Mulher. Marcelo diz que “há realidades por cumprir no caminho da igualdade”
RODRIGO ANTUNES/LUSA

Dia Internacional da Mulher. Marcelo diz que “há realidades por cumprir no caminho da igualdade”

Já o PM considerou que "há muito ainda para fazer" pela defesa das mulheres, lembrando que a violência doméstica continua a ser "uma das mais graves violações dos direitos humanos".
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Marcelo Rebelo de Sousa asinalou este sábado que "50 anos depois das Nações Unidas ditarem a celebração dos direitos conquistados pelas mulheres, em 1975, persistem ainda realidades por cumprir no caminho da igualdade: a igualdade salarial, a representação em cargos de liderança, a proteção em situações de violência física e/ou psicológica ou mesmo o acesso à educação."

Na mensagem divulgada no site da Presidência, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, Marcelo recorda ainda que "em 2025, novas desigualdades são conhecidas, relacionadas com a (r)evolução digital e o enviesamento de género criado pela conceção de sistemas e algoritmos de Inteligência Artificial, área onde permanece acentuada a sub-representação feminina."

Marcelo, associando-se à celebração deste dia, "sublinha a visão das Nações Unidas para que, este ano, o foco esteja na capacitação da próxima geração, em particular das adolescentes e jovens mulheres, enquanto catalisadores de uma mudança duradoura" uma "mudança assente no combate aos estereótipos, à violência e a todas as desigualdades baseadas no género."

"Olhando para a realidade portuguesa, o Presidente da República congratula-se com a recuperação conseguida, nos últimos anos, no mercado de trabalho, no acesso à educação e na presença em cargos dirigentes, mantendo-se atento e preocupado perante o intolerável e indigno número de mulheres, vítimas de violência física ou sexual no nosso país", pode ainda ler-se.

PM diz que violência doméstica é "das mais graves violações de direitos humanos"

O primeiro-ministro considerou este sábado, Dia Internacional da Mulher, que "há muito ainda para fazer" pela defesa das mulheres, lembrando que a violência doméstica continua a ser "uma das mais graves violações dos direitos humanos".

Num vídeo publicado na conta oficial da rede social X, Luis Montenegro afirmou que o dia da mulher "é mais do que uma efeméride", lembrando o caminho de "muitos avanços" feitos ao longo das últimas décadas.

"Garantimos o direito de voto, garantimos o acesso a profissões que antes estavam vedadas. Hoje temos mulheres em destaque nas universidades, nas empresas, nas organizações e até na politica, mas há muito ainda para fazer", salientou Luís Montenegro.

De acordo com o primeiro-ministro, a violência contra as mulheres "continua a ser uma das mais graves violações dos direitos humanos", frisando que é essa a razão para que o combate à violência doméstica "seja uma das prioridades máximas do Governo".

Luís Montenegro salientou também que no mercado de trabalho "as desigualdades entre mulheres e homens também persistem", apontando que o programa de conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal que o Governo está a concluir "pretende responder a muitos desses desafios".

"Da parte do Governo o compromisso é claro: garantir que as mulheres têm na sociedade o papel que merecem", afirmou o primeiro-ministro.

Para o líder do Governo, mais do que assinalar uma efeméride, este Dia Internacional da Mulher deve servir para lembrar o que se está a fazer "por uma verdadeira igualdade e celebrar o caminho que as mulheres já conquistaram".

Em 1975, a ONU começou a celebrar o Dia Internacional da Mulher a 08 de março, mas só a 16 de dezembro de 1977 é que a data viria a ser oficialmente reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

O tema de 2025 é "Para todas as mulheres e meninas: direitos, igualdade, empoderamento".

Marques Mendes pede "tolerância zero" contra violência no feminino

O candidato presidencial Luís Marques Mendes apelou também este sábado, Dia Internacional da Mulher, para que haja "tolerância zero contra a violência no feminino", assinalando, nos últimos 50 anos, muitas evoluções positivas.

"É o Dia Internacional da Mulher. Um dia muito especial, de homenagem, de aposta na dignidade e no respeito pela mulher", refere Marques Mendes, numa mensagem publicada nas suas redes sociais.

O candidato a Presidente da República recorda que, há 50 anos, quando entrou na universidade, "em 800 candidatos, havia praticamente meia dúzia de mulheres, quase tudo eram homens".

"Recordo-me de há 45 anos, quando comecei a fazer uma advocacia. Nas salas de julgamentos, quase não havia uma mulher como advogada ou como magistrada. Hoje, felizmente, são a maioria. Recordo-me de há 20 ou 30 anos, quase não havia uma mulher no Conselho de Administração das grandes empresas nacionais. Hoje, felizmente, há muitas", continua.

O antigo líder do PSD considera que "tudo mudou e mudou num sentido positivo", mas "há um pesadelo que se mantém, que é o pesadelo da violência doméstica".

"Os números não mentem. São 30 mil casos de participações às autoridades por ano. São quase 80 casos por dia. São 22 mortes, 22 homicídios no último ano", lamentou.

O candidato anunciado às eleições presidenciais de janeiro do próximo ano considerou que, neste dia especial, é o momento "para homenagear os direitos das mulheres e para fazer um apelo à sociedade para uma tolerância zero contra a violência no feminino".

COM LUSA

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