De um para 50. Acelerador de restaurantes sutentáveis quer elevar número de selos Food Made Good no país
Estabelecimentos da área da hotelaria e restauração que queiram estar em dia com as mais atualizadas práticas de sustentabilidade passam a contar, agora, com um novo aliado. O Acelerador de Restaurantes Sustentáveis, projeto desenvolvido na faculdade de economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), entra em atividade para guiar estas empresas rumo à certificação internacional Food Made Good.
A meta é ambiciosa. Atualmente, apenas um restaurante no país detém este selo. "É possível. O ponto é poder ser mais um posicionamento de Portugal no mundo. Somos bons na nossa gastronomia, mas também somos bons a intercalar os dois, gastronomia e sustentabilidade", diz ao DN Daniela Afonso, investigadora responsável pela iniciativa.
Criada pela associação britânica Sustainable Restaurant Association (SRA), a Food Made Good é "uma certificação holística", explica Daniela Afonso, e é considerada a distinção de sustentabilidade mais abrangente do mundo. "Olha para todos os apetos desta cadeia que resulta em desperdício. Nós chamos que é só o que está no prato e que depois é dado à Refood, mas não é, é muito antes. É a forma como escolhemos o produto, a forma como utilizamos o produto de forma íntegra ou não", completa.
Cada empresa que entre no acelerador vai receber um pré-diagnóstico sobre a sua atual situação face às práticas de sustentabilidade orientadas para a certificação. Em seguida, vão ser feitas formações de acordo com os módulos disponibilizados pela SRA. Representantes da entidade participaram presencialmente, nesta quarta e quinta-feira (4 e 5), de uma formação com a turma de arranque da iniciativa, na campus de Carcavelos da Universidade Nova.
"Queremos mesmo tirar a barreira daquilo que é uma framework teórica para a prática. E nem todos têm de atingir a certificação. Acho que o impacto aqui também começa por se há um restaurante que não sabia como fazer uma parte dos módulos da certificação, mas depois já começa a fazer, isso já é um contributo para algum dos eixos da sustentabilidade e, portanto, isso já é impacto para nós", afirma Daniela Afonso.
A participação é completamente gratuita. "Eventualmente os restaurantes pordem estar a passar por uma capacidade financeira difícil em Portugal e não queríamos que isso fosse uma barreira para que eles aprendessem mais sobre o tema", ressalta a investigadora.
Interessados podem entrar em contato via e-mail pelo endereço daniela.afonso@novasbe.pt