Buscas foram realizadas esta manhã.
Buscas foram realizadas esta manhã.Foto: DR

Câmara de Oeiras alvo de buscas por suspeitas de corrupção

Buscas estão relacionadas com contratos celebrados com a empresa municipal Municípia – Empresa de Cartografia e Sistemas de Informação.
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A Câmara Municipal de Oeiras está a ser alvo de buscas nesta manhã. Equipas da Polícia Judiciária (PJ) estão no local, avança a CNN Portugal. Em causa estarão suspeitas de corrupção, prevaricação ou participação económica em negócios. Contactada pelo DN, a PJ confirma as buscas e informa que mais detalhes serão divulgados em breve.

À Lusa, fonte da Câmara Municipal de Oeiras, liderada por Isaltino Morais, confirmou, entretanto, as buscas e adiantou que estão relacionadas com contratos celebrados com a empresa municipal Municípia – Empresa de Cartografia e Sistemas de Informação. A mesma fonte indicou que as buscas começaram às 09:00 e às 11:40 ainda estavam a decorrer.

Esta não é a primeira vez que o local é alvo de buscas por diversos processos. Um deles visou o departamento de urbanismo, por questões relacionadas com licenças de construção. No verão passado, o autarca Isaltino Morais foi alvo de investigação por alegados uso de recursos públicos para o pagamento de refeições.

Isaltino Morais diz que posição é de "total transparência"

Em declarações à jornalistas, Isaltino Morais disse que a ligação da investigação com a Câmara Municipal de Oeiras "é nenhuma" e que a posição é de "total transparência".

Segundo o autarca, esta investigação "incide relativamente à atividade dessa empresa, relativamente a negócios que foram realizados em Moçambique, em Nampula, pelo Governo de Moçambique, financiados pelo Banco Mundial, e relativamente aos quais houve notícias há alguns anos sobre eventuais irregularidades na gestão da empresa".

Isaltino Morais destaca que a própria câmara realizou uma auditoria externa. "Na sequência dessas notícias e também de denúncias que chegaram à Câmara Municipal, a própria Câmara promoveu uma auditoria externa, que foi apresentada à Câmara e à Assembleia Municipal, há talvez meio ano, e nessa auditoria, nessa auditoria externa, concluía-se que, havendo algumas irregularidades formais, e sob o ponto de vista substancial não havia qualquer irregularidade", explicou.

O autarca ainda referiu que soube da operação da PJ através da comunicação social e que "não falou" nem "teve teve de falar" com o diretor que alegadamente estará envolvido no caso.

Buscas em Grândola

Em comunicado enviado às redações, a PJ explica que foram desencadeadas duas operações policiais, "para cumprimento de mandados de busca, emitidos pelo DIAP Regional de Lisboa e de Évora, nas Câmaras Municipais de Oeiras e de Grândola e em empresas do setor turístico". A investigação é de "eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas".

Segundo a PJ, "estas diligências visaram a recolha de elementos documentais, com vista ao desenvolvimento e conclusão, tão breve quanto possível, das investigações em curso".

*Em atualização

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