Covid-19. Recorde de mortos, novos casos e internamentos

Morreram 118 pessoas e mais 10 176 foram infetadas com covid-19. Há 3451 doentes internados, dos quais 536 em unidades de cuidados intensivos.

É o pior dia de sempre da pandemia. Portugal reportou mais 118 mortes e 10 176 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (8 de janeiro). Até agora o número mais elevado de óbitos era 98 e tinha sido registado a 13 de dezembro. No total, o país já confirmou 466 709 diagnósticos da doença causada pelo novo coronavírus e 7590 óbitos. Há, atualmente, 98 938 casos ativos de covid-19 (mais 5578 em relação a quinta-feira).

Tal como as infeções e as mortes, o número de internamentos continua a aumentar e bateu hoje também um novo recorde com 3451 doentes hospitalizados com covid-19 - o número mais elevado tinha sido 3 367, a sete de dezembro.

Destes, 536 estão em unidades de cuidados intensivos, outro número que também representa um recorde, igualado apenas a 29 de novembro.

Devido ao agravamento da pandemia em Portugal, a circulação entre concelhos está proibida em "território nacional continental", entre as 23:00 desta sexta-feira e as 05:00 de segunda-feira, anunciou ontem o primeiro-ministro, António Costa, após o final do Conselho de Ministros.

Além desta medida, os habitantes de 253 concelhos vão estar também sujeitos à proibição de circulação na via pública no sábado e no domingo a partir das 13:00 e até às 05:00 do dia seguinte. Esta restrição estende-se a todos os concelhos de risco elevado no território continental, com mais de 240 casos da covid-19 por 100 mil habitantes. A medida só não se aplica em "25 concelhos, em que o número de novos casos por 100 mil habitantes é inferior a 240", referiu o chefe do Governo.

António Costa admitiu que se o número de novos contágios diários se mantiver nos valores atuais - a rondar os dez mil - o país pode voltar a um confinamento semelhante ao que esteve em vigor em março, mas sem encerramento das escolas.

Mais 75 milhões de doses da vacina da Pfizer disponíveis a partir do segundo trimestre

Numa altura em que a pandemia agrava-se na Europa, a Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira que chegou a acordo com a Pfizer e BioNTech para a aquisição de 300 milhões de doses adicionais da sua vacina contra a covid-19.

A presidente do executivo comunitário, Von der Leyen, explicou que a Comissão negociou a extensão do contrato com a Pfizer e BioNTech, à qual já adquirira 300 milhões de doses da vacina, permitindo assim duplicar esse número, e salientou que 75 milhões destas doses adicionais estarão disponíveis "já a partir do segundo trimestre", sendo as restantes entregues no terceiro e no quarto trimestres.

Estudo sugere que vacina da funciona contra novas variantes do vírus

Foi conhecido também esta sexta-feira um estudo preliminar, realizado por investigadores da farmacêutica Pfizer e da Universidade do Texas, que sugere que a vacina pode proteger contra uma mutação encontrada em duas variantes altamente contagiosas do novo coronavírus surgidas no Reino Unido e na África do Sul.

O estudo usou amostras de sangue de 20 pessoas que receberam a vacina da Pfizer e da alemã BioNTech, concluindo que os anticorpos resistiram com êxito às novas variantes, nos testes realizados em laboratório.

De acordo com o estudo, a vacina parece funcionar contra 15 possíveis mutações de vírus, mas a E484K, presente na estirpe descoberta na África do Sul, não foi ainda testada.

O diretor científico da Pfizer explicou que se o vírus sofrer grandes mutações, a vacina terá eventualmente de ser ajustada.

Com o número de infeções a subir em toda a Europa, vários países estão a aplicar medidas cada vez mais restritivas para diminuir os contactos e, assim, conter a propagação do vírus responsável pela covid-19.

Em Inglaterra, o Governo anunciou esta sexta-feira que todas as pessoas que desejem entrar no país, incluindo cidadãos britânicos, devem ter um teste negativo para a covid-19 a partir da próxima semana.

O ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps, indicou que todos os passageiros que entrem em Inglaterra de avião, comboio ou barco devem apresentar teste negativo para a covid-19, que deve ser feito 72 horas antes do início da viagem, caso contrário, serão obrigados a pagar uma multa de 500 libras (553 euros).

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1 899 936 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Press (AFP).

Mais de 88 024 570 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço da AFP.

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