Chuva provoca inundações no Martim Moniz e em Alcântara e faz estragos por toda a Grande Lisboa
A chuva forte que tem caído na Grande Lisboa nas últimas horas provocou inundações na zona do Martim Moniz, mais precisamente na Rua Dom Duarte, com a água a sair pelas tampas de esgoto e a subir até altura do tornozelo, tendo alagado várias lojas.
A intensa precipitação também provocou cheias na zona de Alcântara.
Entretanto, os Sapadores Bombeiros de Lisboa deslocaram-se ao local e repuseram a normalidade em ambas as zonas, não se encontrado neste momento ativas ocorrências na capital devido ao mau tempo.
"Temos quatro ocorrências ativas e nenhuma devido ao mau tempo. Houve um pico de ocorrências por volta do meio-dia", disse fonte dos Sapadores lisboetas ao DN.
Já em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, uma árvore de grande de porte caiu.
Também se verificaram vários estragos no concelho de Mafra. Na Urbanização do Tareco, em Tourinha, dois muros caíram, enquanto na zonas da Carvoeira e de São Julião foram registadas inundações.
Mais a sul, em Silves, o mau tempo provocou uma derrocada que destruiu várias casas e fez desalojados.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00:00 de sexta-feira e as 08:00 de hoje 759 ocorrências devido à chuva e ao vento fortes, incluindo 271 quedas de árvores.
"Esta noite tivemos apenas 11 ocorrências e nenhuma significativa. Quanto ao acumulado, registámos entre as 00:00 de sexta-feira e as 08:00 de hoje 759 ocorrências, a maioria quedas de árvores, inundações, limpezas de via, quedas de estruturas e inundações motivadas pela chuva e vento", disse à agência Lusa José Costa, da ANEPC, fazendo o balanço oficial mais atualizado.
Portugal continental (território abrangido no balanço da ANEPC) e o arquipélago da Madeira estão desde sexta-feira com chuva e vento fortes, queda de neve e agitação marítima devido à passagem da depressão Jana.
Segundo José Costa, as regiões mais afetadas foram a Grande Lisboa (141), a Península de Setúbal (104), a região do Algarve (84), a Área Metropolitana do Porto (54) e a região de Coimbra (53), sendo as restantes ocorrências distribuídas por outras regiões em menor número.
"Das 759 ocorrências, 273 foram quedas de árvores, 167 limpezas de via, 161 quedas de estruturas, 92 inundações, 54 movimentos de massa e 12 outras ocorrências", disse.
José Costa indicou também que foram mobilizados 2.955 operacionais, com o apoio de 1.086 meios terrestres.
"No que diz respeito a vítimas, mas sem gravidade, tivemos um ferido ligeiro na sexta-feira na Moita devido a um movimento de massa. No domingo, tivemos um ferido ligeiro na sequência da queda de uma árvore em Mação e outro ferido também ligeiro devido à queda de uma árvore em cima de um veículo no Torrão, em Alcácer do Sal", indicou.
Os avisos de chuva e vento mantêm-se e, por isso, acrescentou, é expectável que venham existir mais ocorrências ao longo do dia.
Os distritos da Guarda, Viseu, Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Portalegre estão sob aviso meteorológico amarelo (o menos grave de uma escala de três) até às 21:00 de hoje devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes, pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada.
Foi emitido também aviso amarelo para Faro, Setúbal, Lisboa e Beja por causa do vento forte com rajadas até aos 75 quilómetros por hora, em especial no litoral, entre as 12:00 e as 24:00 de hoje.
Sob aviso amarelo estão também os distritos da Guarda, Castelo Branco, Vila Real e Braga por causa da queda de neve acima de 1.000/1.200 metros até às 12:00 de terça-feira.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu ainda aviso amarelo para Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria e Beja até às 09:00 de terça-feira devido à agitação marítima forte.
O aviso amarelo é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Registadas 319 ocorrências até às 19:00, maioria na Grande Lisboa e Lezíria do Tejo
A Proteção Civil registou 319 ocorrências no território do continente até às 19.00 horas, a maioria de inundações e limpeza de vias, sendo as zonas mais afetadas a Grande Lisboa, Lezíria do Tejo e Área Metropolitana do Porto.
"Entre as 00:00 e as 19:00 foram registadas 319 ocorrências, maioritariamente inundações, 142, depois limpezas de vias, 56, quedas de árvores, 52, movimentos de massa, 38, quedas de estruturas, 30, e um salvamento aquático", avançou José Costa, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em declarações à Lusa.
Nas operações de assistência e socorro na sequência do mau tempo "foram empenhados 1.224 operacionais e 438 meios terrestres", acrescentou a mesma fonte.
Em relação às regiões mais afetadas, o responsável da ANEPC referiu a Grande Lisboa, com 91 ocorrências, a Lezíria do Tejo, com 42, a Área Metropolitana do Porto, com 37, além do Alto Alentejo, Algarve e Península de Setúbal.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), na sequência da previsão de um novo agravamento do estado do tempo para hoje, após a passagem da depressão Jana por Portugal, emitiu para a grande maioria dos distritos do continente aviso amarelo, devido à precipitação, vento, queda de neve e agitação marítima.
Estão sob aviso amarelo para precipitação, até à madrugada e manhã de terça-feira, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Portalegre, Porto, Santarém, Viana do Castelo e Viseu.
Além da chuva, também estão com aviso amarelo para queda de neve os distritos de Castelo Branco e Guarda, para agitação marítima o de Leiria, e para agitação marítima e vento os de Beja, Faro, Lisboa e Setúbal.
O aviso amarelo, o menos grave numa escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Com Lusa