AstraZeneca investe 3 milhões em Portugal em investigação e lança estudo de cardiologia

Na primeira entrevista desde que tomou posse, em janeiro, Sérgio Alves, presidente da AstraZeneca Portugal, revela a estratégia para a nova geração da vacina da covid-19, oncologia, doenças raras e outras. Conta que "o objetivo é trazer inovação e criar evidência científica no nosso país".
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Qual é o real contributo da AstraZeneca no combate à Covid-19?

O contributo está claramente centrado na vacina. Desde o início da pandemia que tomámos como objetivo avançar imediatamente para a luta contra a pandemia, através da parceria que fizemos com a Universidade de Oxford com o intuito de ter uma vacina para todo mundo. Que pudesse ser distribuída para o mundo inteiro de uma forma equitativa e sem lucro. Temos 2.000 milhões de vacinas que já foram entregues a todo o mundo, sem lucro, a mais de 170 países. E quando olhamos para esse número, mais de dois terços foi para países de baixo e médios rendimentos. Portanto, esse é o contributo principal. Há outros. Estamos conscientes que há uma franja da população que não está protegida com a vacina, tendo em conta, por exemplo, o facto de serem imunocomprometidos, e temos em estado já muito avançado os ensaios com o objetivo de verificar se nossa combinação de anticorpos monoclonais é de facto efetiva na prevenção e tratamento. E já temos essa confirmação também. É contributo que poderá ser muito útil daqui para a frente.

Sobre os novos anticorpos monoclonais, em que ponto é que está o processo de avaliação da EMA?

Já estamos a fornecer toda a informação à Agência Europeia do Medicamento. E que informação é essa? É, por exemplo, a confirmação de que esta combinação anticorpos monoclonais, nesta franja da população de doentes imunocomprometidos (como por exemplo são os transplantados ou com doenças hematológicas), acabamos por ter já uma redução de 83% de covid sintomático. E, neste caso, estamos a falar na prevenção, ou seja, ainda antes dessa mesma exposição ao vírus.

Faltam mais ensaios para confirmar algumas das características?

Sim, porque estamos a falar de uma sequência de ensaios. Um programa ambicioso, que começa com esta etapa da prevenção, como disse, que nos pareceu muito relevante logo nesta fase inicial, consciente que há esta franja da população para o qual a vacinação, que é sem dúvida a forma mais eficaz de prevenir a covid-19, poderá não estimular a tal resposta imunitária que necessita. Este foi o ponto inicial. Avançámos também já para tratamento. Já temos alguns dados de tratamento em ambulatório e haverá ainda mais ensaios que poderão dar alguma evidência, por exemplo, em doentes em ambiente hospitalar.

No início da pandemia a AstraZeneca vir a sua reputação afetada, devido aos efeitos secundários da vacina para a covid-19?

Não. Sentimo-nos, em todo este período, confiantes da evidência que tínhamos e íamos entregando à EMA e íamos entregando também a todas as outras autoridades. Tínhamos a aprovação de várias agências do medicamento a nível mundial, incluindo a EMA que confirmavam a eficácia e a segurança da vacina. E isso sim, era o aspeto mais relevante. Quando olhamos para esse percurso é também de aprendizagem, mas que nos orgulha bastante.

Mas provocou um novo e desenvolvimento da vossa parte?

Mantivemos o rigor daquilo que estávamos a fazer. Se formos buscar os dados que já existem no Reino Unido e em Espanha, e agruparmos cerca de 7 milhões de pessoas que tomaram diferentes vacinas da covid, hoje notamos que temos um perfil de segurança equivalente nas vacinas desses mesmos países. Portanto isso confirma que o processo já estava bem definido desde o início, mas que, obviamente, foi evoluindo e foi sendo reforçado com mais dados.

E as reações à vacina baixaram?

Essas reações adversas foram sendo a monitorizados de uma forma constante. E na verdade, ao dia de hoje, continuamos a recolher essa informação através do próprio sistema de farmacovigilância. E, se na altura eram raríssimas, hoje mantém-se raríssimas.

A AstraZeneca já a apostar nas vacinas da segunda geração?

Claro. Sim, de facto, continuamos com o processo de investigação e desenvolvimento na área das vacinas e, de facto, também já existe outra vacina com o intuito de verificar essa mesma evolução, no que diz respeito à eficácia nas diferentes estirpes, e novos dados poderão vir a médio prazo. Neste momento, o importante é olhar para a atual vacina e confirmar que tem eficácia comprovada em todas as estirpes dominantes.

Hoje há uma grande preocupação da OMS com a variante de África do Sul. Já está compreendida nesta vossa investigação?

É um aspeto que teremos que olhar com mais detalhe. Quando olhamos para a vacina de hoje, temos as variantes que já estão em circulação com essa com eficácia comprovada. Temos estudos de variantes para a vacina que está neste momento em estudo.

Quando falamos de segunda geração estamos a falar de uma vacina que vai chegar em 2022, com capacidade de cortar a transmissão do vírus ou não?

De momento não conseguimos assegurar não só os prazos como, de facto, os resultados. Veremos os resultados quando os tivermos e, nesse momento, podemos verificar o tipo de ação que a vacina terá.

Essa será a grande revolução?

Penso que a revolução que fizemos durante estes primeiros 18 meses é a verdadeira revolução. Num tão curto espaço de tempo, entre os 18 meses desde que começou a pandemia, e em menos de 12 meses no caso da vacina AstraZeneca, já termos entregues 2.000 milhões de vacinas no mundo inteiro, penso ser essa a verdadeira revolução no ataque à pandemia.

Como se explica daqui em diante aos cidadãos que antes as vacinas demoravam décadas a desenvolver e, de repente, foram precisos apenas esses meses?

Quando olhamos para as aprendizagens que temos deste período de 18 meses essa é uma delas. É de que forma é que conseguimos manter um padrão intocável de qualidade e de segurança das vacinas e como é que vamos transpor para o futuro estas aprendizagens. E verificar, como é que os padrões de investigação podem ser cada vez mais reforçados e como é que as parcerias que fizemos neste período, nomeadamente com as entidades regulamentares, na própria revisão da informação que receberam e consequente aprovação das vacinas, e o que é que pode ser feito neste momento. Talvez seja um dos pontos que possamos discutir em breve para percebermos a própria resiliência do sistema.

O mundo não será o mesmo em termos de vacinas? Quer para as farmacêuticas quer para as entidades reguladoras?

Diria que é o sistema em si pode ser, pelo menos mantido, com o que fizemos durante este período. Foi um momento muito relevante em que este tipo de parcerias foi muito marcante e acreditamos que, não só para as vacinas em particular, mas para todo o processo regulamentar que pode ser, de facto, considerado.

Nesse sentido, a pandemia foi um bom acelerador, para tornar mais célere todo este processo?

Foi um stress test, com aprendizagens na indústria farmacêutica e neste relacionamento com as autoridades regulamentares, com as instituições científicas, governos, indústria.

Ainda falando da covid-19, a AstraZeneca está a desenvolver investigação para algum tipo de medicamento que possa ser destinado a esta doença?

Na área da covid-19 o nosso esforço está claro focado na vacina e nesta combinação de anticorpos monoclonais que acreditamos serem respostas muito marcantes para a luta contra a pandemia. Consciente de que é uma área importante para a humanidade, mas que no fundo é, eu diria, a quinta unidade de negócio que a AstraZeneca tem. Há outras áreas para além da vacina.

Vacinação das crianças, um desafio ou uma oportunidade?

Nós aí seguimos as indicações que virão da Agência Europeia do Medicamento e depois das entidades regulamentares. Havendo a evidência que, de facto, é uma população que deve ser vacinada, concordaremos com essa ação e agiremos em conformidade. É da responsabilidade, naturalmente, das autoridades nós não vamos, neste momento, comentar esse ponto em particular.

Tem filhos?

Tenho filhos.

Pensa vaciná-los?

Sim.

Estamos em plena quinta vaga da covid-19. Está preocupado com a evolução dos contágios?

Sim, estou preocupado quando quando verificamos este crescimento do número de casos, por outro lado é relevante olhar para hospitalizações, mortes e é positivo olharmos para o impacto que as vacinas tiveram, quando comparamos estes números com os números que tínhamos há um ano. Portanto, apesar de ter preocupação, tenho a confiança de que não só temos um sistema preparado para lutar contra esta vaga como temos um contributo muito marcante da vacina AstraZeneca, mas, obviamente de toda a comunidade científica e todas as vacinas.

Portugal perdeu tempo ao não administrar mais cedo a terceira dose e ao ter desmantelado certos centros de vacinação?

Não me parece que me caiba a mim comentar esse ponto em particular. Terá sido a decisão que, quer o Governo quer as autoridades regulamentares, acreditaram ser a mais correta.

Mas acredita que se poderia ter prevenido esta vaga, caso tivesse sido acelerada a vacinação com a terceira dose, assim como o reforço da vacina da Janssen?

Não tenho informação necessária.

Olhando para as restrições já impostas pela Europa, casos como a Áustria decidiram pelo confinamento obrigatório e vacinação obrigatória. Concorda com este tipo de imposições? Com a vacinação obrigatória, em particular?

São medidas tomadas por governos que têm autoridade para tal, em função da informação que têm e que acham que é o melhor.

Qual a dimensão do investimento da AstraZeneca em Portugal?

A AstraZeneca em Portugal é uma empresa que tem 200 colaboradores, esse é o investimento principal.
São quase todos portugueses e dois colegas espanhóis. Quando olhamos para a que fazemos em Portugal e para realidade da AstraZeneca a nível global, a atuação é baseada na ciência. O objetivo é conseguir trazer inovações que salvem a vida dos doentes em áreas muito particulares, seja na cardiovascular renal metabólica, oncologia onde é muito forte em investimento e respiratória imunologia, para além, como mencionámos, a vacina da covid, anticorpo monoclonal e, finalmente, agora a recente aquisição da Alexion. O nosso objetivo é trazer essa inovação para Portugal e, ao mesmo tempo, acabar por conseguir ter mais conhecimento de como essa evidência pode ser gerada no nosso país. Daí apostarmos muito na área da geração de evidência local, com vários tipos de estudos, onde destacaria o estudo Porthos a lançar dia 1 dezembro, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e com a Universidade Nova. O estudo Porthos debruça-se sobre a prevalência da insuficiência cardíaca em Portugal. Temos outro por exemplo, a EPI- ASTHMA acerca da prevalência da asma grave em Portugal. Quando olhamos para estes tipos de estudos, no espírito de ter mais evidência local e conhecer melhor a realidade portuguesa, aliado um conjunto de ensaios clínicos que estamos a desenvolver, estamos a falar de um investimento que ultrapassa os três milhões de euros especificamente nestes pontos. Este é o nosso enfoque. A disponibilização destas terapêuticas e um conhecimento mais aprofundado da realidade local e dos doentes portugueses.

As empresas estão preocupadas com a falta de mão de obra, de talento para contratar em Portugal. Sente essas dificuldades, como muitos outros setores?

Não há falta de talento. Não só porque tenho a convicção que tenho uma equipa muito talentosa e que, quando procuro reforçar a equipa encontramos talento em Portugal, como depois também encontramos esse nível de talento na ciência, na área científica, nas universidades, nos centros de investigação. .

A indústria farmacêutica continua a pagar acima da média?

Não diria que tem a ver com a questão da remuneração. Eu falo do ambiente científico em Portugal.

Em 2022 prevê aumentar a sua equipa?

Em 2022 o meu objetivo é manter a equipa, sem dúvida.

Manter. Não crescer?

Veremos, depois, em função também da própria da própria evolução. Olhando para os ensaios clínicos, temos três em andamento, temos três já aprovados pela entidade regulamentar, temos mais três que estão a caminho, em fase de aprovação. Naturalmente que quanto mais capacidade conseguirmos gerar maior a atividade.

Falou da vontade de trazer inovação para Portugal. A empresa tem intenções de criar um centro de excelência no nosso país?

De momento, não temos esse plano. Temos uma competição, inevitavelmente, com outros países, com as outras filiais acerca de que tipo de investimento é que poderíamos, eventualmente, para trazer para Portugal. Não estando em plano está sempre na nossa mente, dependendo depois das condições que podemos ter, do tipo de projetos que poderemos ter.

E como gestor, considera que Portugal é um país atrativo para trazer investimento direto estrangeiro?

Considero que Portugal é um país atrativo para se fazer investimento. Quando olhamos para o talento que mencionei, quando olhamos para as condições que o país tem, isso sem dúvida que é.

Falou de uma aquisição recente, a Alexion, que posiciona a empresa na área das doenças raras. Que importância tem esta compra?

Muito importante. A Alexion é uma empresa dedicada a doenças raras que acaba por ter uma relevância a vários níveis. A nível global, estamos a falar de uma empresa que tem já uma forte capacidade de investigação e desenvolvimento na área das doenças raras, em que há uma forte lacuna a nível mundial. Estamos a falar de cerca de 7000 doenças raras identificadas, das quais só 5% é que têm tratamento neste momento. Portanto a urgência é evidente. O facto de termos um conjunto de tecnologia aliada à nossa investigação e desenvolvimento que permite, de alguma forma, acelerar em conjunto com as competências que a Alexion tem, essa mesma busca de mais terapêuticas para todas essas doenças é um aspeto muito importante. Com a dimensão que a AstraZeneca tem acabará por atingir outros mercados, áreas, regiões que a Alexion não estava. E há um terceiro aspeto que me parece muito muito interessante que é um reforço do enfoque no doente. Porque, realmente, a área das doenças raras tem esse lado tão pessoal, tão único, que faz com toda uma organização, e a AstraZeneca já o fazia, tenha esse enfoque ainda mais reforçado.

Estamos a viver o tempo das terapias génicas (modificações genéticas em células como forma de tratar doenças, sobretudo raras). Como a AstraZeneca se quer posicionar nesta área?

Essa área está integrada no tal plano ambicioso investigação e desenvolvimento que a AstraZeneca tem e vai ser a nível global. Estamos com um pipeline que é bastante ambicioso já neste momento. Ou seja, se falarmos, num conjunto de terapêuticas para os quais a AstraZeneca hoje já é conhecida por trazer terapêuticas inovadoras, na área da diabetes, insuficiência cardíaca, asma, e determinado tipo de cancros (ovário, pulmão), num curtíssimo espaço de tempo, e estamos a falar de este ano (entre este, o próximo ano e seguinte), entramos noutras áreas, como a doença renal crónica. Como outras terapêuticas para a asma grave e várias outras patologias oncológicas como o cancro da mama, pâncreas, a doença hemato-oncológicas, etc. Quando olhamos para esta realidade essa é, claramente, a nossa prioridade, que nos faz avançar muito e que nos torna bastante motivados. Essa será a nossa prioridade para os próximos anos.

Na área da oncologia falou cancro da mama, pulmão, ovário e outros. São áreas de aposta para o futuro?

Presente e futuro. Já é o nosso presente. Já há terapêuticas aprovadas em algumas dessas áreas. Se falarmos nas que mencionou, por exemplo, no cancro do pulmão, como também no cancro do ovário temos outras indicações, quer dessas moléculas, quer de outras moléculas já aprovadas, e que são a nossa aposta, mas dos próximos meses. Porque, no fundo, também temos um conjunto já de processos em aprovação com a Agência Portuguesa do Medicamento - cerca de 11, neste momento - portanto é algo para hoje. Ou seja, o futuro de facto já é hoje em todas essas áreas.

E no médio e longo prazo, quais as apostas da AstraZeneca?

O reforço destas áreas que mencionei. Há um prolongamento, por exemplo, de patologias oncológicas, mas depois também há mais na vertente da informação, como por exemplo, o lúpus. Chegarão as terapêuticas que estamos agora a desenvolver. No fundo, quando falamos de uma aprovação depois também temos a consciência que todo o processo, até a disponibilização do fármaco nos diferentes países, e em Portugal em particular, demora sempre mais algum tempo.

Em Portugal a chegada do medicamento ao doente é mais demorada do que nos outros países da Europa, no que toca a aprovação?

Quando olhamos para os dados e um estudo recente ( W.A.I.T. Indicator) há, de facto, a demonstração de que o tempo médio de disponibilização é superior em Portugal à média europeia. E, sim, preocupa-nos. Mas estamos conscientes de que é algo relevante para a sustentabilidade do sistema de saúde, e para essa sustentabilidade trabalhamos também com as autoridades locais, com o intuito de verificar aquilo que pode ser feito, de modo a reduzir este tempo.

Essa demora é de quanto tempo?

Estamos a falar de uma média superior a 600 dias, quando temos outros países como a Alemanha que demora pouco mais de 100 dias. Mas se olharmos para uma realidade de outros países com os quais podemos comprar nível mais próximo, Espanha e Itália, estarmos a falar de cerca de 300 a 400. Portanto, sim. Preocupa-nos, mas estamos ativamente a trabalhar diretamente com o INFARMED, em parceria com as autoridades, com o intuito de verificar o que pode ser feito para haver essa redução.

Excesso de zelo ou burocracia?

É um processo que tem de decorrer, para garantir que estamos a trazer as terapêuticas certas para o mercado, mas também que entrem, de uma forma clara na sustentabilidade do sistema de saúde em Portugal. A indústria farmacêutica muito tem contribuído para isso e o que nós queremos agora, quando olhamos para cada um desses processos, é como disse, encontrar as melhores formas deste número ser reduzido.

A AstraZeneca tem 160 projetos em estudo, três dos quais em fase final. Esses três em que área?

Reforço das áreas terapêuticas que falámos, diferentes patologias oncológicas são prioridade, como o cancro do pâncreas, próstata, mas temos de avançar para curas. Na área respiratória e imunológica também há um enfoque grande, bem como toda a componente renal e, tal como outras doenças raras, esperamos encontrar soluções num curto espaço de tempo.

Está em fase inicial um estudo de análise da sustentabilidade e resiliência dos sistemas de saúde, em parceria entre a London School of Economics, o Fórum Económico Mundial e a AstraZeneca e que incluirá dados nacionais. Quando vamos conhecer os resultados?

Com a London School of Economics e o Fórum Económico Mundial, que estamos neste momento a preparar, a nível local - já houve um conjunto de países que já avançaram numa primeira fase, nós estamos agora a prepará-lo - e estamos com uma perspetiva bastante grande porque estamos a incluir, obviamente investigadores nacionais, com o intuito de desenhar essa mesma metodologia para, durante o primeiro semestre do próximo ano, termos esses dados prontos para partilhar e todo esse projeto. Esse é o nosso objetivo. É a forma de contribuir para esta reflexão, saber quão sustentável, quão resiliente consegue ser o nosso sistema de saúde depois deste período em que foi sujeito a tantas provas.

O que é que seria uma medida importante na área da saúde no próximo governo?

No que diz respeito ao sistema de saúde, e na área em que a indústria farmacêutica pode aportar mais valor, se houvesse uma medida, havendo uma medida seria garantir que os doentes portugueses tenham acesso à inovação terapêutica tão cedo quanto possível.

Vendas - 100 milhões de euros faturados em Portugal nas diversas áreas, num crescimento de dois dígitos alinhado com o global.

Equipa - Cerca de 200 trabalhadores em Portugal, apenas dois estrangeiros.

Investimento - 3 milhões de euros de investimento em geração de evidência e ensaios clínicos.

Áreas terapêuticas - Oncologia, cardiovascular, renal e metabólica, respiratória e imunológica e doenças raras.

Vacina da covid-19 - Fornecimento de 3 mil milhões de vacinas durante a pandemia, com 2 mil milhões já entregues em 170 países.

Ranking - Integra o top 10 da indústria farmacêutica, em Portugal.

Sustentabilidade - Foi uma das empresas que assinou o acordo para a eliminação de viaturas a combustão, globalmente, até 2040 e, nos principais mercados, até 2035. Assinaram este acordo alguns países, mas ainda fabricantes de automóveis e algumas empresas, entre as quais a AstraZeneca. Em Portugal, têm um projeto piloto com 10 carros elétricos e o objetivo é, até 2025, ter toda a frota totalmente elétrica. Paralelamente, a companhia recebeu o selo "Terra Carta" na COP26, atribuído pelo Príncipe de Gales às empresas que trabalham e inovam em prol da sustentabilidade.

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