O projeto para o novo Martim Moniz será apresentado na segunda-feira, no hotel Mundial, bem junto à praça..Em declarações ao DN, Joana Almeida, vereadora com o pelouro do Urbanismo e a Reabilitação Urbana, afirma que o projeto final resulta de um processo participativo, marcado pelo “desejo forte da criação de um novo jardim para o centro da cidade” demonstrado pela população. E que essa vontade foi respeitada: “A população demonstrou o desejo forte da criação de um novo jardim para o centro da cidade.”.De acordo com a governante, o projeto é “de uma enorme qualidade, e irá sem dúvida transformar toda aquela área, valorizando o espaço público, o tecido urbano envolvente, e mostrando um grande respeito pelas vivências e aspirações dos residentes”..Segundo Joana Almeida, os planos para o novo Martim Moniz têm ainda outro traço característico: são não só exequíveis como “qualificadores e esteticamente muito interessantes”..Após a intervenção, a praça ficará mais verde, com espaços que permitam fazer atividades diversas, como “mercados de levante” e “áreas livres para jogos”, como por exemplo o críquete, tal como o DN noticiou em novembro do ano passado, aquando da aprovação do projeto em reunião de câmara..O concurso público internacional para a adjudicação da obra aconteceu de março a junho de 2023. Segundo a proposta, o ajuste direto à empresa envolveu 568.260 euros. A liquidação da despesa está dividida em parcelas pagas de 2023 a 2026..Segundo apurou o DN, a intervenção vai arrancar no prazo máximo de dois anos, estando previsto durar um ano até à conclusão..A intervenção, que ficará a cargo das arquitetas Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis Pacheco, pretende manter o traço da zona, contribuindo “para preparar o futuro tendencialmente pedonal do centro da cidade, concorrendo para transformar Lisboa numa cidade mais resiliente e com menos carros e oferecendo aos seus habitantes um espaço público confortável, versátil e adaptado aos desafios” da sociedade..A intenção da Câmara de Lisboa é criar “um amplo espaço verde, que virá recuperar a vocação produtiva que já ali existiu - quando uma grande parte da praça estava preenchida com terreno agrícola”. “Assim, tomámos como ponto de partida essa linha antiga, que nos oferece uma leitura histórica da cidade, para restabelecer ligações desde há muito dificultadas e reintegrar a praça no tecido da envolvente”, lê-se no documento interno sobre o projeto, a que o DN teve acesso..Caracterizada por ser “um dos polos agregadores” do centro da cidade, a praça do Martim Moniz “é um lugar único pela forma singular como junta e cruza muita gente e usos diversos”. Então, diz a autarquia, o plano de intervenção da praça inclui, “junto à capela da Nossa Senhora da Saúde”, um espaço de usos “distintos, preexistentes e novos”. Por exemplo: “Haverá áreas livres para jogo (por exemplo, para prática de críquete, que já se faz no atual Martim Moniz) e poderão ser montados mercados de levante, espetáculos, sessões de cinema (com o anfiteatro a servir de plateia) e eventos diversos - como acontecimentos culturais, religiosos, políticos, ou desportivos, entre outros.”.Por isso, diz a autarquia, “urge desenhar um espaço que ofereça maior qualidade de vida à população”, onde se possa “conviver de forma mais confortável, brincar de forma livre e segura e onde se possa descansar”..A intervenção está prevista para um total de 24 locais, incluindo, entre outros, a rua da Palma ou a antiga porta da Mouraria. Nos planos, está também a criação de uma nova rotunda, que irá ligar a rua do Arco do Marquês de Alegrete e a rua da Palma. Há também a intenção de usar o novo jardim do Martim Moniz como ponto de partida para “uma estratégia conceptual e biológica” que passa por usar sementes de diferentes origens para fazer um “zonamento a partir da base, que se reflete imediatamente na estrutura verde”.