Portugal com mais 12 mortes e 2398 casos nas últimas 24 horas

Dados da DGS indicam que estão agora 523 pessoas internadas devido à covid-19, das quais 72 em unidades de cuidados intensivos
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Portugal registou mais 12 mortes e 2398 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira.

Os dados mais recentes mostram que há agora 523 internados (mais 9 que no dia anterior), dos quais 72 em unidades de cuidados intensivos (menos 3).

O Algarve é a região com mais mortos nas últimas 24 horas, mais quatro. Contudo é a Região de Lisboa e Vale do Tejo com o maior número de casos (+773).

Existem agora 41 135 casos ativos em Portugal, mais 1 335 do que ontem.

Quem está a morrer em Portugal com covid-19? A pergunta tem sido feita por especialistas e não só. Mas os dados concretos, disponibilizados diariamente pelas autoridades de saúde, só permitem perceber em que faixas etárias é que se morre mais. O bastonário dos médicos já pediu publicamente à Direção-Geral da Saúde (DGS) que divulgue a informação com mais detalhes (por exemplo, se estas pessoas estavam ou não vacinadas e há quanto tempo ou se sofriam de outras doenças), até para apoiar a comunidade científica na análise da evolução da doença. Mas isso não tem acontecido. O problema é que a esta questão juntam-se outras, como em que idades está a ocorrer o maior número de casos, quem está a chegar aos hospitais para internamento em enfermarias e nas unidades de cuidados intensivos? Quantos dos infetados e internados estavam ou não vacinados e há quanto tempo? O DN também enviou estas perguntas à DGS , mas a resposta que chegou foi que tais dados só são atualizados mensalmente, devendo ser conhecidos na sexta-feira.

No entanto, uma consulta aos boletins diários da DGS sobre a doença permite tirar algumas conclusões, nomeadamente: quem está a morrer são pessoas da faixa etária acima dos 70 anos e quem está a transmitir a doença são, principalmente, as crianças dos 0 aos 9 anos e os jovens adultos dos 20 aos 29.

Quem está nos hospitais confirma que a mortalidade está atingir os idosos, mais vulneráveis, com comorbilidades e vacinados há muito tempo. E que a nível da transmissão são os mais novos, uns porque não estão vacinados, outros porque são jovens adultos ainda sem vacinação completa e com mais comportamentos de risco. "São resultados que já tínhamos detetado, mas é preciso termos dados mais concretos para se fazer uma avaliação", disse ao DN o matemático do Instituto Superior Técnico (IST), Henrique Oliveira, que integra a equipa que faz a modelação da doença a longo prazo juntamente com a Ordem dos Médicos.

De acordo com os mesmos dados, desde o dia 1 de outubro - data em que foram levantadas todas as medidas restritivas em vigor até essa altura, nomeadamente o uso de máscara na rua, dentro de restaurantes, bares, discotecas e em locais de trabalho - e até ontem, 17 de novembro, morreram mais 304 pessoas em Portugal com covid-19, passando o total de óbitos de 17 979 para 18 283.

A esmagadora maioria dos óbitos ocorreu acima dos 70 anos. Ou melhor, 205 pessoas tinham mais de 80 anos, 65 estavam entre os 70 e os 79 e 25 entre os 60 e os 69 anos. Houve ainda duas mortes na faixa dos 50 aos 59 anos, seis entre os 40 e os 49 anos e uma entre os 30 e os 39 anos. As outras não registaram qualquer óbito neste período. Apesar de tudo, o número de mortes demonstra que a doença nesta fase é menos grave do que nas vagas anteriores.

Os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação vão voltar a ser gratuitos a partir de sexta-feira, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde.

A portaria que prorroga o regime aprovado em junho é publicada esta quinta-feira em Diário da República, adianta o ministério numa nota enviada à agência Lusa.

A comparticipação continua a ser limitada ao máximo de quatro testes por mês e por utente.

O Ministério da Saúde justifica esta renovação do regime tendo em conta a atual situação epidemiológica e a importância de voltar a intensificar a realização de testes para deteção do SARS-CoV-2 de forma progressiva e proporcionada ao risco, que contribuam para o reforço do controlo da pandemia.

Segundo os últimos dados divulgados pela Task Force para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem para SARS-CoV-2, já foram feitos em Portugal mais de 20 milhões de testes de diagnóstico à covid-19 desde o início da pandemia em março de 2020.

Este ano foram efetuados cerca de 48 mil testes por dia, em média, mais de 70% do total de testes de diagnóstico realizados desde o início da pandemia, adiantam os dados divulgados a 06 de novembro.

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