"Mesmo nos casos urgentes, a urologia em Évora não consegue responder em menos de um mês", afirma o urologista Pedro Galego questionado sobre o tempo médio para uma consulta de especialidade naquela região. No âmbito do projeto "Próstata de Lés a Lés", desenvolvido pelo DN, JN e TSF, o médico aponta os parcos recursos humanos em Évora, e no Alentejo em geral, como o principal fator de queixa sobre as condições de trabalho e acompanhamento de doentes com problemas na próstata. A situação, explica, tem vindo a agravar-se e são as doenças benignas que são deixadas para trás. "Os casos oncológicos são cada vez mais frequentes e dedicamo-nos tanto a eles que não conseguimos dar resposta aos outros doentes". O resultado é o recurso à medicina privada para obter tratamentos e um receio generalizado na população que se sente desprotegida pela falta de acompanhamento, admite.