Norte já ultrapassou Lisboa VT em número de casos

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde dá conta neste domingo (dia 18) que Portugal registou mais 3261 novos casos e oito mortes, 805 internamentos, dos quais 176 em cuidados intensivos, nas últimas 24 horas.
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Portugal registou nas últimas 24 horas mais 3261 novos casos de covid-19 e oito mortes. O boletim epidemiológico deste domingo revela também que há 805 internamentos, mais 25 do que no dia anterior, dos quais 176 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, mais três do que no sábado. Desde o dia 18 de março que Portugal não passava a barreira dos 800 internamentos - nesse dia estavam 828 pessoas hospitalizadas.

Mas no boletim de hoje há ainda a destacar outro dado: a região Norte foi aquela que registou maior número de casos de infeção nas últimas 24 horas, ultrapassando a de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), 1307 casos no Norte para 1279 em LVT. A região do Algarve continua a aparecer em terceiro lugar, com 259 casos, seguem-se o Centro com 247 e o Alentejo com 117. Nas ilhas, a Madeira registou nove casos e os Açores 43.

Olhando para os dados da DGS, observa-se que, pela 10.ª semana seguida, o número de novos casos a 7 dias aumenta em comparação com a semana anterior. Na semana de 3 a 9 de maio registaram-se 2305 casos (o número mais baixo a 7 dias deste ano) e que, daqui para a frente, este número não mais parou se subir, tendo atingido esta semana um máximo de 22 711 casos, mais 3825 do que na semana passada.

Relativamente aos óbitos, que hoje há um registo de 8 - 5 em LVT, 2 no Norte e 2 no Algarve - também houve um aumento significativo nos últimos sete dias, 51 nos últimos sete dias versus 44 na semana anterior.

Os internados em enfermaria e em UCI também são mais. Este domingo estão internadas 805 pessoas (mais 133 que no domingo passado, 11 de julho) e 176 em UCI (no passado domingo eram 153). A taxa de incidência também está pior. O índice de transmissibilidade é o que dado que melhorou. No domingo passado, o R(t) a nível nacional era 1,18 e no Continente 1,19.

Neste domingo há ainda 51 771 casos ativos, mais 1995 do que sábado, e 79 710 em vigilância, menos um do que no dia anterior.

Ao todo, o país soma 930 685 casos de infeção, 17 207 mortes e 861 707 recuperados. De acordo com o boletim de hoje, a incidência mantém-se a mesma de há três dias, nos 355,5 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e 366,7 no Continente. O R (t) - índice de transmissibilidade, continua em 1,12 a nível nacional e em 1,13 no Continente.

No dia de hoje a Alemanha registou 1292 novos casos de covid-19, mais 547 do que no último domingo, e três mortes, aumentando para 91.362 o número de vítimas mortais, anunciaram hoje as autoridades.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Robert Koch de Virologia (RKI), a incidência na Alemanha subiu para 10 casos por 100.000 habitantes em sete dias, após vários dias de um ligeiro, mas constante aumento, quando há uma semana esse indicador era de 6,2 casos de infeção pelo novo coronavírus.

A incidência semanal por 100.000 habitantes é o principal fator na Alemanha para determinar os sucessivos níveis de ação, que começam a ser ativados a partir dos 35 casos e aumentam gradualmente.

O pico foi atingido em dezembro, com 196,7 casos por 100.000 habitantes por semana, um cenário que precipitou o encerramento de lojas, espaços culturais, de restauração e outros serviços não essenciais.

No final de maio, após meses de restrições apertadas, embora sem limitações gerais à mobilidade, foi registada uma redução constante, até a média nacional ser inferior a 100 casos.

No final de junho, o número de casos por cada 100.000 habitantes por semana desceu para cinco, enquanto se procedia à reabertura gradual de espaços públicos.

Desde o início da pandemia, foram confirmadas 3,7 milhões de infeções na Alemanha, das quais 3,6 milhões correspondem a pacientes recuperados, e um total de 91.362 pessoas morreram com problemas relacionados com a covid-19.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, esteve em contacto com um caso positivo de covid-19, mas apenas cumprirá isolamento profilático quando não estiver a trabalhar, porque está a participar num programa-piloto, anunciou hoje fonte do seu gabinete.

Boris Johnson fica em isolamento social na véspera do levantamento de quase todas as restrições impostas na Inglaterra devido ao coronavírus. A abertura ao desconfimaneto está marcada para esta segunda-feira, a qual já batizado como o "dia da liberdade".

Johnson e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, "foram contactados pelo serviço de saúde pública porque estiveram em contacto com alguém que testou positivo à covid-19", disse um porta-voz de Downing Street.

O ministro da Saúde, Sajid Javid, anunciou no sábado que testou positivo à doença.

Boris Johnson e Rishi Sunak escaparão, no entanto, a um isolamento completo, porque "participarão num programa-piloto de despistagem diária", o que permitirá que continuem a trabalhar em Downing Street. "Eles apenas conduzirão assuntos governamentais essenciais durante este período", disse o porta-voz.

O Reino Unido é um dos países mais afetados da Europa pela covid-19, com mais de 128.000 mortos, e onde os contágios têm subido nas últimas semanas, ultrapassando os 54.000 casos no sábado.

Apesar destes números, Boris Johnson anunciou o levantamento de quase todas as restrições em Inglaterra a partir de segunda-feira, incluindo o uso de máscara ou o distanciamento social, preferindo confiar na "responsabilidade individual" de cada um.

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