Confinamento geral. PSP anuncia três detenções e 58 multas em dois dias
"Faremos o nosso trabalho com sensibilização e pedagogia, mas também fiscalizando e eventualmente levantando os autos de notícia por contra-ordenação ou indo para o ilícito criminal caso se justifique."
Em conferência de imprensa na tarde deste domingo, a PSP atualizou o número total de detenções desde a declaração do primeiro estado de emergência, a 19 de março de 2020 - 430, dos quais 118 por desrespeito do dever de confinamento quando estavam infetados.
Relevou-se "o aspeto extremamento positivo" da ligação à população e o facto de esta ter colaborado com "muitas denúncias que foram extremamente úteis, quer sobre ajuntamentos ilegais, atividades na via pública que não eram permitidas, atividades que se encontravam a funcionar quando não o queriam fazer e para lá do horário em que o deveriam fazer", sublinhando "a extrema importância dessas indicações que a população que está atenta faz chegar e que é extremamente valiosa."
A intervenção dos porta-vozes desta polícia foi porém sobretudo pedagógica, anunciando um baixíssimo número de contra-ordenações nos dois primeiros dias deste novo confinamento: 58, das quais 21 pelo consumo de bebidas alcoólicas na via pública, 13 por desobediência à obrigatoriedade do uso de máscara na via pública e 10 por atividades realizadas não previstas no regime legal em vigor.
Foram também recordadas quais as atividades proibidas e as permitidas, reconhecendo-se que há motivos, devido ao não encerramento de escolas, tribunais, etc, para persistir circulação nas ruas, asseverando-se que esta força policial vai continuar a fiscalizar o uso de máscara ou viseira na rua e nos transportes públicos.
Mas, sobretudo, frisou-se a responsabilidade dos cidadãos: "Faremos o nosso esforço mas este é um período em que os cidadãos em geral têm de fazer eles próprios um esforço. O trabalho das forças de segurança continuar-se-á a fazer mas é essencialmente um dever de cidadania de todos nós, de cumprir as obrigações legais de garantir que a pandemia não progrida para números ainda mais graves."