PT/Oi. O "factor Z" de Zeinal Bava
Zeinal Bava é visto como o "factor Z" para que a operação de fusão entre a Portugal Telecom e a Oi chegue a bom porto.
Depois de duas semanas a visitar investidores europeus, os analistas do Santander destacam que "uma boa parte da visão positiva em torno da operação está relacionado com o que um admirador de Zeinal Bava chamou de factor Z".
"Os investidores acreditam que a forte reputação de Zeinal Bava como um CEO de telecomunicações fala tão alto quanto o seu passado na área financeira e na concretização de negócios", dizem os analistas Valder Nogueira e Bruno Mendonça na nota de research do banco. Para estes investidores, realçam os analistas do Santander, a Oi/ CorpCo poderá "beneficiar fortemente" da capacidade de negociação de Zeinal Bava demonstrada em decisões "difíceis" como cortar os dividendos da PT, em "falar com investidores com diversos perfis e entidades governamentais/reguladores ao mesmo nível" e na capacidade em gerir uma empresa fortemente alavancada, como a Oi, e "trabalhar ativamente" para mudar essa situação. Em suma, dizem, "os analistas veem em Zeinal Bava um negociador apto, com a capacidade de executar um negócio complexo desta natureza".
Outro dos elementos destacados pelos investidores ouvidos pelo Santander foi a relação entre o "novo velho dinheiro". Para os investidores há dois factores que foram "subestimados" nesta operação. "O papel a ser desempenhado pelos bancos brasileiros credores da TmarPart [acionista da Oi] no apoio às futuras necessidades de financiamento da CorpCo", bem como o risco da procura pelos direitos de oferta vir não de atuais acionistas da PT/Oi, mas sim de fundos de investimento e de "hedge funds" mais sensíveis à questão preço.