PT reúne para decidir se negoceia novos termos de fusão com a Oi

A empresa liderada por João Mello Franco não comenta esta informação, confirmando apenas a reunião do conselho de administração na terça-feira.

Amanhã, em conselho de administração extraordinário os acionistas da PT SGPS vão decidir se querem ou não negociar com a Oi novos termos da fusão. O atual acordo foi negociado com a operadora brasileira na sequência do default de 897 milhões de euros da Rioforte que teve um profundo impacto nos termos da combinação de negócio entre as duas empresas.

A PT SGPS perdeu posição, passando a deter 25,6% da futura CorpCo - empresa que iria integrar os ativos da PT e da Oi no pós-fusão - em vez dos 37,3% inicialmente previstos. Na negociação, a PT SGPS garantiu, no entanto, a possibilidade de recompra em seis anos da posição de cerca de 12% perdida. Para isso, a Oi tem de ficar em caixa com ações de mais de 10% do capital, o que não é permitido pela lei brasileira, o que obrigou a que este acordo de permuta de ações tivesse de ser aprovado pelo regulador de mercados brasileiro.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu OK à permuta, mas dependente da mesma ser aprovada pelos acionistas da Oi em assembleia geral. Na reunião de acionistas, marcada para dia 26 de março, a PT SGPS está impedida de votar pela CVM. Mas, com os acionistas de referência a poderem votar há fortes probabilidades do acordo obter a aprovação.

Os novos termos da proposta da PT SGPS ainda não são conhecidos, mas se for dado o OK para negociar com a Oi é provável que as atenções dos negociadores se centrem na participação, de acordo com as fontes ouvidas pelo Dinheiro Vivo. No mesmo lote, poderá estar incluído a negociação em torno dos direitos de voto. Neste momento, apesar de ter uma posição de 25,6% na Oi, a PT SGPS só tem 7,5% dos direitos de voto, teto que poderá sofrer alterações.